Search

O uso do fio dental é o meio mais difundido para a manutenção da saúde na região interproximal dos dentes onde mais se acumula biofilme. Em 2015, a US Dietary Guideline removeu do seu guia que é lançado a cada quinquênio o fio dental, o que levou a chamada polêmica do fio dental, na qual diversas revistas interpretaram como sendo demonstrativa da não necessidade do uso do fio dental na manutenção da saúde bucal. Os estudos que sustentam suportam estas conclusões apenas avaliam questionando ao indivíduo o uso ou não do fio dental levando, então, a resultados em revisões sistemáticas concluírem que o fio dental é ineficaz no controle das doenças bucais. No entanto, estes resultados mostram apenas haver dificuldades e não necessariamente que ele não é eficaz. Esta tese é composta por cinco artigos que sustentam os benefícios de dispositivos e métodos não interproximais com alguma possibilidade clinicamente relevante de remover biofilme interproximal. O primeiro artigo serve de sustentação da tese na qual a literatura foi buscada para se verificar as dificuldades no uso do fio dental e as possíveis formas de se compensar. Na sequência, dois artigos abordam o papel de escovas de dentes sobre a área interproximal (uma revisão sistemática da literatura e um ensaio clínico randomizado). Continuando, dois artigos abordam o uso de enxaguatório a base de cloreto de cetilpiridínio como possível compensador de efeito nas áreas interproximais. Os resultados apresentados na tese levam à conclusão de que são observados padrões adequados de higiene bucal na região interproximal em não usuários de dispositivos interproximais tanto quando se usam escovas de ponta cônica quanto com um enxaguatório a base de cloreto de cetilpiridinio. Estes resultados provêm possíveis alternativas para compensar as dificuldades com o uso do fio dental nas superfícies interproximais. Flossing is the most widespread mean of maintaining health in the interproximal region of where biofilm accumulates the most. In 2015, the US Dietary Guideline removed dental floss from its guide, which is released every five years, which led to the so-called dental floss controversial, in which several magazines interpreted it as a demonstration of no necessity to use dental floss to maintain oral health. The studies that support these conclusions only evaluate by asking the individual whether or not to use dental floss, thus leading to results in systematic reviews concluding that dental floss is ineffective in the control of oral diseases. However, these results only show difficulties and not necessarily that it is not effective. This thesis consists of five articles that support the benefits of non-interproximal devices and methods with some clinically relevant possibility of removing interproximal biofilm. The first article supports the thesis in which the literature was sought to verify the difficulties in using dental floss and the possible ways to compensate. Following, two articles address the role of toothbrushes in the interproximal area (a systematic review of the literature and a randomized clinical trial). Continuing, two other articles address the use of a mouthwash based on cetylpyridinium chloride as a possible effect compensator in interproximal areas. The results presented in the thesis lead to the conclusion that good oral hygiene parameters are observed in the interproximal region in non-users of interproximal devices, both when using tapered-tip brushes and with a rinse based on cetylpyridinium chloride. These results provide possible alternatives to compensate for difficulties with flossing on interproximal surfaces.

The aim of this study was to evaluate flossing as a diagnostic method for interproximal gingival bleeding in children. For this crossover study, 23 pre-schoolchildren presenting neither restorations nor approximal carious cavities and with at least 15% of gingival bleeding sites were selected. Examinations were performed at three different moments (3-4 days interval). Examinations comprised repeated measurements of two gingival indices with a 10-minute interval in the following sequences: the Ainamo & Bay Gingival Bleeding Index (GBI) followed by the Carter & Barnes flossing index (CBI); CBI followed by GBI; and GBI followed by GBI. Data analysis was performed only for the interproximal sites, considering the GBI as the gold-standard. Agreement between indices, sensitivity (SE), specificity (SP), positive (PPV) and negative predictive values (NPV) were estimated. Percentage agreements in sequences GBI-CBI, CBI-GBI and GBI-GBI were 70.3%, 76.4% and 84.5%, respectively. Validation of flossing in the first sequence (GBI-CBI) resulted in values of 0.61 (95%CI 0.53 - 0.68), 0.72 (95%CI 0.69 - 0.76), 0.33 (95%CI 0.28 - 0.39) and 0.89 (95%CI 0.86 - 0.92) respectively for SE, SP, PPV and NPV. It can be concluded that professional flossing is a useful tool in the diagnosis of interproximal gingival inflammatory status in children, especially in conditions of gingival health.