This research is inserted in Line II: Formative Processes in Technological Education, of the Technological Education Post Graduate Program (PPGET) of the Technological Education Federal Center of Minas Gerais (CEFET-MG). Studies in this line focus on work-education area issues in socioeconomic and political-cultural contexts, highlighting historical and cultural processes, the relationships between societal changes, formal and non-formal professional education, and the world of work. Based on theoretical contributions on the Sexual Division of Labor (HIRATA; KERGOAT, 2002) and Symbolic Violence (BOURDIEU, 1975, 2002, 2011), this research discusses symbolic gender violence, here characterized by moral and/or sexual harassment in the academic environment of a professional and technological educational federal institution. It’s sought to understand how symbolic gender violence manifests itself in this educational context. A bibliographical survey was developed on the themes discussed in books, thesis’ bases, dissertations and indexed articles. Then, semi-structured interviews were conducted, throughout remote means, with students from Professional and Technological Education - EPT (current or former), over the age of 18, who have experienced this type of violence, in addition to carrying out interviews with the course coordinators of all the levels involved (Technical, Undergraduate and Graduate). After collecting the data, an exegesis of the interviewees' speech excerpts was performed, by confronting those with the theoretical references studied, in order to interrelate empirical and theory. As a result, some reported forms of violence stood out, such as bad jokes, like referring to the lack of female capacity to accomplish laboratories practices. Speeches suggesting “this is not a woman's place”. Discrimination towards “hair types” that did not meet the “beauty standards” imposed by society, amongst others. It is expected that this research can lead to debate and reflection, inside and outside the technological education federal institutions, in addition to provoking change in the worldviews and behavior of all those involved in social causes, providing advance in gender equality in this educational segment. A presente pesquisa está inserida na Linha II: Processos Formativos em Educação Tecnológica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica (PPGET) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Os estudos dessa linha focalizam questões da área trabalho-educação nos contextos socioeconômico e político-cultural, destacando os processos históricos e culturais, as relações entre as mudanças societárias, a educação profissional formal e não formal e o mundo do trabalho. A partir dos aportes teóricos sobre a Divisão Sexual do Trabalho (HIRATA; KERGOAT, 2002) e da Violência Simbólica (BOURDIEU, 1975, 2002, 2011), a pesquisa problematiza a violência simbólica de gênero, aqui caracterizada por assédio moral e sexual no meio acadêmico, em uma instituição federal de educação profissional e tecnológica. Buscou-se compreender como a violência simbólica de gênero se manifesta nesse contexto educacional. Foi realizado um levantamento bibliográfico acerca das temáticas discutidas em livros, bases de teses, dissertações e artigos indexados. Em seguida, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, por meio remoto, com alunas da Educação Profissional e Tecnológica- EPT (atuais e/ou egressas), maiores de 18 anos, que vivenciaram esse tipo de violência, além da realização de entrevistas com coordenadores de curso dos diversos níveis envolvidos (Técnico, Graduação e Pós-Graduação). Após a coleta dos dados foi realizada uma exegese dos excertos de falas dos/as entrevistados/as, confrontando-os com os referenciais teóricos estudados, de forma a se inter-relacionar empiria e teoria. Como resultados, destacam-se algumas formas de violências que foram relatadas, entre elas: piadinhas e brincadeiras de mal gosto, referindo-se à falta de capacidade feminina para realizar práticas em laboratórios. Falas sugerindo “aqui não é lugar de mulher”. Discriminação em relação ao “cabelo”, como fora do modelo “padrão” imposto pela sociedade como “belo”, entre outras. Espera-se que a pesquisa possa levar ao debate e à reflexão, dentro e fora das instituições federais de educação tecnológica, e auferir mudanças nas visões de mundo e comportamentos de todos os atores envolvidos nessas tramas sociais, propiciando avanços na igualdade de gêneros nesse segmento educacional.