1. Efeitos da adição de óleo essencial de Origanum vulgare L. e de Rosmarinus officinalis L. combinados em queijo fresco durante armazenamento
- Author
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Silva, Helena Taina Diniz and Magnani, Marciane
- Subjects
Cultura probiótica ,Óleos essenciais ,Starter culture ,Essential oils ,Produtos lácteos ,Probiotic culture ,Synergism ,Cultura starter ,H7 [E. coli O157] ,CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO [CNPQ] ,Sinergismo ,Dairy products - Abstract
Lactic acid bacteria (LAB) are widely used as starter cultures in the preparation of fresh cheeses. These products have been described as good matrices for incorporation of probiotic bacteria, because they have pH close to neutral and high moisture content. These same characteristics can favor the contamination of fresh cheeses by pathogens able to survive under refrigeration, such as Escherichia coli O157:H7. The essential oil (EO) from Origanum vulgare L. (Oregano - OVEO) and Rosmarinus officinalis L. (rosemary - ROEO) may act in synergism against food related bacteria, however, information on its effects on starter cultures and probiotics, or against pathogens during the storage are scarce. The present study evaluated the effects of OVEO and ROEO in synergistic combination on the viable cell counts of the pathogen Escherichia coli O157:H7, the probiotic strain Lactobacillus acidophilus LA-5 and Lactococcus spp., and in fresh cheese over 21 days refrigerated storage (7 ± 0.5 °C). The prevalent OVEO and ROEO terpenes and the physicochemical and sensory aspects that characterize the cheese incorporated of these EOs in synergistic concentrations were also determined during storage. The incorporation of OVEO (0.03 or 0.07 μL/g) and ROEO (1.32 or 2.65 μL/g) in combination in cheeses (produced with the starter or probiotic culture) did not reduce the counts of Lactococcus spp. or L. acidophilus LA-5, while caused a reduction of approximately 3.0 log CFU/g in E. coli O157:H7 counts during the earlier 15 days storage. After this storage time, only a bacteriostatic effect was observed against the pathogen in the cheese. The incorporation of OVEO and ROEO in synergistic combination delayed the increase in counts of both starter and probiotic cultures in cheeses during storage but did not affect the ability of the probiotic strain to survive under simulated gastrointestinal conditions throughout the storage time. A total of 15 OVEO and/or ROEO terpenes were detected in cheeses immediately after production or after 24 h of storage and the amount of all terpenes detected decreased over the 21 days of storage. Eucalyptol, camphor and α-pinene were the terpenes detected in highest amounts in cheeses during the storage time studied. The incorporation of OVEO and ROEO in synergistic concentrations in the cheeses did not affect the yield, or the physical-chemical characteristics of the product. The cheese incorporated of OVEO and ROEO in combination produced with the starter culture was characterized by camphor and mint flavor and greater softness. The sensory scores attributed to aroma, taste, overall impression and purchase intention of probiotic cheese (produced with L. acidophilus LA-5) with OVEO and ROEO increased over the storage. The results show that the incorporation of OVEO and ROEO in synergistic concentrations does not compromise the viability of starter or probiotic culture but is effective to control of E. coli O157:H7 in cheese during refrigerated storage. Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq Bactérias ácido láticas (BAL) são amplamente utilizadas como culturas starter na elaboração de queijos frescos. Estes produtos têm sido descritos como boas matrizes para incorporação de bactérias probióticas, pois possuem pH próximo da neutralidade e elevado teor de umidade. Entretanto, estas características podem favorecer a contaminação de queijos frescos por patógenos capazes de sobreviver sob refrigeração, como Escherichia coli O157:H7. O óleo essencial (OE) de Origanum vulgare L. (orégano - OEOV) e de Rosmarinus officinalis L. (alecrim - OERO) podem atuar em sinergismo contra bactérias de origem alimentar, no entanto, são escassas as informações sobre seus efeitos frente culturas starter e probióticas, ou frente patógenos ao longo do armazenamento. O presente estudo avaliou os efeitos dos OEOV e OERO em combinação nas contagens de células viáveis do patógeno Escherichia coli O157:H7, da cepa probiótica Lactobacillus acidophilus LA-5 e de Lactococcus spp., e em queijo fresco ao longo de 21 dias de armazenamento refrigerado (7 ± 0,5 °C). Os terpenos prevalentes do OEOV e OERO, e os aspectos físico-químicos e sensoriais que caracterizaram o queijo incorporado destes OEs em concentrações sinérgicas também foram determinados durante o armazenamento. A incorporação de OEOV (0,03 ou 0,07 μL/g) e OERO (1,32 ou 2,65 μL/g) em combinação nos queijos (produzidos com a cultura starter ou probiótica) não reduziu as contagens de Lactococcus spp. ou L. acidophilus LA-5, enquanto causou redução de aproximadamente 3,0 log UFC/g nas contagens de E. coli O157:H7 durante os primeiros 15 dias armazenamento. Após esse tempo de armazenamento, apenas um efeito bacteriostático foi observado frente o patógeno nos queijos. A incorporação do OEOV e do OERO em combinação retardou o aumento das contagens da cultura probiótica e de Lactococcus spp. nos queijos durante os 15 dias iniciais do armazenamento, porém não afetou a capacidade da cepa probiótica de sobreviver em condições gastrointestinais simuladas ao longo do armazenamento. Um total de 15 terpenos distintos do OEOV e/ou OERO foram detectados nos queijos imediatamente após a produção, ou após 24 h de armazenamento e a quantidade de todos os terpenos detectados diminuiu durante os 21 dias de armazenamento. Eucaliptol, cânfora e α-pineno foram os terpenos detectados em maior quantidade nos queijos durante todo o tempo de armazenamento estudado. A incorporação de OEOV e OERO em concentrações sinérgicas nos queijos não afetou o rendimento, ou as características físicoquímicas do produto. O queijo incorporado de OEOV e OERO em combinação produzido com a co-cultura Lactococcus lactis subsp. lactis e L. lactis subsp. cremoris foi caracterizado pelo sabor de cânfora e menta e maior maciez. Os escores sensoriais atribuídos ao aroma, sabor, impressão global e à intenção de compra do queijo probiótico (produzido com L. acidophilus LA-5) com OEOV e OERO aumentaram ao longo do armazenamento. Os resultados mostram que a incorporação do OEOV e OERO em concentrações sinérgicas não compromete a viabilidade da cultura starter ou probiótica, porém é eficaz no controle de E. coli O157:H7 em queijo durante o armazenamento refrigerado.
- Published
- 2019