Orientador: Heloisa Mascia Cecchi Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos Resumo: Os métodos de cromatografia líquida empregados em estudos anteriores para a determinação de aspartame e seus produtos de decomposição foram avaliados para utilização em análises de refrigerantes nacionais. O método aqui otimizado permitiu a determinação de aspartame e seus principais produtos de decomposição, aspartilfenilalanina, dicetopiperazina e fenilalanina, através de uma única corrida cromatográfica, utilizando eluição por gradiente. As amostras (sabores cola, guaraná e limão) foram desgaseificadas e filtradas em filtros de celulose de 0,45 µm antes da análise, enquanto que as amostras sabores laranja foram centrifugadas por 15 minutos a 10 000 g e filtradas antes da análise. A separação foi realizada em coluna de fase reversa C18 SpherisorbTM ODS-2 e fase móvel composta por KH2PO4 0,0125 mol L-1 (pH 3,50): acetonitrila (95:5, v/v). A concentração de acetonitrila foi aumentada linearmente até 25% aos 40 minutos de corrida cromatográfica, com uma vazão de 0,80 mL min-1. A detecção foi feita por detector por arranjo de diodos a 210 nm. Foram necessários 20 minutos de condicionamento da coluna com a fase móvel inicial antes da próxima injeção. A recuperação variou de 99,0 a 100,0%. Os coeficientes de variação foram de 0,13% para aspartame, de 0,53% para dicetopiperazina, de 0,17% para fenilalanina e, de 0,85% para aspartilfenilalanina. O limite de detecção foi de 0,04 mg 100 mL-1 para o aspartame e de 0,02 mg 100 mL-1 para os produtos de decomposição. O limite de quantificação foi de 0,08 mg 100 mL-1 para o aspartame, e de 0,04 mg 100 mL-1 para os produtos de decomposição. Todas as marcas de refrigerantes analisadas apresentaram níveis de decomposição do aspartame que variaram de 22,22 a 51,75% das quantidades de aspartame apresentadas nos rótulos. Os níveis de dicetopiperazina variaram de 0,55 a 6,70mg 100 mL-1, representando 4,57 a 20,91% da quantidade de aspartame. Os níveis de aspartilfenilalanina variaram de 0,95 a 4,74 mg 100 mL-1, representando 7,93 a 21,85% da quantidade de aspartame. Os níveis de fenilalanina foram baixos em todas as amostras analisadas, variando de 0,13 a 0,51 mg 100 mL-1, representando 0,60 a 2,54% da quantidade de aspartame. A técnica é exata, precisa, sensível e é capaz de separar outros edulcorantes (acesulfame-K e sacarina), e também a cafeína em refrigerantes, numa mesma corrida cromatográfica sem interferir com o aspartame e seus produtos de decomposição. O método é conseqüentemente adequado para controle de qualidade ou monitoramento de refrigerantes Abstract: Liquid chromatographic methods for the determination of aspartame and its decomposition products in soft drinks were evaluated, to apply in national soft drinks analysis. The method here defined was able to determine aspartame and its decomposition products, dicetopiperazine, aspartilphenylalanine and phenylalanine, with only one chromatographic injection, using gradient elution. The samples (cola, guaraná and lemon) were homogenized, degassed and filtered in filters of cellulose of 0.45 µm, before the injection in the chromatograph. The samples of orange soft drinks were centrifuged at 10,000 g for 15 min before analysis using a reversed phase C18 SpherisorbTM ODS-2 column, and a mobile phase of 0.0125 mol L-1 KH2PO4 buffer (pH=3.50): acetonitrile (95:5, v/v). The acetonitrile concentration was linearly increased up to a concentration of 25% in 40 min of chromatographic run, with flow rate of 0.80 mL min-1. Detection was effected using a diode array detector at 210 nm. Twenty minutes were necessary to condition the column to the initial mobile phase, before the next injection. Recovery using this method was between 99.0 and 100.00%. The variability coefficients for repeatability were 0.13% for aspartame, 0.53% for dicetopiperazine, 0.17% for phenylalanine and 0.85% for aspartilphenylalanine. The minimum detection level was 0.04 mg 100 mL-1 for aspartame and 0.02 mg 100 mL-1 for the decomposition products. The minimum quantification level was 0.08 mg 100 mL-1 for aspartame and 0.04 mg 100 mL-1 for the decomposition products. The aspartame decomposition level found in cola A, cola B, orange A, orange B, guaraná and lemon soft drinks, had been 22.22%, 34.96%, 41.46%, 51.74%, 36.03% e 37.54%, after 66, 44, 64, 148, 37 e 53 days of manufacture, respectively. The dicetopiperazine levels found were from 0.55 to 6.70 mg 100 mL-1, representing from 4.57 to 20.91% of the aspartame added to the soft drinks. Aspartilphenylalanine levels were from 0.95 to 4.74 mg 100 mL-1, representing from 7.93 to 21.85% of the aspartame added. Phenylalanine levels were low in all the samples analyzed, being between 0.13 and 0.51 mg 100 mL-l, representing from 0.60 to 2.54% ofthe added aspartame. This technique is precise, accurate and sensitive; it enables to separate other intense sweeteners (acesulfam-K and saccharin), and also caffeine in soft drinks, during the same chromatographic run without interfering with the aspartame and its decomposition products. Thus the method is suitable for the quality control and monitoring of soft drinks Mestrado Mestre em Ciência de Alimentos