Natural ventilation is a parameter that should be taken into consideration in architectural projects, as it helps to reduce undesirable heat gains, cooling the environment and providing a greater possibility of being perceived as pleasant for the development of activities. Therefore, the relationship between ventilation and the quality of the built environment is a relevant factor for school buildings, where thermal comfort must be promoted in order to provide an adequate space for teaching, enabling greater productivity and quality of work. However, comfort is not only related to the physical environment, but also to the subjective and individual issues of the user, such as the perception and sensation of thermal comfort in the space. So, through questionnaire, on-site measurements, observation and data analysis, the objective of this research was to identify the limits of air velocity regarding the sensation and perception of thermal comfort of students from public high schools in Campina Grande, Paraíba; when confronting the air velocity limits stipulated by the literature with the velocitiesidentified in the research, in order to have a better understanding of the relationship between the intensity of air movement and the subjective aspects of individuals in the semiarid climate. The experiment included seven schools, which, in the winter, a sample of 569 participants was obtained, with an average air temperatures from 22,44 to 26,28 °C and an average air velocity from 0,15 to 0,34 m/s; and in the summer period, the sample was 646 participants, with an temperatures from 25,91 to 30,78 °C and average velocity from 0,23 to 0,51 m/s. Regarding the thermal sensation, in the winter, most students (35,85%) declared that they were slightly cold; and similarly, in the summer, 33,44% said they felt very hot. Nevertheless, 87% of students indicated the thermal environment as acceptable, and 33,57% as comfortable in the winter. In the summer, however, 47,83% said it was thermally acceptable, and only 13,62%, comfortable. Furthermore, the acceptability of wind velocity and the preference for more wind velocity was 84,7% and 45,16%, respectively, for the winter; and 51,54% and 81,89%, for the summer. On the other hand, as for the statistical tests of air velocity, there was significance only regarding the thermal preference in winter, indicating that the increase of 0,1m/s in the air velocity raises the chances in 37,6% of the occupant preferring the cooler thermal environment. In the summer, the increase in air velocity of 0,1m/s improves the student's chances of indicating cooler thermal sensations by 10,81%; as well as, it can also reduce the chances of the user to prefer the cooler thermal environment by 7,74%. Finally, it appears that there is compliance with the air velocity limits stipulated in the literature in general, since air velocity above 0,50 m/s were considered acceptable in the winter; and above 0,80 m/s, in the summer; concluding that greater air velocity intensity in naturally ventilated school environments can be accepted by the students. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES A ventilação natural é um parâmetro que deve ser levado em consideração em projetos arquitetônicos, uma vez que auxilia a reduzir os ganhos indesejáveis de calor, resfriando o ambiente e fornecendo uma maior possibilidade deste ser percebido como agradável para o desenvolvimento de atividades. Sendo assim, a relação da ventilação com a qualidade do ambiente construído é um fator relevante para edifícios escolares, onde o conforto térmico deve ser promovido a fim proporcionar um espaço adequado ao ensino, possibilitando maior produtividade e qualidade do trabalho. Porém, o conforto não está apenas ligado ao ambiente físico, mas, também, a questões subjetivas e individuais do usuário, como a percepção e a sensação de conforto térmico no espaço. Desta forma, por meio de questionário, medições in loco, observação e análise de dados, objetivou-se nesta pesquisa identificar os limites da velocidade do ar quanto a sensação e percepção do conforto térmico de alunos em escolas públicas de ensino médio integral de Campina Grande, Paraíba; ao confrontar os limites de velocidade do ar estipulados pela literatura com as velocidades identificadas na pesquisa, para se ter um maior entendimento da relação da intensidade do movimento do ar com os aspectos subjetivos dos indivíduos no clima do semiárido. O experimento compreendeu sete escolas, das quais, no inverno, foi obtida uma amostra de 569 participantes, temperaturas do ar médias de 22,44 a 26,28°C e velocidades do ar médias de 0,15 a 0,34 m/s; e no período do verão, a amostra foi de 646 participantes, temperaturas de 25,91 a 30,78 °C e velocidades médias de 0,23 a 0,51 m/s. Com relação a sensação térmica, no inverno, a maioria dos alunos (35,85%) afirmaram estar levemente com frio; e de modo semelhante, no verão, 33,44% afirmaram sentir-se com muito calor. Todavia, 87% dos estudantes indicaram o ambiente térmico como aceitável, e 33,57% como confortável no inverno. No verão, porém, 47,83% disseram estar termicamente aceitável, e apenas 13,62%, confortável. Contudo, a aceitabilidade da velocidade do vento e a preferência por mais velocidade do vento foi de 84,7% e 45,16%, respectivamente, para o inverno; e de 51,54% e 81,89%, para o verão. Por outro lado, quanto aos testes estatísticos da velocidade do ar, houve significância apenas quanto à preferência térmica no inverno, indicando que o aumento de 0,1m/s na velocidade do ar acrescem as chances em 37,6% do ocupante preferir o ambiente térmico mais refrescado. No verão, temos que o acréscimo de 0,1m/s na velocidade do ar aumenta em 10,81% as chances do aluno indicar sensações térmicas mais frias; assim como, também pode reduzir em 7,74% as chances do usuário preferir o ambiente térmico mais refrescado. Por fim, verifica-se que há conformidade com os limites de velocidade do ar estipulados na literatura de modo geral, pois velocidades do ar acima dos 0,50 m/s foram consideradas aceitáveis no inverno; e acima dos 0,80 m/s, no verão; concluindo que maiores intensidade da velocidade do ar em ambientes escolares naturalmente ventilados pode ser aceita pelos estudantes.