13 results on '"Lisandra Stein Bernardes"'
Search Results
2. Three-dimensional power Doppler evaluation in fetuses with urinary tract dilatation: correlation to post-natal renal prognosis
- Author
-
Lisandra Stein Bernardes, Rodrigo Ruano, Victor Bunduki, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, Antonio Fernandes Moron, and Maria Okumura
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business - Abstract
INTRODUÇÃO: Não há, até o momento, método ideal de avaliação da função renal em fetos com dilatação de vias urinárias. A ultrassonografia é utilizada como um método não invasivo e alguns parâmetros, como o índice de líquido amniótico, foram descritos na predição de insuficiência renal. Entretanto, a sensibilidade é baixa e a detecção de alterações, muitas vezes, ocorre tardiamente na gestação. A avaliação bioquímica da urina ou sangue fetais acrescenta risco à gestação e, apesar de melhorar a detecção de insuficiência renal, tem sensibilidade e especificidade baixas. O Power Doppler tridimensional é um método capaz de quantificar fluxo em órgãos parenquimatosos e tem sido utilizado na quantificação de fluxo sanguíneo de órgãos fetais e placenta. Como fetos com obstrução de vias urinárias e insuficiência renal apresentam diminuição no número de glomérulos, a quantificação do fluxo renal ao Power Doppler tridimensional poderia aprimorar a avaliação da função renal desses fetos. OBJETIVOS: quantificar o fluxo renal ao Power Doppler tridimensional em fetos com suspeita de obstrução de vias urinárias e naqueles com morfologia renal normal, avaliar a influência da profundidade nos índices vasculares e comparar os índices nos fetos que evoluíram com e sem insuficiência renal no período pós-natal. MÉTODOS: fetos com hidronefrose bilateral e/ou dilatação vesical foram prospectivamente comparados com fetos sem malformações em relação à quantificação do fluxo renal ao Power Doppler tridimensional. Os parâmetros avaliados foram IV, IVF, IF e a profundidade. Após o nascimento, as crianças foram seguidas por uma equipe de nefrologia e urologia e, de acordo com a função renal, foram classificadas em 2 grupos: insuficiência renal e função renal normal. A vascularização renal foi avaliada em cada grupo e comparada ao grupo controle. RESULTADOS: vinte e três fetos com dilatação de vias urinárias e setenta e três com morfologia renal normal foram considerados para a análise estatística. Cinco crianças (21,7%) apresentaram insuficiência renal após o nascimento. IV e IVF foram significativamente mais baixos nos casos que apresentaram insuficiência renal do que naqueles com função renal normal (p=0,009 e 0,036, respectivamente). Os três índices corrigidos pela profundidade (IVCP, IFCP e IVFCP) variaram com a idade gestacional e a variação inter-observador melhorou quando eles foram utilizados. A porcentagem do IVCP e do IVFCP em relação à controles de mesma idade gestacional foi menor nos casos que desenvolveram insuficiência renal do que naqueles que evoluíram com função renal normal. CONCLUSÕES: IV e IVF foram significativamente mais baixos em fetos que evoluíram com insuficiência renal pósnatal, porém a profundidade foi um fator interferente importante. Desta forma, IVCP e IVFCP são potencialmente melhores na avaliação de fetos com suspeita de obstrução de vias urinárias. Como os índices corrigidos pela profundidade variam de acordo com a idade gestacional, é necessária a construção de curvas de normalidade por idade gestacional para que os referidos índices possam ser avaliados na prática clínica INTRODUCTION: There is no ideal method for prenatal evaluation of renal function whether there is a urinary tract dilatation in the fetus. Although ultrasound is a noninvasive method and some parameters have been described to evaluate fetal renal function, as amniotic fluid index, there is a lack of sensitivity to renal failure when ultrasound is used alone. Furthermore, ultrasound changes may appear late in pregnancy. Biochemical evaluation of fetal urine or blood may expose the fetus to some risk, and still lack sensitivity and specificity for renal failure. Threedimensional Power Doppler evaluation has been used to quantify blood flow in fetal organs and placenta. As urinary tract obstruction lead to decrease in renal glomeurli and consequently to a decrease in parenchymal renal flow, three-dimensional quantification of renal flow may improve the evaluation of fetal renal function in fetuses with renal dilatation. OBJECTIVES: To evaluate the ability of threedimensional evaluation of renal vascularization to predict postnatal renal prognosis in fetuses with suspicion of urinary obstruction and to analyze depth influence in vascular indexes. METHODS: Fetuses with bilateral hydronephrosis and/or bladder dilatation had renal vascularization evaluated by three-dimensional ultrasound and VOCAL and were prospectively compared to healthy fetuses. Parameters evaluated were VI, VFI, FI and the distance between the probe and the renal cortex. Follow up by urologists and nephrologists allowed us to allocate these fetuses in two groups: renal impairment and normal renal function. Renal vascularization was evaluated in each group and compared to controls. RESULTS: Twenty-three fetuses with urinary dilatation and seventy-three fetuses with normal renal morphology where considered for statistical analysis. Five fetuses (21,7%) developed renal impairment. VI and VFI where significantly lower in fetuses that developed renal impairment than in those with normal renal function (p=0.009 and 0.036 respectively). Depth-corrected indexes (VIDC, FIDC and VFIDC) varied with gestational age and inter-observer variability was improved when depth was taken into account. The percentage of VIDC and VFIDC of cases in relation to gestational aged matched controls were lower in fetuses that developed post-natal renal impairment than in fetuses with normal renal function. CONCLUSION: Although VI and VFI were significantly lower in fetuses that developed post-natal renal impairment, depth seemed to be an important confounding variable. Thus, VIDC and VFIDC were potentially useful in this context. However, since depth-corrected indexes are related to gestational age, nomograms are needed to further evaluate the role of these parameters in predicting renal impairment
- Published
- 2011
3. The grieving process from diagnosis of lethal fetal anomaly and assistance in perinatal palliative care
- Author
-
Roberta Carolina de Almeida Jesus, Glaucia Rosana Guerra Benute, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Maria Helena Pereira Franco, and Maria Julia Kovacs
- Abstract
