Campos, Mariana de Almeida, Gleizer, Marcos André, Guenancia, Pierre, Foessel, Michaël, Levy, Lia, and Landim Filho, Raul Ferreira
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-06T19:51:35Z No. of bitstreams: 1 Tese Mariana Campos.pdf: 968138 bytes, checksum: 58e51779a2b964712383a6a3e00406b1 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-06T19:51:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Mariana Campos.pdf: 968138 bytes, checksum: 58e51779a2b964712383a6a3e00406b1 (MD5) Previous issue date: 2013-12-16 En prenant pour toile de fond l'analyse de la métaphysique du dualisme cartésien de substances, la présente thèse a pour objectif de discuter la question de savoir quel serait le sujet des prédicats qui dénotent des sentiments dans les textes de Descartes. L'hypothèse proposée est que seules substances peuvent être considérées comme des «sujets ultimes d'inhérence» de ces prédicats. Pourtant, il sera argumenté que les hommes et les animaux, qui ne sont pas des substances, peuvent être considérés comme les «sujets d'attribution» de ces prédicats, puisqu'ils possèdent un type spécial d'unité, à savoir, une «unité de composition», qui assure une telle attribution. Ainsi, la thèse sera développée selon trois axes principaux. En partant d'un examen de la théorie cartésienne de la substance et de ses définitions, nous analyserons le concept de substance étendue, en prenant compte du débat entre les interprétations moniste et pluraliste de ce concept. Dans ce contexte, nous examinerons la spécificité du corps humain par rapport aux autres corps de la nature, en considérant certains aspects de la théorie cartésienne des animaux-machines. Ensuite, nous discuterons la question de l'unité de l'homme, ainsi que d'autres types d'unité reconnus par Descartes. Finalement, nous analyserons la théorie cartésienne de la causalité dans le but de déterminer quelles théories parmi celles de la causalité, interactionniste ou occasionaliste, pourraient servir, dans la vision de Descartes, de modèles explicatifs des sentiments humains et des sentiments animaux. L'hypothèse défendue dans cette thèse est en consonance avec la vision selon laquelle la théorie cartésienne des trois notions primitives particulières, à savoir, pensée, étendue et union, est totalement compatible avec le dualisme métaphysique de substances que Descartes propose et, par conséquent, n'implique pas un affaiblissement de ce dernier. Tendo como pano de fundo a análise da metafísica do dualismo cartesiano de substâncias, a presente tese tem como objetivo examinar a questão sobre qual seria o sujeito dos predicados que denotam sentimentos nos textos de Descartes. A hipótese proposta é a de que apenas substâncias podem ser consideradas «sujeitos últimos de inerência» desses predicados. Apesar disso, será argumentado que os homens e animais, embora não sejam substâncias, podem ser considerados «sujeitos de atribuição» desses predicados, visto que eles possuem uma unidade especial, a saber, uma «unidade de composição», que assegura tal atribuição. Para tanto, a tese será desenvolvida em três eixos principais. Partindo do exame da teoria cartesiana da substância e de suas definições, analisarei o conceito de substância extensa, levando em conta o debate existente entre as interpretações monistas e pluralistas deste conceito. Neste contexto, discutirei a especificidade do corpo humano em relação aos demais corpos da natureza, considerando alguns aspectos da teoria cartesiana dos animais-máquinas. Em seguida, tratarei da questão da unidade do homem, bem como de outros tipos de unidade reconhecidos por Descartes. Por fim, examinarei a teoria cartesiana da causalidade com o propósito de determinar quais teorias da causalidade, interacionista ou ocasionalista, na visão de Descartes, poderiam servir como modelos explicativos dos sentimentos humanos e dos sentimentos animais. A hipótese a ser defendida nesta tese está em consonância com a visão de que a teoria cartesiana das três noções primitivas particulares, a saber, pensamento, extensão e união, é plenamente compatível com o dualismo metafísico de substâncias que Descartes propõe e, portanto, não implica um enfraquecimento deste último.