1. Meningite em pessoas vivendo com HIV: Aspectos clínico-epidemiológicos de casos em um hospital de referência no Estado do Pará, Brasil / Meningitis in people living with HIV: Clinical-epidemiological aspects of cases in a reference hospital in the state of Pará, Brazil
- Author
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Rogério Valois Laurentino, Rosimar Neris Martins Feitosa, Milene Regina Ataíde Guerreiro, Jacqueline Cortinhas Monteiro, Antonio Carlos Rosário Vallinoto, Andréa Nazaré Monteiro Rangel da Silva, Andrelina Ramos de Jesus Maciel, and Sávilla Patrícia Sá De Lima
- Subjects
Pediatrics ,medicine.medical_specialty ,business.industry ,Human immunodeficiency virus (HIV) ,HIV ,General Medicine ,medicine.disease ,medicine.disease_cause ,Coinfecção ,Epidemiology ,medicine ,PVHIV ,business ,Meningitis ,Meningite ,Meningite, PVHIV, HIV, Coinfecção - Abstract
A inflamação das meninges pode ser causada por diversos agentes infecciosos e sua prevalência está associada a fatores como o estado imunitário do indivíduo. Pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHIV) apresentam maior risco de adoecimento, podendo evoluir com complicações severas devido a gravidade desta doença. Este foi um estudo retrospectivo, descritivo e observacional em PVHIV adultos com notificação compulsória de meningite, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Dos 130 casos analisados, 65,3% eram do sexo masculino, 96,5% eram pardos e 79,2% dos casos residiam na região metropolitana de Belém. A idade da população variou de 19 a 61 anos com média de 33,9 anos sendo 55,4% analfabetos ou tinham apenas o ensino fundamental, 13,1% apresentavam carga viral com o valor de 105 a 106 cópias/mL e 46,2% apresentaram LTCD4+ menor que 250 células/mm³. Quanto ao tipo de meningite, 42,3% dos casos eram de meningite tuberculosa (TBM), 40,8% meningite criptocócica (MC) e 16,9% era meningite por outras causas. Os sinais e sintomas mais frequentes na população estudada foram cefaleia (93,1%), febre (86,0%) e vômito (61,5%). A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) foi responsável por 26,1% das causas de óbito, seguida de meningite com 22,8% de casos. Os pacientes com MC acumularam o maior número de óbitos (46,0%). A contagem de LTCD4 e LTCD8 foi significativamente mais alta em pacientes com TBM quando comparada a pacientes com MC. A maioria dos casos de óbito apresentava contagem de linfócitos TCD4+ abaixo de 200 células/mm³ e contagem de LTCD8+ abaixo de 1.000 células/mm³. A população analisada em nosso estudo apresentou um padrão clínico e epidemiológico com predomínio de homens, com idade média de 34 anos, pardos, com baixo nível de escolaridade, pertencentes à região metropolitana de Belém e com alto grau de comprometimento imunológico. Demonstrando também que embora a maioria dos casos fosse de meningite tuberculosa o maior índice de óbitos foi associado aos casos de meningite criptocócica.
- Published
- 2021