Introdução: Historicamente, a maneira como os ocidentais lidaram com a morte apresenta mudanças significativas. O avanço da Medicina, que permitiu o prolongamento da vida, e do ambiente hospitalar são dois marcadores importantes na transição da relação com a morte e com o morto, e, consequentemente, da expressão do sofrimento e do processo de luto. Nesse contexto, o cuidado paliativo perinatal, após o diagnóstico de anomalia fetal letal, surge como uma possibilidade para as gestantes e seus familiares de reaproximação da morte. Objetivo: Este estudo se propõe a descrever a vivência do luto, apresentar os rituais realizados diante da morte, avaliar a correlação entre luto, depressão e desesperança, e descrever a percepção acerca do atendimento recebido em cuidado paliativo perinatal. Método: Foram convidadas a participar desse estudo todas as mulheres que, entre os anos de 2015 e 2018, durante a gestação, receberam diagnóstico de anomalia fetal letal na Divisão de Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e foram assistidas pelo Grupo de Apoio Integral às gestantes e familiares de fetos com malformação fetal (GAI). Os instrumentos utilizados foram: prontuário, entrevista semidirigida, Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD), uma adaptação do Texas Revised Inventory of Grief (TRIG) e Escala de Desesperança de Beck (BHS). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa. A análise qualitativa foi realizada a partir da análise de conteúdo proposta por Minayo. As variáveis quantitativas foram analisadas por meio de média, mediana, desvio padrão, e valores mínimo e máximo. O nível de significância adotado foi de 0,05 e, quando apropriado, foi utilizado o teste exato de Fisher. Resultados: Foi observada significância estatística na relação entre a pontuação para luto complicado na época do óbito e nascimento do filho vivo (p=0,012), e entre pontuação para luto complicado na época da entrevista e gestante no momento da entrevista (p = 0,018). Entre a idade materna e pontuação para luto complicado na época do óbito foi identificada correlação linear negativa fraca e inversamente proporcional (r = -0,440; p = 0,015). Já as horas de vida do recém-nascido e pontuação para luto complicado na época do óbito apresentou correlação linear positiva moderada (r = 0,527; p = 0,005). A associação entre luto complicado na época do óbito; luto complicado no momento da entrevista; depressão e desesperança apresentou significância estatística entre: luto complicado na época do óbito e presença de depressão maior (p < 0,001); luto complicado no momento da entrevista e presença de depressão maior (p = 0,006); e luto complicado no momento da entrevista e desesperança (p = 0,005). Foram identificados oito temas na análise do discurso: A perda do filho(a) saudável; (Des)esperança e luto; Cuidado Paliativo Perinatal; Mães de anjo, Parto e perdas; Tradicionais ritos fúnebres; Novos ritos fúnebres; Memória e luto. Conclusão: Foi possível observar que as pacientes se beneficiaram do atendimento do cuidado paliativo perinatal e todos avaliaram que indicariam o serviço para uma outra pessoa gestante em situação semelhante Background: Historically, the way westerners have dealt with death has undergone significant changes. The advancement of medicine, which allowed the extension of life, and the hospital environment are two important markers in the transition of the relationship with death, with the deceased and consequently the expression of suffering and the grieving process. In this context, perinatal palliative care, after the diagnosis of lethal fetal anomaly, appears as a possibility for pregnant women and their families to approach death again. Objective: This study aims to describe the experience of mourning, present the rituals performed in the face of death, assess the correlation between grief, depression and hopelessness and describe the perception about the care received in perinatal palliative care. Methods: All women who between the years 2015 and 2018, during pregnancy, were diagnosed with a lethal fetal anomaly at the Obstetric Clinic Division of the Hospital das Clínicas of the Medical School of USP and were assisted by the group of palliative care Grupo de Apoio Integral às gestantes e familiares de fetos com malformação fetal (GAI). The instruments used were: medical record, semi-directed interview, Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD), an adaptation of the Texas Revised Inventory of Grief (TRIG) and Beck\'s Hopelessness Scale (BHS). It is a qualitative and quantitative research. The qualitative analysis was carried out based on the content analysis proposed by Minayo. Quantitative variables were analyzed using means, medians, standard deviations, minimum and maximum values. The significance level adopted was 0.05 and Fisher\'s exact test was applied, when appropriate. Results: Statistical significance was observed between the score for complicated mourning at the time of death and the birth of a living child (p = 0.012) and between the score for complicated mourning at the time of the interview and the pregnant woman at the time of the interview (p = 0.018). Between the maternal age and the score for complicated mourning at the time of death, a weak and inversely proportional negative linear correlation was identified (r = -0.440; p = 0.015). The hours of life of the newborn and the score for complicated mourning at the time of death, on the other hand, presented a moderate positive linear correlation (r = 0.527; p = 0.005). The association between complicated mourning at the time of death; complicated mourning at the time of the interview; depression and hopelessness showed statistical significance between: complicated grief at the time of death and the presence of major depression (p < 0.001); complicated mourning at the time of death and hopelessness (p = 0.005) and complicated mourning at the time of the interview and the presence of major depression (p = 0.006). Eight themes were identified in the discourse analysis: The loss of a healthy child; Hope (lessness) and mourning; Perinatal Palliative Care; Angel mothers, Childbirth and losses; Traditional funeral rites; New funeral rites; Memory and mourning. Conclusion: It was possible to observe that the patients benefited from the perinatal palliative care and all evaluated that they would recommend the service to another pregnant woman in a similar situation
- Published
- 2020
4. Cerebroplacental ratio as a predictive method of adverse perinatal outcomes: a retrospective observational study
- Author
-
Jonas de Lara Fracalozzi, Alessandra Cristina Marcolin, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, and Rossana Pulcineli Vieira Francisco
- Abstract
Introdução: Hipoxia é uma das principais causas de morbimortalidade do feto e recém-nascido (RN), tanto pela prematuridade que provoca quanto pelas lesões no período perinatal. Monitorização eletrônica da frequência cardíaca fetal é o método utilizado para rastreio de hipoxia, mas tem baixo valor preditivo positivo. Redistribuição hemodinâmica é um mecanismo adaptativo do feto frente à hipoxia, que pode preceder e tem o potencial de predizer resultados adversos perinatais (RAP). Objetivo: Investigar a influência de variáveis demográficas maternas, da ultrassonografia obstétrica anteparto, incluindo a relação cerebroplacentária (RCP) fetal, obstétricas e neonatais, com eventos adversos perinatais relacionados à hipoxia. Casuística e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, que incluiu 613 parturientes admitidas para resolução da gestação antes da fase ativa do trabalho de parto, cujos fetos haviam sido submetidos à ultrassonografia com Dopplervelocimetria nas 72 horas que antecederam o nascimento, com fetos únicos, vivos, sem anomalias congênitas e idade gestacional (IG) superior a 26 semanas. Os desfechos investigados foram: indicação de cesárea por sofrimento fetal agudo (SFA), Apgar p95 para a IG foi um preditor de cesárea por suspeita de SFA, assim como uma RCP abaixo de 0,98, independente da IG. A IG foi o preditor mais relevante de Apgar 29 semanas, IR da AU>0,84 também foi preditor desse resultado. IG p95 for GA was a predictor of cesarean section on suspicion of AFD, as well as a CPR below 0.98, regardless of GA. GA was the most relevant predictor of Apgar 29 weeks, UA >IR 0.84 was also predictor of this result. GA
