Submitted by Fabiano Malheiro (fabianomalheiro22@hotmail.com) on 2019-07-29T19:41:19Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Efeito do uso dos óculos de realidade virtual como técnica de distração.pdf: 3553501 bytes, checksum: 9d0fb72e864897c332e56b8c77097edf (MD5) Made available in DSpace on 2019-07-29T19:41:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Efeito do uso dos óculos de realidade virtual como técnica de distração.pdf: 3553501 bytes, checksum: 9d0fb72e864897c332e56b8c77097edf (MD5) Previous issue date: 2019-02-04 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES O comportamento infantil durante o tratamento odontológico recebe a influência de diversos fatores, sendo a ansiedade um dos principais. Quanto aos procedimentos, a anestesia local é relatada como um dos principais fatores desencadeadores do medo e da ansiedade na criança. A distração é um método não farmacológico comumente indicado para o manejo comportamental durante procedimentos odontológicos, que visa ajudar a criança a desviar a atenção do estímulo da ansiedade e da dor, tornando o procedimento odontológico uma experiência mais relaxante e menos traumática. A distração com óculos de realidade virtual,é uma técnica recente que oferece imagens imersivas que combinam as modalidades de áudio, visual e sensorial da criança. Assim, esta dissertação teve por objetivo avaliar o efeito do uso do óculos de realidade virtual como técnica de distração audiovisual no comportamento da criança durante o atendimento odontológico através de uma revisão sistemática da literatura e de um ensaio clínico randomizado.Para a revisão sistemática de literatura, foram usadas as bases de dados Pubmed (via Medline), Scopus, Web of Science e Lilacs, para estudos publicados até setembro de 2018. Dois revisores selecionaram estudos por títulos e resumos, seguidos de leitura de textos completos. Nove ensaios clínicos randomizados avaliando o uso da realidade virtual no manejo do comportamento durante o atendimento odontológico em crianças de até 12 anos foram incluídos. Os desfechos considerados foram o medo, a ansiedade e a percepção de dor da criança. Através de meta análise os resultados foram combinados e as estimativas obtidas por modelos de efeitos aleatórios. Resultados combinados foram apresentados como uma diferença média combinada para cada procedimento, usando modelos de efeito aleatório. Não foram observadas diferenças em relação à ansiedade durante a anestesia local (diferença de média = -3.44, 95% IC -8.18, 1.29)., uso de dique de borracha (diferença de média = 0 89, 95% IC -4.88, 6.67), remoção de cárie (diferença de média = -0.33, 95% IC -0.57, 0.08) e procedimento restaurador (diferença de média = -0.29, 95% IC -5.70, 5.13). Foi observada diferença significativa na percepção da dor apenas durante a restauração (diferença de média = -0.70, 95% IC -1.23,-0.16). Além disso, crianças que usaram óculos de realidade virtual apresentaram melhor comportamento durante o procedimento de remoção de cárie (diferença de média = -0.33, 95% IC - 0.57, -0.08). O ensaio clínico randomizado incluiu quarenta e quatro crianças saudáveis, de 6 a 10 anos de idade, com ansiedade baixa / moderada, que não receberam anestesia local nos últimos 2 anos, e que necessitavam de tratamento restaurador ou exodontia de molares decíduos com uso de anestesia local. Após uma visita inicial, as crianças foram aleatoriamente designadas para receber os óculos de RV no procedimento ou não. Ficando divididas em grupo intervenção e grupo controle ( somente técnicas de manejo convencionais). Foram avaliados desfechos como a percepção de dor, a ansiedade e o comportamento infantil durante a consulta. O movimento durante a consulta foi avaliado através do uso de acelerômetros usados no punho e na perna. A comparação entre os grupos de estudo foi feita por meio do teste de Mann-Whitney e teste qui-quadrado. Encontrou-se que os grupos foram semelhantes quanto às características demográficas e psicossociais. O nível de ansiedade, percepção da dor e comportamento no grupo que recebeu distração audiovisual foi semelhante ao grupo que recebeu técnicas convencionais de gestão do comportamento. Concluiu-se que os óculos de realidade virtual podem ser uma boa alternativa para a distração durante a anestesia local, com resultados semelhantes às técnicas básicas de comportamento recomendadas e com boa aceitação pelas crianças. Child behavior during dental treatment is influenced by several factors, with anxiety being one of the main factors. Regarding procedures, local anesthesia is reported as one of the main triggers of fear and anxiety in the child. Distraction is a non-pharmacological method commonly indicated for behavioral management during dental procedures, which aims to help the child to divert attention from the stimulus of anxiety and pain, making the dental procedure a more relaxing and less traumatic experience. The distraction with virtual reality glasses is a recent technique that offers immersive images that combine the audio, visual and sensory modalities of the child. Thus, this dissertation aimed to evaluate the effect of the use of virtual reality glasses as a technique of audiovisual distraction in the behavior of the child during dental care through a systematic review of the literature and a randomized clinical trial.For the systematic review of literature , the Pubmed (via Medline), Scopus, Web of Science and Lilacs databases were used for studies published up to September 2018. Two reviewers selected title and abstract studies, followed by full-text reading. Nine randomized clinical trials evaluating the use of virtual reality in behavior management during dental care in children up to 12 years of age were included. The outcomes considered were the child's fear, anxiety and perception of pain. Through meta-analysis the results were combined and the estimates obtained by random effects models. Combined results were presented as a combined mean difference for each procedure, using random effect models. No differences were observed in relation to anxiety during local anesthesia (mean difference = -3.44, 95% CI -8.18, 1.29). Use of rubber dam (mean difference = -0.33, 95% CI -0.57, 0.08) and restorative procedure (mean difference = -0.29, 95% CI -5.70, 5.13). Significant difference in pain perception was observed only during restoration (mean difference = -0.70, 95% CI -1.23, - 0.16). In addition, children who used virtual reality glasses showed better behavior during the caries removal procedure (mean difference = -0.33, 95% CI -0.57, -0.08). The randomized clinical trial included forty-four healthy children 6 to 10 years of age with low / moderate anxiety who had not received local anesthesia in the last 2 years and who required restorative treatment or exodontia of primary molars using anesthesia local. After an initial visit, the children were randomly assigned to receive the RV glasses in the procedure or not. The sample is divided into intervention group and control group (only conventional management techniques). Outcomes were assessed as the perception of pain, anxiety and child behavior during the consultation.Movement during the consultation was assessed using accelerometers used on the wrist and leg. The comparison between the study groups was done using the Mann-Whitney test and chi-square test. The groups were found to be similar for demographic and psychosocial characteristics. The level of anxiety, pain perception and behavior in the group that received audiovisual distraction was similar to the group that received conventional behavior management techniques. It was concluded that virtual reality glasses can be a good alternative for distraction during local anesthesia, with results similar to the basic behavioral techniques recommended and well accepted by children.