O artigo trata do tema das habitações coletivas contemporâneas. Parte do entendimento do conceito de pós-modernidade, suas diferenças e semelhanças com certos impulsos iniciais do movimento moderno. Nesse sentido, procura-se uma diferenciação entre a superficialidade de suas posições estilísticas para o entendimento de suas razões fundamentais, a saber, ligadas à própria formação da sociedade atual ou pós-industrial (ou ainda pós-moderna). Para tanto, recorremos a autores como David Harvey, Frederic Jamenson, Mike Featherstone, Andreas Huyssen, Lyotard, entre outros, os quais, historicamente, organizaram os princípios desse que foi o grande dilema do final do século 20: a passagem do moderno ao pós-moderno (como sistema de produção, cultura, informação, etc.). Passagem cuja figuração não é tão simples como comumente anunciada e, ao mesmo tempo, pode conter a chave de nossos dilemas contemporâneos. Se fomos modernos sem atender ao ciclo completo da modernidade, poderemos ser pós-modernos? As habitações coletivas e populares, por sua contundente urgência local, aceleram, dentre outros, esse paradoxo. Sem um real enfrentamento ao tema, o debate corre o risco de não sair da superfície. El artículo trata del tema de las habitaciones colectivas contemporáneas. Se parte de la comprensión del concepto de postmodernidad, sus diferencias y semejanzas con determinados impulsos iniciales del movimiento moderno. En ese sentido, se busca una diferenciación entre la superficialidad de sus posiciones estilísticas, para el entendimiento de sus razones fundamentales, es decir, conectadas a la formación misma de la sociedad actual o postindustrial (o aún postmoderna). Para eso, se han utilizado autores como David Harvey, Frederic Jamenson, Mike Featherstone, Andreas Huyssen, Lyotard, entre otros, que históricamente organizaron los principios de aquel que fue el gran dilema del final del siglo 20: la transición del moderno al postmoderno (como sistema de produción, cultura, información etc.). Transición cuya figuración no es tan simples como se costuma afirmar y, a la vez, puede contener la clave de nuestros dilemas actuales. Si fuimos modernos sin atender al ciclo completo de la modernidad, podremos ser postmodernos? Las habitaciones colectivas y populares, por su contundente urgencia local, aceleran esa paradoja, además de otras. Sin un real enfrentamiento del tema, hay el riesgo de que el debate no pase de la superficie. This paper discusses contemporary collective housing based on an understanding of the postmodern concept, and its differences and similarities to some early expressions of the modern movement. To this effect, this paper establishes the differences between the superficiality of modernism's stylistic positions to understand its fundamental reasons, which are associated with today's society or the post-industrial (postmodern) society. Studies include works by David Harvey, Frederic Jamenson, Mike Featherstone, Andreas Huyssen, and Lyotard, who historically organized the principles of the late 20th century's great dilemma: the transition from the modern to the postmodern (as a system of production, culture, information, etc.). This transition is not as simple as is usually claimed, and it can hold the key to our contemporary dilemmas. If we were modern and did not close the full cycle of modernity, how could we be postmodern? Collective and social housing exacerbate this paradox. If we do not effectively address this issue, this debate will remain shallow.