- Published
- 2020
5. Breaking bad news in obstetrics setting: the impact of institutional training on the perception\'s health professionals
- Author
-
Fernanda Figueiredo de Oliveira, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, and Alessandra Cristina Marcolin
- Abstract
Introdução: O termo \"má notícia\" designa qualquer informação transmitida ao paciente ou a seus familiares que implique, direta ou indiretamente, de forma negativa sobre expectativas de seu futuro. A forma como a notícia é transmitida pode impactar negativamente no seguimento da paciente. A despeito disto, pouco tempo é despendido para tal função durante a formação médica, o que torna esta tarefa ainda mais árdua para o profissional responsável por esta comunicação. Na área da Obstetrícia, poucos são os trabalhos que descrevem programas de treinamentos na comunicação de más notícias, assim como seu impacto na percepção dos profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar o impacto de treinamento institucional em comunicação de más notícias na percepção dos profissionais de saúde. Métodos: Estudo prospectivo envolvendo médicos especialistas em saúde materno-fetal do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Estes foram convidados a preencher um questionário institucional baseado no protocolo SPIKES para comunicação de más notícias antes e após o treinamento formal para a transmissão de más notícias na instituição. O treinamento foi dividido em teórico e prático. As respostas do questionário foram comparadas usando testes não paramétricos para avaliar as diferenças nas percepções dos médicos nas duas etapas. Os itens do questionário foram avaliados individualmente e em grupos seguindo as etapas de comunicação do protocolo SPIKES. As avaliações dos médicos em relação ao treinamento proposto foram analisadas usando metodologia quantitativa. Resultados: Cento e dez médicos foram convidados a participar. Noventa médicos completaram o questionário antes do treinamento proposto e quarenta médicos responderam o questionário após o treinamento completo. Após o treinamento, houve melhora significativa em saber como preparar o ambiente antes de transmitir a má notícia (P = 0,010), na percepção de sentir-se preparado e capacitado em transmitir más notícias (P < 0,001), sentir-se capaz de discutir o prognóstico (P = 0,026), sentir-se capaz de discutir o término da gravidez ou início de cuidados paliativos (P = 0,003), sentir-se capaz de discutir questões de fim de vida (P = 0,007) e sentir-se confiante para responder questões difíceis (P = 0,004). A comparação das respostas agrupadas seguindo os passos do protocolo SPIKES mostrou diferenças significativas entre as etapas para os seguintes passos: \"Knowledge\" (P < 0,001), \"Emotions\" (P = 0,004) e \"Strategy and Sumarize\" (P = 0,002). Conclusão: A implementação de treinamento formal em caráter institucional para a transmissão de más notícias foi capaz de modificar a percepção dos profissionais em relação a esta comunicação Background: \"Bad News\" refers to any information transmitted to the patient or his family that implies negative expectations about their future. The way that bad news is transmitted can negatively impact patient follow-up. Despite this, low time spent for this function during medical training, which makes this task even more arduous for the responsible for this communication. In Obstetrics settings, there are few studies describing breaking bad news training programs, as well as their impact on the perception of health professionals. Objective: To evaluate the influence of a training program on the participants\' perceptions of bad news communication. Methods: Prospective study involving maternal-fetal health specialists from the Hospital das Clinicas at the University of São Paulo. Who were invited to complete an institutional questionnaire based on the SPIKES protocol for breaking bad news before and after formal training in breaking bad news was delivered in the institution. The training consisted in two parts: theoretical and practical. The questionnaire responses were compared using nonparametric tests to evaluate the differences in physicians\' perceptions at the two timepoints. The questionnaire items were evaluated individually and in groups following the communication steps of the SPIKES protocol. Physicians\' evaluations of the training program were analyzed using quantitative methodology. Results: A total of 110 physicians were invited to participate. Ninety physicians completed the pre-training questionnaire and forty physicians answered the posttraining questionnaire. After training, there were significant improvements in knowing how to prepare the environment before delivering bad news (P = 0.010), feeling prepared and able to transmit bad news (P < 0.001), feeling able to discuss the prognosis (P = 0.026), feeling capable of discussing ending the pregnancy or the initiation of palliative care (P = 0.003), feeling capable of discussing end-of-life issues (P = 0.007), and feeling confident about answering difficult questions (P = 0.004). The comparison of the grouped responses following the steps of the SPIKES protocol showed significant differences between groups for the following steps: \"Knowledge\" (P < 0.001), \"Emotions\" (P = 0.004) and \"Strategy and Summary\" (P = 0.002). Conclusion: The implementation of institutional formal training in breaking bad news changed the perception of the physicians in the communication setting
- Published
- 2019
6. Evaluation of the nutritional pattern and serum fatty acid levels in pregnant women with fetuses with gastroschisis
- Author
-
Sandra Frankfurt Centofanti, Maria de Lourdes Brizot, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, and Silvia Regina Dias Médici Saldiva
- Abstract
