Este trabalho analisa os determinantes da mobilidade social de homens e mulheres no Brasil em 1982 e 1996, com base em regressões de realização de status e em modelos logísticos multinomiais condicionais. Em particular, investigamos os efeitos da origem social, da raça e da educação na desigualdade de oportunidades. A principal conclusão é de que a educação é a variável mais importante, mas cujos retornos vêm declinando rapidamente, o que explica quase todo o aumento da fluidez social no período. Raça e origem social são elementos que potencialmente determinam o sucesso educacional dos indivíduos, mas que desempenham diretamente um papel apenas secundário no mercado de trabalho. Não foram detectadas interações relevantes, o que implica que os retornos para educação são semelhantes por cor ou raça. O padrão de mobilidade social das mulheres é basicamente o mesmo dos homens. This paper analyzes the determinants of social mobility for men and women in Brazil in 1982 and 1996, based on status attainment regressions and multinomial conditional logistic models. We are especially interested in the way social origins, race, and education shape inequalities of opportunities. The main result is that education is the one truly important variable, although its returns are rapidly diminishing, which accounts for almost all of the increase in social fluidity during this period. Race and social origins may play a large role in determining educational attainment, but, once in the labor market, they are of less importance. No relevant interactions were detected, which entails that returns to education do not vary by race. The patterns of social mobility are very similar for both men and women. Ce travail analyse les facteurs déterminants de la mobilité sociale entre hommes et femmes au Brésil entre 1982 et 1996, en se fondant sur des régressions de réalisations de statu et sur des modèles logistiques multinomiaux conditionnels. Nous avons recherché, en particulier, les effets de l'origine sociale, de la race et de l'éducation dans l'inégalité d'opportunités. La principale conclusion est que l'éducation est la variable la plus importante, mais dont les répercussions sont en déclin, ce qui explique pratiquement toute l'augmentation de fluidité sociale au cours de la période. Race et origine sociale sont des éléments qui, potentiellement, déterminent le succès éducationnel des individus, mais qui exercent directement un rôle uniquement secondaire sur le marché de travail. Nous n'avons pas détecté d'interaction importante, ce qui signifie que les répercussions par rapport à l'éducation sont semblables par couleur ou par race. Le modèle de mobilité sociale des femmes est fondamentalement le même que celui des hommes.