Este estudo tem por objetivo analisar o conceito de vacinação contra influenza (VCI) em idosos. A análise do conceito, segundo Rodgers (2000) permite definir o conceito, identificar seus atributos essenciais, os eventos antecedentes, conseqüentes e fatores relacionados, bem como, os avanços e dificuldades na adesão dos idosos a essa vacina. Integrado a essa análise a revisão integrativa da literatura (Whittemore e Knafl, 2005), identifica o problema, adesão dos idosos à vacinação contra influenza, que orienta a coleta dos dados na literatura, cuja amostra é avaliada quanto à sua qualidade, e submetida à análise e apresentação dos resultados pertinentes ao conceito em questão. A busca nas bases de dados LILACS, PUBMED e Biblioteca Cochrane, originou 40 artigos que foram eleitos para este estudo. Os atributos da VCI em idosos são explicitados pela periodicidade anual e tipos de vírus que a compõe, que estão atrelados aos atributos dos idosos, evidenciados pela idade (grupo etário), sexo, raça e etnia, grupo de risco, suscetibilidade e vulnerabilidade à influenza e imunossenescência. Como eventos antecedentes à VCI constam: aumento da morbidade e moratalidade, surtos, epidemias ligados à influenza e probabilidade de ocorrer nova pandemia; presença de co-morbidades; percepção da severidade da influenza; fatores sócio-econômicos e demográficos; percepção da própria saúde; conhecimentos, crenças, atitudes frente à VCI; informações e experiência prévia com a VCI e/ou influenza; estado vacinal; intenção de vacinar; consulta médica recente; acesso ao serviço de saúde; e não recomendação dessa vacina pelo profissional da saúde. Dentre os eventos conseqüentes da VCI destacam-se o aumento das taxas de cobertura vacinal; ampliação das metas a alcançar na VCI; redução das taxas de morbidade e moratalidade em idosos; eficácia e efetividade da VCI e eventos adversos. Os fatores relacionados são referidos pelas campanhas anuais da VCI, recomendação da VCI (por profissionais da saúde, mídia e familiares e amigos), uso de protocolos, monitoramento do vírus influenza e conscientização profissional sobre a importância da recomendação da VCI. Destacam-se entre os elementos fortemente associados à adesão da VCI os idosos com mais de 65 anos, presença de co-morbidades (hipertensão e diabetes), informações corretas sobre a VCI, facilidade de acesso e uso dos serviços de saúde, consultas médicas recentes, VCI prévia, aumento da morbidade e mortalidade causada pela influenza e suas complicações. Entre as barreiras que comprometem a aceitação da VCI constam o medo dos eventos adversos e a não recomendação dessa vacina pelo profissional da saúde. Apesar das taxas de cobertura vacinal contra influenza estarem aumentando nos últimos anos, ainda estão aquém da meta preconizada pela OMS para 2010: vacinar 75% dos idosos. Acredita-se que investir em ações educativas para fortalecer a responsabilização dos profissionais e usuários dos serviços públicos de saúde, possa influenciar na adesão de idosos à VCI, e avançar em políticas públicas com estratégias destinadas à promoção da saúde e prevenção de doenças na população idosa, em franco crescimento no mundo atual. This study aimed to analyze the concept of vaccination against influenza (VCI) in elderly people. Rodgers (2000) concept analysis permits to define the concept, identify its essential attributes, previous and consequent events, and the related factors, as well as the advances and difficulties in the adherence of elderly people to this vaccination. The integrative literature review (Whittemore and Knafl, 2005) identifies the problem, adherence of elderly people to vaccination against influenza, which orients data collection in literature. The sample was assessed regarding its quality and subject to analysis and presentation of results pertinent to the concept at issue. Searches in LILACS, PUBMED and Cochrane Library resulted in 40 articles elected to this study. The VCI attributes in elderly people are expressed by the annual periodicity and types of viruses that form it, which are related to the attributes of elderly people, evidenced by age (age group), gender, race and ethnic group, risk group, susceptibility and vulnerability to influenza and immunosenescence. Previous events to VCI were: increase in morbidity and mortality, outbreaks, epidemics related to influenza and probability of new pandemic; presence of co-morbidities; perception of influenzas severity; socioeconomic and demographic factors; perception of own health; knowledge, beliefs and attitudes regarding VCI; previous information and experience with VCI and/or influenza; immunization status; intention to vaccinate; recent medical appointment; access to health services; and non-recommendation of this vaccine by health professionals. Among the events resulting from VCI, the increase of immunization coverage rates; increase of goals targeted in VCI; reduction of morbidity and mortality rates in elderly people; efficacy and effectiveness of VCI and adverse events are highlighted. The related factors are referred by annual VCI campaigns, recommendation of VCI (by health professionals, media, relatives and friends), use of protocols, monitoring of the influenza virus and professional awareness about the importance and recommendation of VCI. Elements strongly associated to adherence to VCI are elderly people with more than 65 years of age, the presence of co-morbidities (hypertension and diabetes), correct information about VCI, access facility to health services, recent medical appointments, previous VCI, increase in morbidity and mortality caused by influenza and its complications. Among the barriers that compromise the acceptance of VCI are the fear of adverse events and the non-recommendation of the vaccine by health professionals. Despite the increase of immunization coverage rates against influenza in the last years, they are still below the target recommended by the WHO (World Health Organization) for 2010: to vaccinate 75% of the elderly. It is believed investing in educational actions to strengthen the responsibility of professionals and users of public health services can influence the adherence of elderly people to VCI. It can also permit advances in public policies with strategies targeting health promotion and the prevention of diseases in the elderly population, which is increasing worldwide.