Objetivo: avaliar a ingestão de nutrientes no período pré-concepcional e níveis séricos de ácidos graxos, durante a gestação, em gestantes portadoras de fetos com gastrosquise e gestantes portadoras de fetos normais. Métodos: estudo prospectivo caso-controle realizado no período de Julho de 2013 a Julho de 2015 no setor de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas. O grupo gastrosquise (GG) foi constituído de 57 gestantes com gestações únicas, idade gestacional inferior a 34 semanas e feto com gastrosquise isolada. O grupo controle (GC) foi constituído de 114 gestantes portadoras de fetos normais pareadas de acordo com idade materna (± 2 anos), idade gestacional (± 2 semanas) e mesma classificação de índice de massa corpórea (IMC) no período pré-concepcional. Os dados referentes ao consumo dietético das gestantes foram obtidos a partir do questionário de frequência e consumo alimentar (QFCA) e o cálculo da ingestão dos nutrientes (macronutrientes; micronutrientes, ácidos graxos e aminoácidos) foi obtido a partir de programas específicos: Dietwin Profissional 2.0® and Virtuanutri®. Para a avaliação de níveis séricos de ácidos graxos (AG), as gestantes foram submetidas à coleta de sangue na entrada no estudo e no momento do parto. A comparação de AG foi realizada durante a gestação e no momento do parto. Com o objetivo de avaliar se as diferenças entre os grupos eram mais frequentes na primeira ou na segunda metade da gestação, uma nova análise foi realizada subdividindo o período gestacional 25 semanas e < 34 semanas. Resultados: no período pré-concepcional, a media diária de calorias ingerida foi maior (2382,43 vs. 2198,81; p = 0,041) no GG em comparação com GC. O consumo médio de metionina (763,89 vs 906,34; p = 0,036), treonina (1248,34 vs. 1437,01; p = 0,018) e crômio (54,66 vs. 59,49 p = 0,014) foi menor no GG em comparação ao GC. Na análise de ácidos graxos, observa-se que o total AG (p = 0,008), AG insaturados (p = 0,002) e a razão C18:1n9/C18:00 (p = 0,021) foi menor no GG em comparação ao GC durante a gestação; entretanto, a razão C16:00 / C18:2n6 (p = 0,018) foi maior no GG em comparação ao GC no mesmo período. Total AG (p = 0,044) e AG insaturados (p = 0,024) foi menor no GG em comparação ao GC no período 25 semanas e < 34 semanas. Conclusão: gestantes portadoras de fetos com gastrosquise apresentam dieta de baixa qualidade nutricional, com alto valor calórico e pobre em aminoácidos essenciais, no período pré-concepcional, e baixos níveis séricos de ácidos graxos durante a gestação Objective: To evaluate the nutrients intake during the preconceptional period and the serum fatty acid levels during the gestation period of pregnant women with fetuses with gastroschisis and pregnant women with normal fetuses. Methods: A prospective case-control study was conducted at the Fetal Medicine Unit at Hospital das Clínicas from July 2013 to July 2015. The gastroschisis group (GG) comprised 57 pregnant women with singleton pregnancies of less than 34 weeks with fetuses with isolated gastroschisis, and the control group (CG) comprised 114 pregnant women with normal fetuses matched for maternal age (± 2 years), gestational age (± 2 weeks), and the same preconceptional body mass index (BMI). Nutritional assessments related to the preconceptional period were obtained using the Food Consumption Frequency Questionnaire and nutrient intakes (macronutrient, micronutrient, fatty acid and amino acid) were calculated using nutrition programs: Dietwin Profissional 20 ® and Virtuanutri ®. For the evaluation of serum fatty acid levels (FA), a blood sample was collected from each subject at the time they entered the study and at the time of delivery. The FA comparison was performed during gestation and at the time of delivery. In order to evaluate whether the differences between both groups were more frequent in the first or second half of gestation, a new analysis was performed, subdividing gesta 25 weeks and < 34 weeks. Results: during the preconceptional period, the median daily calorie intake was higher (2382.43 versus 2198.81; p = 0.041) in the GG than in the CG. The median intakes of methionine (763.89 versus 906.34; p = 0.036), threonine (1248.34 versus 1437.01; p = 0.018) and chromium (54.66 versus 59.49 p = 0.014) were lower in the GG than in the CG. By analyzing the serum fatty acid levels, total FA (p = 0.008), unsaturated FA (p = 0.002) and the C18:1n9/C18:00 ratio (p = 0.021) were lower in the GG than in the CG during gestation; however, the C16:00 / C18:2n6 ratio (p = 0.018) was higher in the GG than in the CG during the indicated period. Total FA (p = 0.044) and unsaturated FA (p = 0.024) were lower in the GG than in the CG at period 25 weeks and < 34 weeks. Conclusion: Pregnant women with fetuses with gastroschisis have low-nutritional-quality diet, which is both high in calories and poor in essential amino acids during the preconceptional period, and have low serum FA levels during pregnancy
- Published
- 2018
7. Two-dimensional and three-dimensional transvaginal ultrasound evaluation of pregnant women with cervical incompetence submitted to cerclage
- Author
-
Thais da Fonseca Borghi, Mário Henrique Burlacchini de Carvalho, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, and Edward Araujo Júnior
- Abstract
Objetivos: Determinar quais características ultrassonográficas obtidas por meio da ultrassonografia transvaginal bidimensional (USG TV 2D) e da ultrassonografia transvaginal tridimensional (USG TV 3D) associam-se ao parto prematuro em gestantes submetidas à cerclagem profilática e terapêutica. Métodos: Sessenta e seis gestações únicas, submetidas a cerclagem profilática ou terapêutica, e acompanhadas no ambulatório de Aborto Habitual da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), entre 1 de junho de 2012 e 30 de outubro de 2015, foram avaliadas longitudinalmente, por meio da USG TV 2D e USG TV 3D associado ao power Doppler, nos três trimestres da gestação. Na análise dos resultados, as gestantes foram primeiramente avaliadas longitudinalmente nos três trimestres da gestação. Depois, foram classificadas de acordo com a idade gestacional de parto (IG parto) = 34 semanas. As gestantes também foram avaliadas considerando-se a IG parto como uma variável contínua. Resultados: Na avaliação longitudinal, o comprimento do colo uterino (CC) e a distância do ponto de cerclagem ao orifício cervical interno (POI) diminuíram significativamente entre o segundo e o terceiro trimestres (32,6 vs 28,3 mm; p < 0,001 e 14,3 vs 10,7 mm; p=0,001, respectivamente) enquanto a largura do afunilamento cervical aumentou significativamente no mesmo período (13,6 vs 20,7 mm; p= 0,011). Dez gestantes (15,2%) tiveram idade gestacional de parto < 34 semanas. O CC, a POI e a presença do afunilamento cervical, avaliados no terceiro trimestre da gestação, tiveram relação significativa com a IG parto < 34 semanas (16,27 mm, p= 0,009; zero, p= 0,003; 66,67%, p= 0,041, respectivamente). O CC < 28,1 mm, p= 0,0083, o volume do colo uterino (VOL) < 18,17 cm3, p= 0,0152, a POI < 10 mm, p= 0,0151, e os índices vasculares do colo uterino, FI < 33,83, p= 0,0338, VI < 2,153%, p= 0,0044, e VFI < 0,961, p= 0,0059 avaliados no segundo trimestre tiveram relação significativa com idades gestacionais de parto mais precoces, assim como, o CC < 20,4 mm, p= 0,0009, o VOL >= 47,48 cm3, p= 0,0107, FI < 44,336, p= 0,0038, VI>= 0,54 %, p= 0,0327 e o VFI >= 2,275, p= 0,0479 avaliados no terceiro trimestre. Nos modelos de regressão de COX, em que a variável de interesse foi o tempo até o parto, o VOL no segundo trimestre foi significativo, ao passo que no terceiro trimestre, o FI e o VFI foram significativos. Conclusões: Em gestantes submetidas a cerclagem profilática e terapêutica, o VOL do colo avaliado no segundo trimestre, e o FI e o VFI avaliados no terceiro trimestre foram as únicas variáveis independentes que se relacionaram com o tempo até o parto Objectives: To determine which cervical sonographic characteristics on twodimensional transvaginal ultrasonography (2DTVUS) and three-dimensional transvaginal ultrasonography (3DTVUS) could be related to gestational age at birth after placement of history-indicated cerclage or ultrasound-indicated cerclage. Methods: Sixty six pregnant women, with a singleton gestation, submitted to history-indicated cerclage or