Submitted by Lidiane de Souza Torres null (lidiane.unesp@gmail.com) on 2016-03-03T14:04:59Z No. of bitstreams: 1 TESE versão final.pdf: 9316752 bytes, checksum: 2ac2d807b49941fa6d481e01a254a9aa (MD5) Approved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2016-03-04T18:37:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 torres_ls_dr_ibilce_par.pdf: 755005 bytes, checksum: 3d68cfa115442f222fee6461b7ab6da7 (MD5) Made available in DSpace on 2016-03-04T18:37:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 torres_ls_dr_ibilce_par.pdf: 755005 bytes, checksum: 3d68cfa115442f222fee6461b7ab6da7 (MD5) Previous issue date: 2016-02-26 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) A doença falciforme (DF) é uma anemia hemolítica hereditária causada pela presença da hemoglobina S (Hb S). No Brasil, as formas mais comuns são a homozigose (Hb SS) e a associação da Hb S com as hemoglobinas C (Hb SC), D-Punjab (Hb SD) e beta-talassemia (Hb Sβ-tal). A inflamação na DF é uma condição crônica, com constante liberação de citocinas pró-inflamatórias, e relacionada aos eventos de hipóxia e angiogênese, também característicos da doença. O comportamento desses eventos nos genótipos da DF podem explicar as variações frequentemente encontradas nas manifestações clínicas da doença nos indivíduos. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar os processos de inflamação, hipóxia e angiogênese nos genótipos Hb SS, Hb SD, Hb Sβ-tal e Hb SC da DF, comparando os resultados obtidos com um grupo controle sem hemoglobinopatias. Inicialmente, o perfil hemolítico dos indivíduos com DF foi avaliado, considerando-se a porcentagem de reticulócitos e os níveis de lactato desidrogenase (LDH), aspartato aminotransferase (AST) e bilirrubina indireta (BI). O perfil inflamatório foi avaliado pela quantificação dos níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-8 e TNF-α), proteínas anti-inflamatórias (TGF-β1 e ANXA1), fatores responsivos à hipóxia (HIF-1α e VEGF) e polimorfismos genéticos capazes de influenciar nas vias estudas. A porcentagem de reticulócitos e os níveis de LDH, AST e BI foram mais elevados no genótipo Hb SS, seguido pelo genótipo Hb SD, enquanto os grupos com Hb Sβ-tal e Hb SC apresentaram perfil hemolítico mais brando. Os níveis plasmáticos dos marcadores inflamatórios IL-1β, IL-8, TNF-α e TGF-β1 foram aumentados na DF em relação ao controle, especialmente no genótipo Hb SS, evidenciando a inflamação presente e mais grave no grupo com maior intensidade hemolítica. A ANXA1 esteve reduzida na DF, refletindo o desequilíbrio entre a propagação da resposta inflamatória e resolução da inflamação. No entanto, dentre os genótipos, a ANXA1 foi mais elevada no grupo com Hb SS, sugerindo sua externalização como um mecanismo compensatório na tentativa de resolução do quadro inflamatório nesse grupo de maior gravidade. O HIF-1α também apresentou níveis plasmáticos superiores no grupo com DF, porém, sem distinção entre os genótipos, enquanto o VEGF não teve seus níveis elevados na DF, mas foi influenciado por polimorfismos em seu gene. Com os resultados obtidos, foi possível concluir que a inflamação é uma condição presente em todos os genótipos da DF, com intensidade variável e dependente da gravidade da doença, sendo maior em indivíduos com Hb SS e Hb SD, e relacionada, também, aos processos de hipóxia e angiogênese. Sickle cell disease (SCD) is a hereditary hemolytic anemia caused by the presence of hemoglobin S (Hb S). In Brazil, the most common forms of SCD are the homozygous (Hb SS) and the association of Hb S with hemoglobins C (Hb SC), D-Punjab (Hb SD) and beta thalassemia (Hb Sβ-thal). Inflammation in SCD is a chronic condition, with the recurrent release of pro-inflammatory cytokines, and is related to hypoxic and angiogenenic events, which are characteristics of the disease. The behavior of these events in SCD genotypes could explain variations frequently found in the clinical manifestations of patients. Thus, the aim of the study was to verify the inflammation, hypoxia and angiogenesis processes in the Hb SS, Hb SD, Hb Sβ-thal and Hb SC genotypes of SCD, comparing the results to a control group without hemoglobinopathies. At first, the hemolytic profile of SCD individuals was evaluated considering the reticulocytes percentage and the lactate dehydrogenase (LDH), aspartate aminotransferase (AST), and indirect bilirubin (IB) levels. The inflammatory profile was analyzed by quantifying the plasma levels of pro-inflammatory cytokines (IL-1β, IL-8, and TNF-α), anti-inflammatory proteins (TGF-β1 and ANXA1), responsive factors to hypoxia (HIF-1α and VEGF), and genetic polymorphisms able to influence the studied pathways. The percentage of reticulocytes and the LDH, AST, and IB levels were higher in the Hb SS genotype, followed by Hb SD, while the Hb Sβ-thal and Hb SC genotypes presented milder hemolytic profile. The plasma levels of inflammatory markers IL-1β, IL-8, TNF-α, and TGF-β1 were higher in SCD than in the control group, especially in the Hb SS genotype, demonstrating the presence of more severe inflammation in the group with greater hemolytic intensity. The ANXA1 was reduced in SCD, reflecting the imbalance between inflammatory response propagation and inflammation resolution, however, among the genotypes, ANXA1 was increased in the Hb SS group, suggesting its externalization as a compensatory mechanism for the resolution of inflammation in this group with greater clinical and inflammatory severity. HIF-1α also presented higher plasma levels in the SCD group, however, without distinction between the genotypes, while the plasma levels of VEGF were not increased in SCD, they are influenced by polymorphisms in its gene. With the obtained results, we conclude that inflammation is a present condition in all SCD genotypes with variable intensity and dependent upon the disease severity, which is higher in the Hb SS and Hb SD forms, and also related to the hypoxic and angiogenic processes. FAPESP: 2012/19653-1