OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar a resposta dilatadora dependente e independente do endotélio em pacientes portadores de esclerose sistêmica limitada (ESL) com aquela de indivíduos sadios de mesmo gênero, idade e cor. MÉTODOS: Vinte mulheres adultas, não obesas, não tabagistas, não diabéticas, não dislipidêmicas, não hipertensas, que preencheram os critérios para esclerose sistêmica (ES) segundo o American College of Rheumatology, foram submetidas ao exame de Doppler de artéria braquial do membro superior direito. Foi analisada a resposta dilatadora, dependente do endotélio, após isquemia induzida com esfigmomanômetro por cinco minutos no braço direito, e a resposta dilatadora, independente do endotélio, após administração de 300 mcg de nitroglicerina (NTG) sublingual. Esses resultados foram comparados com a resposta obtida em indivíduos sadios. RESULTADOS: O diâmetro longitudinal da artéria braquial (DAB) foi significativamente menor na fase basal 1 nos pacientes com ESL (3,57 ± 0,52 mm e 3,93 ± 0,39 mm, respectivamente no grupo paciente (P) e grupo-controle (C), P = 0,005). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre a velocidade das hemácias (VH) após isquemia/hiperemia reativa (HR) e após NTG (110,2 ± 43,86 cm/s vs. 102,0 ± 25,89 cm/s e 63,80 ± 17,69 cm/s vs. 65,4 ± 12,90 cm/s nos grupos P e C, após HR e NTG, respectivamente). Também não foi encontrada diferença significativa entre o DAB após HR e após NTG (3,77 ± 0,59 mm vs. 4,14 ± 0,49 mm e 4,44 ± 0,64 mm vs. 4,70 ± 0,58 mm nos grupos P e C, após HR e NTG, respectivamente). CONCLUSÃO: Embora o grupo de pacientes com ESL tenha apresentado menor DAB basal, a resposta dilatadora dependente e independente do endotélio se manteve preservada em ambos os grupos.OBJECTIVES: The aim of this study was to compare the brachial artery endothelium-dependent and endothelium-independent dilating responses in patients with limited systemic sclerosis (LSSc) with those of healthy subjects of the same gender, age and color. METHODS: Twenty adult, non-obese, non-smoker, non-diabetic, non-dyslipidemic, and non-hypertensive women, who fulfilled the American College of Rheumatology criteria for the diagnosis of SSc, were submitted to right brachial artery Doppler ultrasound. The vasodilating responses were analyzed as follows: the endothelium-dependent dilating response, after a 5-minute ischemia in the right arm; and the endothelium-independent dilating response, after administering 300 mcg of nitroglycerin (NTG) sublingually. The results were compared with the response obtained in healthy subjects. RESULTS: Brachial artery longitudinal diameter was significantly low at baseline 1: 3.57 ± 0.52 mm and 3.93 ± 0.39 mm for the LSSc group and the control group, respectively, P = 0.005. The vascular reactivity after the ischemia/reactive hyperemia and the NTG showed no significant difference between the groups (8.60 ± 5.45 mm vs. 9.26 ± 5.91 mm and 25.01 ± 12.55 mm vs. 19.59 ± 7.94 mm for the LSSc and control groups, respectively). Also, no statistically significant difference was found between red blood cell velocity (RBCV) after reactive hyperemia and NTG (110.2 ± 43.86 cm/s vs. 102.0 ± 25.89 cm/s and 63.80 ± 17.69 cm/s vs. 65.4 ± 12.90 cm/s in the LSSc and control groups, respectively). CONCLUSION: Although the LSSc group showed lower brachial artery diameter, the endotheliumdependent and the endothelium-independent dilating responses were preserved in both groups.