ultrasound-indicated cerclage and followed at the Recurrent Miscarriage Clinic of Department of Obstetrics and Gynecology of São Paulo University Medical School between June 1, 2012 and October 30, 2015, were longitudinaly evaluated by 2DTVUS and 3DTVUS associated to power Doppler, in the three trimesters of pregnancy. For the analysis, pregnant women were, firstly, evaluated longitudinally, in the three trimesters of pregnancy. After that, they were classified according to gestational age (GA) at delivery = 34 weeks. Pregnant women were evaluated considering GA at delivery as a continuous variable already. Results: In the longitudinal evaluation, cervical length (CL) and proximal cervical length decreased between the second and the third trimestrers (32.6 vs 28.3 mm, p < 0.001; 14.3 vs 10.7, p= 0.001, respectivelly), while width of funneling increased at the same period (13.6 vs. 20.7 mm; p = 0.011). Ten pregnant women (15.2%) delivered < 34 weeks. CL, proximal cervical length and present cervical funneling, in the third trimester, were significantly related to GA at delivery < 34 weeks (16.27 mm, p= 0.009; zero, p= 0.003; 66.67%, p= 0.041, respectively). CL < 28.1mm, p=0.0083, cervical volume < 18.17 cm3, p= 0.0152, proximal cervical length < 10 mm, p = 0.0151, and cervical vascularization index, FI < 33.83, p= 0.0338, VI < 2.153 %, p= 0.0044, VFI < 0.961, p = 0.0059, in the second trimester, were related to earlier delivery, as, CL < 20.4 mm, p= 0.0009, cervical volume >= 47.48 cm3, p = 0.0107, FI < 44.336, p: 0.0038, VI >= 0.54, p = 0.0327 and VFI >= 2.275, p= 0.479 in the third trimester. Using COX regression analysis, it was demonstrated that cervical volume in the second trimester, and FI and VFI in the third trimester were significantly associated to gestational age at birth .Conclusions: In women with history-indicated cerclage or ultrasound indicated cerclage, 2nd trimester cervical volume and 3rd trimester FI and VFI are the only indenpendent significant sonographic findings associated whith time to delivery
- Published
- 2016
8. Development of a trisomy 21 test by analysis of fetal nucleic acids in maternal plasma by next-generation sequencing
- Author
-
Renata Moscolini Romão, Mário Henrique Burlacchini de Carvalho, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Maria de Lourdes Brizot, and José Eduardo Levi
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business - Abstract
O objetivo do presente trabalho foi o desenvolvimento de um teste não invasivo para a trissomia do cromossomo 21 através da análise de ácidos nucleicos fetais livres no plasma materno por sequenciamento de última geração realizado no sequenciador automático Ion Torrent. A metodologia proposta para o teste é a análise de SNPs com alta taxa de heterozigosidade na população brasileira localizados em dois genes presentes no cromossomo 21 (PLAC4 e C21orf105), e a detecção da cópia extra do cromossomo 21 é feita pela razão dos alelos desses SNPs, sendo que a razão de 1:1 indica que o feto é normal, e a razão de 2:1 indica que o feto tem uma cópia extra do cromossomo 21. Para a validação da metodologia foram utilizadas 50 amostras de DNA livre extraídas de líquido amniótico, previamente caracterizadas por análise citogenética consideradas como o padrão ouro pois contém apenas material genético fetal abundante. A metodologia foi validada com sucesso nessas amostras, sendo que as 24 amostras de fetos com trissomia foram claramente distinguidas das 26 amostras de fetos normais. A metodologia validada foi aplicada a 44 amostras de DNA livre extraídas de plasma de gestantes (21 amostras de fetos com trissomia do 21 e 23 de fetos normais), porém não foi possível fazer a distinção entre fetos normais e fetos com trissomia do 21, possivelmente devido à variações na fração fetal do DNA livre em relação à fração materna. Como nosso objetivo principal não foi alcançado, Propomos aqui que o teste realizado em líquido amniótico seja utilizado como uma alternativa mais simples, rápida e barata ao cariótipo convencional atualmente utilizado para fazer o diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 em amostras coletadas por procedimentos invasivos, enquanto as deficiências do teste não-invasivo pelo plasma materno são aprimoradas The purpose of this study was to develop a test for trisomy 21 by analyzing cell-free fetal nucleic acids in maternal plasma by next-generation sequencing performed on automated sequencer Ion Torrent. The proposed methodology for the test is based on analysis of SNPs with high heterozygosity rates in Brazilian population, located in two genes present on chromosome 21 (PLAC4 and C21orf105), and the detection of the extra copy of chromosome 21 is made by the allelic-ratio of these SNPs, where 1:1 ratio indicates a normal fetus, and the 2:1 ratio indicates that the fetus has an extra copy of chromosome 21. In order to validate the methodology 50 cell-free DNAs extracted from amniotic fluid were used representing a gold standard since it contains abundant genetic material exclusively from the fetus. The methodology has been successfully validated in these samples, all the 24 samples from fetuses with trisomy 21 were clearly distinguished from 26 samples of normal fetuses. The validated method was applied to 44 cell-free DNA samples extracted from plasma of pregnant women (21 samples from fetuses with trisomy 21 and 23 from normal fetuses), but unfortunately it was not possible to distinguish between normal and trisomy 21 fetuses, possibly due to variations on the fetal fraction of the cell-free DNA in relation to maternal fraction. As our main goal was not achieved, we propose here that the test performed on amniotic fluid sample could be used as a simpler, faster and cheaper alternative test to traditional karyotype, which is used nowadays to make the diagnosis of trisomy 21 in samples collected by invasive procedures. In parallel, minor improvements in the described method may enable its clinical use
- Published
- 2016
9. Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction
- Author
-
Renata Montes Dourado Abulé, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, and Alessandra Cristina Marcolin
- Abstract
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI
- Published
- 2016
10. Study on prematurity in fetuses with congenital diaphragmatic hernia (CDH): evaluation of predictive factors
- Author
-
Bruna Maria Lopes Barbosa, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, and Alessandra Cristina Marcolin
- Subjects
Polyhydramnios ,education.field_of_study ,medicine.medical_specialty ,Obstetrics ,business.industry ,Population ,Diaphragmatic breathing ,Congenital diaphragmatic hernia ,Gestational age ,medicine.disease ,Premature birth ,medicine ,Hernia ,Diaphragmatic hernia ,education ,business - Abstract
