OBJETIVO: Determinar a prevalência, fatores predisponentes e o desfecho clínico dos pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio que apresentaram insuficiência renal aguda (IRA). MÉTODOS: Estudo do tipo coorte prospectivo, a partir dos prontuários de 186 indivíduos submetidos a cirurgia, no período de janeiro de 2003 a junho de 2006. As informações foram inseridas em um banco de dados e analisadas pelo software STATA 9.0. RESULTADOS: Aprevalência de IRA foi 30,6% (57/186), sendo que 7% (4/57) necessitaram de diálise. A idade média dos pacientes que evoluíram com IRA e sem IRA foi 62,8 ± 9,4 anos e de 61,3 ± 8,8 anos, respectivamente (P=NS). Na análise univariada, estiveram relacionados com IRA: tempo de CEC > 115 min (P=0,011) e tempo de pinçamento da aorta > 85 min (P=0,044). No pós-operatório, a necessidade de balão intra-aórtico (P=0,049), tempo de ventilação mecânica > 24h (P=0,006), permanência da UTI > três dias (P três dias apresentou correlação com IRA (P = 0,018). A taxa de mortalidade nos pacientes com e sem IRA foi 8,8% (cinco casos) e 0,8% (um caso), respectivamente (P=0,016), atingindo 50% (2/4) entre os que necessitaram de diálise. CONCLUSÃO: A IRA foi uma complicação pós-operatória frequente e grave associada à maior mortalidade e permanência na UTI, cujos fatores de risco observados foram: tempo prolongado de CEC e anoxia, ventilação mecânica > 24h e instabilidade hemodinâmica OBJECTIVE: To determine the prevalence, risk factors, and the clinical outcome of patients undergone coronary artery bypass grafting who progressed with Acute Renal Failure (ARF). METHODS: A retrospective cohort prospective study was performed from data of 186 patients undergone surgery from January 2003 through June 2006. The stored data were analyzed using the software STATA 9.0. RESULTS: The prevalence of ARF was of 30.6% (57/186). In 7.0% (4/57) dialysis therapy was needed. The mean age of patients with and without ARF progression was 62.8 (±9.4) years and 61.3 (±8.8) years respectively (P=NS). CPB time >115 min (p= 0.011) and cross-clamp time >85 min (p=0.044) were related to ARF by the univariate analysis. The need for intra-aortic balloon (P= 0.049), mechanical ventilation >24h (P = 0.006), Intensive Care Unit (ICU) stay > three days (P< 0.0001), bradycardia (P= 0.002), hypotension (P= 0.045), arrhythmia (P=0.005) and inotropic infusion (P= 0.0001) were higher in the ARF group. Only the ICU stay longer > 3 days showed statistical correlation with ARF by the multivariate analysis (P=0.018). The mortality rate with and without ARF was 8.8% (five cases) and 0.8% (one case) respectively (P=0.016), but it reached 50% (2/4) in dialytic patients. CONCLUSION: ARF was a frequent and severe postoperative complication associated with higher mortality and longer ICU stay, which presented as risk factors: longer CPB and cross-clamp times, mechanical ventilation > 24h and hemodynamic instability