Introduction: Primary dysmenorrhea (PD) is defined as colic in the lower abdomen with no pelvic disease. Despite its high incidence, PD is poorly studied, so that its etiology, risk factors and effective forms of treatment are still not well known. Therefore, the objectives of the current study were 1) to present the main pain characteristics, psycho-emotional elements, menstrual and social profile of patients with PD, verifying possible relationships between these data; 2) study the benefits of short- and long-term treatment with TENS; 3) analyze the effects of the association between TENS and physical exercise. Methods: This is a research with three experimental phases, the first is a cross-sectional observational study and the second a placebo-controlled randomized clinical trial. 37 women were included. Outcomes analyzed in all phases were: pain intensity at rest, during abdominal contraction and during mechanical pressure on the abdomen and physical fatigue (11-point numerical scale), pressure pain threshold (algometry), central sensitization (temporal summation) , conditioned pain modulation (conditioned pain modulation), pain catastrophizing (pain catastrophizing questionnaire), pain characterization (McGill pain questionnaire), motor performance (6-minute walk test), motivation, international questionnaire of physical activity (level of physical activity), which (motivation inventory for regular physical activity), quality of life (quality of life issues). Demographic, anthropometric and menstruation characterization data were also collected. In the second experimental phase, the intervention consisted of three months of application only of TENS (active or placebo), for three menstrual cycles, in the first two days of menstruation, while in the third phase, three months of physical exercises were applied. Core Training type and High Intensity Interval Training, twice a week. Results: In the first phase of the study, the analysis of sample characteristics showed a relationship between quality of life and age (r=0.537; p=0.035; β=1.610); quality of life and catastrophizing (r=0.532; p=0.001; β=1.737); functional mobility and age (r=0.375; p=0.027; β=-4.947); mobility and pain intensity in movement (r=0.334; p=0.050; β=-8.030); bleeding flow and age at menarche (OR=70.25; β=20.370; 95% CI 14.08-35.03); duration of menstruation and bleeding flow (OR=1.25; β=-20.493; CI=95% 2.17-7.27). In the second phase, we observed that, compared to the placebo group, active TENS reduced pain intensity at rest on days 3 (p=0.036; d=0.34; CI=95% -0.31-1.00), 4 (p=0.014; d=0.40; 95% CI -0.25-1.06) and 5 (p=0.044; d=0.33; 95% CI -0.32-0.98) of treatment; reduction in the intensity of pain in movement on days 3 (p=0.04; d=0.34; CI=95% -0.31-0.99), 4 (p=0.02; d=0.36 , CI=95% -0.29-1.01) and 5 (p=0.03; d=0.36; CI=95% -0.29-1.01); reduction in pain intensity during mechanical pressure on day 6 (p=0.019; d= 0.39; CI=95% -0.27-1.04); increased quality of life (p=0.001; d=0.55; CI=95% -0.11-1.21) and decreased fatigue (p=0.017; d=0.83; CI=95% 0. 16-1.50). In the third experimental phase, there was no difference between groups in any of the variables. Conclusion: TENS reduced pain intensity at rest, movement and during pressure on the abdomen, in addition to improving fatigue, quality of life and pain characterization. When previously applied, active TENS was not effective in enhancing the effect of physical exercise, denoting that the phenomenon of central desensitization did not occur. Introdução: Dismenorreia primária (DP) é definida como cólica na região inferior do abdome com ausência de doenças pélvicas. Apesar da alta incidência, a DP é pouco estudada, de forma que etiologia, fatores de risco e formas de tratamento eficazes ainda não são bem conhecidos. Diante disso, os objetivos do atual estudo foram 1) apresentar as principais características da dor, elementos psicoemocionais, perfil menstrual e social das pacientes com DP, verificando possíveis relações entre esses dados; 2) estudar os benefícios do tratamento em curto e longo prazo com TENS; 3) analisar os efeitos da associação entre TENS e exercício físico. Métodos: Trata-se de uma pesquisa com três fases experimentais, o primeiro trata-se de um estudo observacional transversal e o segundo um ensaio clínico randomizado controlado por placebo. Foram incluídas 37 mulheres. Os desfechos analisados em todas as fases foram: intensidade de dor em repouso, durante contração do abdome e durante pressão mecânica no abdome e fadiga física (escala numérica de 11 pontos), limiar de dor por pressão (algometria), sensibilização central (somação temporal), modulação condicionada da dor (modulação condicionada da dor), catastrofização da dor (questionário de catastrofização da dor), caracterização da dor (questionário de dor de McGill), desempenho motor (teste de caminhada de 6 minutos), motivação, questionário internacional de atividade física (nível de atividade física), que (inventário de motivação à prática regular de atividade física), qualidade de vida (questões sobre qualidade de vida). Foram, ainda, coletados dados demográficos e antopométricos e de caracterização da menstruação. Na segunda fase experimental, a intervenção foi composta por três meses de aplicação apenas da TENS (ativa ou placebo), por três ciclos menstruais, nos dois primeiros dias de menstruação, enquanto que, na terceira fase, foram aplicados três meses de exercícios físicos do tipo Core Training e Treino Intervalado de Alta Intensidade, duas vezes por semana. Resultados: Na primeira fase do estudo, a análise das características da amostra mostrou correlação entre qualidade de vida e idade (r=0,537; p=0,035; β=1,610), qualidade de vida e catastrofização (r=0,532; p=0,001; β=1,737), mobilidade funcional e idade (r=0,375; p=0,027; β=-4,947), mobilidade e intensidade de dor em movimento (r=0,334; p=0,050; β=-8,030) e associação entrefluxo de sangramento e idade da menarca (OR=70,25; β=20,370; IC= 95% 14,08-35,03), duração da menstruação e fluxo de sangramento (OR=1,25; β=-20,493; IC=95% 2,17-7,27). Na segunda fase, observamos que, comparada ao grupo placebo, TENS ativa reduziu a intensidade de dor em repouso nos dias 3 (p=0,036; d=0,34; IC=95% -0,31-1,00), 4 (p=0,014; d=0,40; IC 95% -0,25-1,06) e 5 (p=0,044; d=0,33; IC=95% -0,32-0,98) de tratamento; redução da intensidade de dor em movimento nos dias 3 (p=0,04; d=0,34; IC=95% -0,31-0,99), 4 (p=0,02; d=0,36, IC=95% -0,29-1,01) e 5 (p=0,03; d=0,36; IC=95% -0,29-1,01); redução da intensidade de dor durante pressão mecânica no dia 6 (p=0,019; d= 0,39; IC=95% -0,27-1,04); aumento da qualidade de vida (p=0,001; d=0,55; IC=95% -0,11-1,21) e diminuição da fadiga (p=0,017; d=0,83; IC=95% 0,16-1,50). Na terceira fase experimental, não houve diferença entre os grupos em nenhuma das variáveis. Conclusão: No que se refere aos aspectos menstruais, foi observado que idade da menarca pode induzir o surgimento da DP; características da menstruação, aspectos dolorosos e psicoemocionais devem estar relacionados entre si; dor e sintomas menstruais não influenciam um ao outro. TENS reduziu intensidade de dor em repouso, movimento e durante pressão no abdome, além de melhorar fadiga, qualidade de vida e caracterização da dor. Quando aplicada previamente e apenas nos 2 primeiros dias de menstruação, TENS ativa não foi eficaz na potencialização do efeito do exercício físico, denotando que não aconteceu o fenômeno de dessensibilização central. Aracaju