INTRODUÇÃO: A hérnia diafragmática congênita é uma malformação fetal potencialmente grave, que está associada a alta mortalidade. Sabe-se que a prematuridade é um significante fator de risco para morbidade e mortalidade neonatal na maioria das doenças, porém sua relação com a hérnia diafragmática congênita pouco tem sido descrita. O que se tem observado nos estudos nesses fetos é que a incidência de prematuridade é maior que na população em geral OBJETIVOS: Avaliar a incidência de prematuridade nos fetos com hérnia diafragmática congênita e seus possíveis fatores de predição. MÉTODOS: Estudo do tipo coorte retrospectiva. Foram avaliados fetos com hérnia diafragmática congênita, não submetidos a fetoscopia, sem alteração de cariótipo, com até uma malformação maior associada à hérnia, que fizeram o acompanhamento ultrassonográfico na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período entre janeiro de 2001 e outubro de 2014. As variáveis analisadas foram: idade materna, primiparidade, doenças maternas associadas, tabagismo, prematuridade anterior espontânea, malformação fetal associada à hérnia, hidropsia fetal, polidrâmnio na gestação, polidrâmnio no último ultrassom antes do parto, restriçã de crescimento fetal, feto grande para a idade gestacional, presença de fígado intratorácico, realização de procedimentos invasivos, lado da hérnia e LHRo/e. Inicialmente, para avaliar a associação com a prematuridade, as variáveis qualitativas foram submetidas ao teste de Qui-quadrado e as quantitativas ao teste não paramétrico de Mann-Whitney. Em seguida, foi ajustado um modelo de regressão logística múltipla com método de seleção de variáveis stewise para verificar quais variáveis poderiam influenciar na predição de prematuridade. Construiu-se curva(s) ROC para encontrar ponto de corte para a(s) variável(is) significativa(s) na predição de prematuridade, identificando-se os valores com melhor sensibilidade e especificidade a serem sugeridos para uso na prática clínica. RESULTADOS: Dos 80 fetos avaliados, 21 (26,25%) nasceram prematuros. Após análise multivariada o LHRo/e foi o único fator associado à prematuridade (p = 0,02). A curva ROC mostrou que com o aumento do LHRo/e ocorre o aumento da sensibilidade e diminuição da especificidade na predição do parto prematuro, atingindo-se uma sensibilidade de 93,3% com especificidade de 48,8% quando o LHRo/e é igual a 40%. As demais variáveis não se associaram à prematuridade após análise múltipla. CONCLUSÕES: A incidência de prematuridade encontrada foi de 26,25%. O LHRo/e foi o único fator preditor de prematuridade na amostra estudada. INTRODUCTION: Congenital diaphragmatic hernia (CDH) is a severe fetal malformation that leads to high mortality. Premature birth significantly increase the risk of neonatal morbidity and mortality in most diseases; but its relationship with congenital diaphragmatic hernia has not been well described. Fetuses with diaphragmatic hernia have a higher incidence of prematurity when compared to fetuses without malformations. Furthermore, prematurity is associated with worse post-natal survival in these fetuses. However, no studies have evaluated possible prenatal predictive factors. OBJECTIVES: To evaluate the incidence of prematurity in fetuses with congenital diaphragmatic hernia (CDH) and its possible predictive factors. METHODS: A retrospective cohort study was performed. Inclusion criteria were presence of congenital diaphragmatic hernia; absence of fetoscopy; absence of karyotype abnormality; maximum of one major malformation associated with diaphragmatic hernia; ultrasound monitoring at the Obstetrics Clinical of Clinicas Hospital at the University of São Paulo School of Medicine, from January 2001 to October 2014. The following variables were analyzed: maternal age, primiparity, associated maternal diseases, smoking, previous spontaneous preterm birth, fetal malformation associated with hernia, fetal hydrops, polyhydramnios during pregnancy, polyhydramnios on last ultrasound, fetal growth restriction, fetus large for gestational age, presence of intrathoracic liver, invasive procedures performed, side of hernia and observed to expected lung to head ratio (o/e LHR). On individual analysis, qualitative variables were assessed using the Chi-square test, and quantitative variables by the nonparametric test of Mann-Whitney. After individual analysis, a multiple logistic regression model with stewise variable selection method was performed to select variables variables that could influence the prediction of preterm delivery. A ROC curve was constructed with the significant variable, identifying the values with best sensitivity and specificity to be suggested for use in clinical practice. RESULTS: Eighty fetuses were evaluated, of which 21 (26.25%) were premature. After multiple analysis the o/e LHR was the only factor associated with prematurity (p = 0,02). The ROC curve showed that as the o/e LHR increases the sensitivity also increases and there is a decrease in the specificity of preterm delivery prediction, reaching a sensitivity rate of 93.3% and a specificity of 48.8% when o/e LHR is equal to 40%. The other variables were not associated with prematurity after multiple analysis. CONCLUSION: The incidence of prematurity was 26.25% in our population. The o/e LHR was the only predictor of prematurity in this sample
- Published
- 2015
11. Intrauterine death in pregnancies with trisomy 21, 18, 13 and X monosomy
- Author
-
Vanessa Vigna Goulart, Adolfo Wenjaw Liao, and Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade
- Abstract
Objetivos: Descrever a frequência, e investigar fatores preditivos, de óbito fetal espontâneo (OF), em gestações com anomalias cromossômicas. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, abrangendo o período de novembro de 2004 a maio de 2012, realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foram incluídas gestações únicas com diagnóstico pré-natal de trissomia dos cromossomos 21 (T21), 18, 13 (T13/18) e monossomia do X (45X), realizado até a 26ª semana de gestação. Resultados: Foram incluídas 92 gestantes com idade materna média de 32,7 ± 8,7 anos. O diagnóstico das anomalias cromossômicas (T21 n=36, T13/T18 n=25, 45X n=31) foi realizado em idade gestacional média de 18,3 ± 3,7 semanas, por meio de biópsia de vilo corial (n=22, 24%), amniocentese (n=66, 72%) e cordocentese (n=4, 4%). Malformação major estava presente em 45 (49%); e hidropisia foi identificada em 32 (35%) fetos, sendo mais frequente no grupo 45X (n=24/31 (77%) versus T21: n=6/36 (17%) e T13/18: n=2/25 (8%), p < 0,001). Exame ecocardiográfico fetal especializado foi realizado em 60% (55/92) das gestações. Dessas, 60% (33/55) apresentaram alterações na morfologia e/ou função cardíaca, sendo o achado mais frequente a comunicação interventricular (39%). Fetos com T13/18 apresentaram incidência maior de anomalias cardíacas (60% versus 25% (T21) e 29% (45X), p= 0,01). Óbito fetal ocorreu em 55 (60%) gestações e foi mais frequente no grupo 45X (n=26/31 (84%) versus T21: n=13/36 (36%) e T13/18: n=16/25 (64%), p < 0,01). A análise multivariada stepwise demonstrou associação entre hidropisia e OF em fetos com trissomia 21 (LR= 4,29; IC95%= 1,9-8,0, p< 0,0001). Em fetos com monossomia X, a presença de alterações ecocardiográficas esteve associada com menor risco de OF (LR= 0,56; IC95% = 0,27-0,85, p= 0,005). Não foram identificados fatores preditores no grupo T13/18. Conclusão: A letalidade intrauterina de fetos com anomalias cromossômicas é elevada. A presença de hidropisia aumenta o risco de óbito fetal, em gestações com trissomia 21. Enquanto, em gestações com monossomia X, a ocorrência de alterações ecocardiográficas reduz esse risco Objectives: To describe the frequency, and associated