Submitted by Alex Júnior Dos Santos Nardelli (alex.nardelli@unesp.br) on 2021-06-24T15:31:56Z No. of bitstreams: 1 Estudo socioestilístico da alternância pronominal entre nós e a gente no português falado no interior paulista.pdf: 1747092 bytes, checksum: 9c1754787940a0728cc42682b5150e17 (MD5) Approved for entry into archive by Elza Mitiko Sato null (elzasato@ibilce.unesp.br) on 2021-06-25T00:16:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 nardelli_ajs_me_sjrp.pdf: 1686662 bytes, checksum: 7a51853a463e5af67321c2c7bb8114ec (MD5) Made available in DSpace on 2021-06-25T00:16:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 nardelli_ajs_me_sjrp.pdf: 1686662 bytes, checksum: 7a51853a463e5af67321c2c7bb8114ec (MD5) Previous issue date: 2021-05-28 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Com base nas fundamentações da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968), nos estudos sobre variação estilística/discursiva (HORA, 2014; GÖRSKI et. al., 2014; FREITAG, 2009) e estilo (LABOV, 1972; ECKERT, 1989; 2012; 2005), este trabalho apresenta resultados da análise da alternância pronominal (AP) de 1ª pessoa do plural (1PP) no português falado no interior paulista, considerando-se os dois tipos de amostra que compõem o banco de dados Iboruna do Projeto ALIP – Amostra Linguística do Interior Paulista: Amostra Censo (AC), gravada com o consentimento prévio dos informantes e, portanto, com maior grau de monitoramento da fala, e Amostra de Interação (AI), gravada secretamente, com consentimento posterior dos informantes e, portanto, com menor grau de monitoramento da fala. A análise do fenômeno variável feita com base na avaliação dos desempenhos individuais dos informantes de AC e AI busca averiguar quanto o grau de monitoramento da fala que emerge das diferenças estilísticas das amostras de fala coletadas e dos diferentes perfis sociais dos informantes influenciam na aplicação da regra variável. Procedemos à análise da AP entre nós e a gente, partindo do pareamento dos mesmos perfis sociais dos informantes de AI e de AC, de modo a verificar o quanto, de fato, o monitoramento da fala interfere no desempenho/estilo linguístico individual dos informantes. A hipótese, não comprovada, parte do princípio de que em estilos de fala menos monitorados, como é o caso de AI, certos perfis sociais manifestariam mais emprego da variante inovadora a gente quando comparados aos mesmos perfis sociais de AC, que preservariam mais o uso da variante conservadora nós. Partindo da concepção de que os resultados da análise de um fenômeno variável para uma comunidade de fala generalizam e minimizam o desempenho individual dos informantes, o presente estudo aponta resultados sociolinguísticos diferentes dos encontrados para a análise da comunidade de fala, uma vez que, na análise dos diferentes estilos individuais dos perfis sociais de AI, o emprego da variante nós predomina sobre o de a gente, com acentuada diferença em relação aos mesmos perfis sociais de AC. Esse resultado geral inova diante da consideração de variáveis discursivas/estilísticas na análise da AP de 1PP e permite concluir que (i) a variante inovadora a gente está completamente encaixada no sistema linguístico e social da variedade falada no interior paulista, tendo em vista que resultados para as variáveis formais não diferem daqueles alcançados para o estudo de comunidade de fala (RUBIO, 2012); (ii) a variante inovadora frente à conservadora não pode ser considerada um indexador social; (iii) não é mais possível sustentar que haja diferença de status entre as variantes nós e a gente e (iv) para uma abordagem socioestilítica do fenômeno, variáveis discursivas são mais relevantes do que variáveis estruturais. Based on the foundations of Variationist Sociolinguistics (LABOV, 1972; WEINREICH;en LABOV; HERZOG, 1968), on the studies on stylistic/discursive variation (HORA, 2014; GÖRSKI et. al., 2014; FREITAG, 2009) and style (LABOV, 1972; ECKERT, 1989; 2012; 2005), this work presents the results of the analysis of the first-person plural (1PP) pronominal alternation (AP) in Portuguese spoken in São Paulo, considering the two types of sample that make up the Iboruna database of the ALIP Project - Linguistic Sample of São Paulo State: Census Sample (AC), recorded with the prior consent of the informants and, therefore, with a higher degree of speech monitoring, and Interaction Sample (AI), secretly recorded, with the subsequent consent of the informants and, therefore, with a lower degree of speech monitoring. The analysis of the variable phenomenon made based on the evaluation of the individual performances of AC and AI informants seeks to ascertain how much the degree of speech monitoring that emerges from the stylistic differences of the collected speech samples and the different social profiles of informants influence the application of the variable rule. We analyzed the AP between “nós” and “a gente”, starting from the pairing of the same social profiles of AI and AC informants, in order to verify how much, in fact, speech monitoring interferes with the performance/linguistic style of individual informants. The unproven hypothesis assumes that in less monitored speech styles, such as AI, certain social profiles would show more use of the innovative variant to “a gente” when compared to the same social profiles of AC, that would further preserve the use of the conservative variant to “nós”. Based on the concept that the results of the analysis of a variable phenomenon for a speech community generalize and minimize the individual performance of informants, the present study points out sociolinguistic results different from those found for the analysis of the speech community, since, in the analysis of the different individual styles of the social profiles of AI, the use of the variant “nós” predominate over that of “a gente”, with marked difference in relation to the same social profiles of AC. This general result innovates due to the consideration of discursive/stylistic variables in the analysis of the AP of 1PP and allows to conclude that (i) the innovative variant “a gente” are completely embedded in the linguistic and social system of the variety spoken in the interior of São Paulo, taking into account that results for formal variables do not differ from those achieved for the speech community study (RUBIO, 2012); (ii) the innovative variant compared to the conservative variant cannot be considered a social indexer; (iii) it is no longer possible to maintain that there is a difference in status between the nodes and people variants and (iv) for a sociostylistic approach to the phenomenon, discursive variables are more relevant than structural variables. CAPES: 88882.180776/2018-01