factors, of intrauterine fetal death (IUD), in pregnancies with chromosomal abnormality. Methods: This was a retrospective (November 2004 to May 2012) performed at de department of obstetrics, Hospital das Clínicas, São Paulo University Medical School. Inclusion criteria were: singleton pregnancies with prenatal diagnosis of trisomy 21 (T21), 18, 13 (T13/18) and X monosomy (45X), performed up to 26 weeks gestation. Results: 92 women were included in the study with a mean maternal age of 32.7 ± 8.7 years. Fetal chromosomal abnormalities (T21 n=36, T13/T18 n=25, 45X n=31) were diagnosed at a mean gestational age of 18.3 ± 3.7 weeks, by chorionic villus sampling (n=22, 24%), amniocentesis (n=66, 72%) and cordocentesis (n=4, 4%). Major fetal structural abnormality was present in 45 (49%) cases; hydrops was diagnosed in 32 (35%) fetuses, and was more common in 45X group (n=24/31 (77%) versus T21: n=6/36 (17%) and T13/18: n=2/25 (8%), p < 0.001). Specialist fetal echocardiography was performed in 55 (60%) pregnancies and showed structural and/or functional abnormalities in 33 (60%) fetuses; ventricular septal defect was the most common finding (39%). T13/18 fetuses showed a higher incidence of cardiac abnormalities (60% versus 25% (T21) and 29% (45X), p= 0.01). IUD occurred in 55 (60%) pregnancies and was more common in 45X group (n=26/31 (84%) versus T21: n=13/36 (36%) and T13/18: n=16/25 (64%), p < 0.01). Stepwise logistic regression analysis demonstrated an association between hydrops and IUD in T21 pregnancies (LR= 4.29; 95%CI= 1.9-8.0, p < 0.0001). In 45X pregnancies, cardiac abnormalities were associated with a lower risk of IUD (LR= 0.56; 95%CI = 0.27-0.85, p= 0.005). No predictors of IUD were identified in T13/18 group. Conclusion: Intrauterine death rate is high in pregnancies with a fetal chromosomal abnormality. Presence of hydrops increases the risk of this complication in trisomy 21 fetuses. Whereas the presence of a cardiac abnormality is protective in X monosomy pregnancies
- Published
- 2014
12. Assessment of placental volume and indices by threedimensional ultrasonography, and respective relationships with maternal clinical and laboratory data in pregnant women with pregestational diabetes
- Author
-
Carla Fagundes Silva de Paula, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, Mara Sandra Hoshida, Joelcio Francisco Abbade, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, Mário Henrique Burlacchini de Carvalho, and Geraldo Duarte
- Abstract
INTRODUÇÃO:O diabetes pré-gestacional apresenta elevados índices de morbidade perinatal, secundários ao ambiente metabólico anormal decorrente de hiperglicemia e com impacto significativo na evolução da gestação. A hiperglicemia, quando acontece em fases iniciais da gravidez, pode levar a alterações muito precoces na placenta, principalmente na fase da angiogênese a qual é regulada por fatores angiogênicos, como o fator de crescimento placentário (PlGF) e a fração solúvel da proteína tirosina quinase semelhante ao fms (sFLT-1). Este estudo teve por objetivo estudar o volume e os índices de vascularização placentária por meio da ultrassonografia tridimensional, em gestantes com diabetes pré-gestacional, e suas relações com dados clínicos e laboratoriais maternos. MÉTODOS: Foram estudadas 45 gestantes com diabetes pré-gestacional em duas avaliações (12 a 16 semanas) e (20 a 25 semanas) onde foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices placentários: IV (índice de vascularização); IF (índice de fluxo) e IVF (índice de vascularização e fluxo ) e o índice de pulsatilidade (IP) da artéria uterina. Estes foram comparados com gestantes de grupo controle nas mesmas idades gestacionais. O VP, IV, IF e IVF também foram correlacionados com dosagens de hemoglobina glicada (HbAc1), tempo de instalação da doença, presença de vasculopatia diabética, Doppler da artéria uterina e umbilical, dosagens de PlGF e sFLT- 1, idade gestacional ao nascimento, peso do recém-nascido e peso da placenta. RESULTADOS: O volume placentário em pacientes com diabetes pré-gestacional foi menor quando comparado com gestantes sem intercorrências clínicas nas idades gestacionais de 12 semanas e, entre 20 e 25 semanas. Em relação aos índices de vascularização, houve diferença estatisticamente significativa na 12ª semana de gestação, no IV e IVF quando comparadas gestações com diabetes pré-gestacional e sem intercorrências clínicas. O IP da artéria uterina foi significativamente maior em pacientes com diabetes pré-gestacional do que em gestantes sem intercorrências clínicas. Em relação à avaliação das pacientes diabéticas, houve correlação entre o tempo de instalação da doença e o volume placentário na segunda avaliação. As pacientes com diabetes prégestacional, com idade gestacional entre 20 e 25 semanas, com vasculopatia, apresentaram IV menor do que as pacientes sem vasculopatia nesta mesma idade gestacional. Houve correlação negativa entre o IV na primeira avaliação e o IP da artéria uterina na segunda avaliação. Observouse correlação positiva entre o IV na primeira avaliação e o PlGF na segunda avaliação e deste último com o VP na segunda avaliação. CONCLUSÕES: Observa-se que há menor volume da placenta e menores valores de IV e IVF em pacientes com diabetes pré-gestacional quando comparadas àquelas sem intercorrências clínicas, em determinadas idades gestacionais. Quando avaliam-se apenas as pacientes com diabetes pré-gestacional notam-se correlações entre a avaliação do volume e índices placentários com o tempo de instalação da doença, o IP da artéria uterina, a presença de vasculopatia diabética e o PlGF. Estes achados sugerem que a análise do volume e dos índices placentários pode ser útil no entendimento da fisiopatologia para o diagnóstico e o prognóstico de gestações em pacientes portadoras de diabetes pré-gestacional INTRODUCTION: Pregestational diabetes is associated with high rates of perinatal morbidity secondary to the abnormal metabolic environment resulting from hyperglycemia, and has a significant impact on evolution of the pregnancy. Hyperglycemia during the initial phases of pregnancy can lead to early changes in the placenta, particularly during the angiogenesis phase. This phase is regulated by angiogenic factors, such as placental growth factor (PIGF) and soluble fms-like tyrosine kinase (sFLT-1). The aim of this study was to assess placental volume and vascularization indices using three-dimensional ultrasonography in pregnant women with pregestational diabetes, and their relationships with maternal clinical and laboratory data. METHODS: A total of 45 pregnant women with pregestational diabetes were submitted to two assessments (at 12-16 and 20-25 weeks) measuring placental volume (PV) and placental indices:VI (vascularization index); FI (flow index) and VFI (vascularization flow index); and the uterine artery pulsatility index (PI). Measurements were compared against those of pregnant women from a control group matched for gestational age. PV, VI, FI and VFI were also found to correlate with glycated hemoglobin (HbA1c) levels, disease duration, presence of diabetic vasculopathy, Doppler of the uterine and umbilical artery, PIGF and sFLT-1 levels, gestational age at birth, and weights of newborn and placenta. RESULTS: Placental volume of patients with pregestational diabetes was lower compared with pregnant women without clinical complications, at the gestational ages of 12 weeks and 20-25 weeks. At the 12th week, we observed a statistically significant diference in the results of IV and IVF between pregnancies with pregestational diabetes and those without clinical complications. PI of the uterine artery was significantly higher in patients with pregestational diabetes than in pregnant women without clinical complications. The assessment of diabetic patients revealed a correlation between disease duration and placental volume at the second assessment. Patients with pregestational diabetes and vasculopathy at the gestational age of 20-25 weeks had lower VI than patients without vasculopathy at the same gestational age .A negative correlation was found between VI at the first assessment and PI of the uterine artery at the second assessment. A positive correlation was observed between VI at the first assessment and PIGF at the second assessment, and also between PIGF and PV at the second assessment. CONCLUSIONS: Lower placental volume and correlation of VI and VFI was observed between patients with pregestational diabetes and women without clinical complications at different gestational ages. Assessment of the group of patients with pregestational diabetes revealed correlations of placental volume and indices with disease duration, PI of the uterine artery, presence of diabetic vasculopathy and PIGF. These findings suggest that the analysis of placental volume and indices can be useful in understanding the pathophysiology, and for the diagnosis and prognosis, of pregnancies in patients with pregestational diabetes
- Published
- 2014
13. Food intake of fatty acids in pregnant women with placental insufficiency
- Author
-
Renata Felipe Saffioti, Roseli Mieko Yamamoto Nomura, Lisandra Stein Bernardes Ciampi de Andrade, and Inar Alves de Castro
- Subjects
Biology - Abstract
Objetivo: analisar o consumo alimentar de energia, macronutrientes e ácidos graxos, de gestantes com insuficiência placentária, comparando com gestantes sem esta complicação obstétrica. Métodos: Estudo prospectivo, transversal e caso-controle realizado no período de fevereiro de 2012 a setembro de 2013, que incluiu gestantes que preencheram os seguintes critérios: gestação com feto único e vivo; idade gestacional superior a 26 semanas completas; diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo exame de Doppler de artéria umbilical com índice de pulsatilidade acima do p95; morfologia fetal normal ao exame de ultrassonografia; ausência de diagnóstico de diabetes; não suplementação pré-natal com ácidos graxos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido. O estado nutricional da gestante foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC) e o consumo dietético foi investigado pela aplicação do questionário de frequência alimentar, analisado pelo programa Avanutri Revolution versão 4.0, pelo qual se obteve o consumo de energia, macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e de ácidos graxos (saturados, poli-insaturados e monoinsaturados). Foram analisados os valores absolutos obtidos e a % do valor energético total (VET) da dieta. Resultados: Foram incluídas 21 gestantes no grupo com insuficiência placentária e 21 gestantes no grupo controle. Não se constatou diferença na mediana do IMC na comparação entre os grupos (grupo estudo=26,5 kg/m2, grupo controle=28,0kg/m2; P=0,563). Houve diferença significativa na comparação do grupo com insuficiência placentária com o grupo controle na análise do consumo alimentar de: energia (2002 kcal vs. 1515 kcal, p= 0,021). Com relação ao consumo de ácidos graxos, houve diferença significativa na comparação da % do VET entre os grupos com insuficiência placentária e controle: saturados (11,5% vs. 9,3%; p=0,043); poli saturados (2,7% vs. 3,6%; p=0,029); monoinsaturados (1,2 % vs. 2,1%; p= 0,005). Não foram encontradas diferenças significativas na qualidade da dieta entre os grupos quanto ao consumo avaliado de acordo com a % do VET: carboidratos (51,5% vs. 51,8%; p= 0,831); proteínas (15,3% vs. 16,1%; p= 0,458); lipídios totais (37,8% vs. 33,0%; p=0,831). Conclusão: Gestantes com o diagnóstico de insuficiência placentária relatam consumo alimentar diferente de gestantes que não apresentam esse diagnóstico, com dieta de ácidos graxos com qualidade inferior, notadamente com maior consumo de ácidos graxos saturados, e menor consumo de poli-insaturados e monoinsaturados, além de maior consumo de energia Objective: To analyze the dietary intake of energy, macronutrients and fatty acids of pregnant women with placental insufficiency, and to compare with pregnant women without this obstetric complication Methods : A prospective, cross-sectional and case -control study from February 2012 to September 2013, which included women who met the following criteria: singleton pregnancy with fetus alive; above 26 weeks gestation; diagnosis of placental insufficiency characterized by umbilical artery Doppler presenting pulsatility index above the p95; normal fetal morphology at ultrasound, absence of diabetes, absence of prenatal supplementation with fatty acids. We used the following exclusion criteria: neonatal diagnosis of malformation. The maternal nutritional status was assessed by body mass index (BMI) and dietary intake was investigated by applying the food frequency questionnaire analyzed by the program Avanutri Revolution version 4.0 , which was obtained by the consumption of energy, macronutrients (carbohydrates, proteins and lipids) and fatty acids (saturated, polyunsaturated and monounsaturated). We analyzed the absolute values and the % of total energy value (TEV). Results: We included 21 pregnant women in the study group with placental insufficiency and 21 pregnant women in the control group. There was no difference in median BMI between the groups (study group = 26.5 kg/m2, control group = 28.0 kg/m2, P = 0.563). Significant difference was found when the group with placental insufficiency was compared with the control group in food consumption of energy (2002kcal vs. 1515 kcal, p = 0.021). With regard to the consumption of fatty acids, there was a significant difference in the percentages of daily energy intake between the group with placental insufficiency and control group: saturated fatty acids(11.5% vs. . 9.3% , p = 0.043), polyunsaturated fatty acids(2.7 % vs. 3.6% , p = 0.029), monounsaturated fatty acids(1.2% vs. 2.1% , p = 0.005). There were no significant differences in diet quality between the groups regarding the consumption evaluated according to the % of VET: carbohydrates ( 51.5 % vs. 51.8 %, p = 0.831 ), protein (15.3 % vs. 16.1 %, p = 0.458), total fat (37.8 % vs. 33.0 %, p = 0.831) . Conclusion: Pregnant women with the diagnosis of placental insufficiency reported food consumption other than pregnant women who do not have this diagnosis with lower quality of dietary fatty acids consumption, especially with higher intake of saturated fatty acids , and lower intake of polyunsaturated and monounsaturated fatty acids, and greater energy consumption
- Published
- 2014
Catalog
Discovery Service for Jio Institute Digital Library
For full access to our library's resources, please sign in.