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Quando começamos a caminhar eretos? Quando aconteceu o milagre da linguagem? Qual é a origem da música, da religião e da lei? Como iniciou o comércio e o uso da moeda? Por que nasceram as primeiras cidades? Quando é que começamos a enterrar os nossos mortos? Por que a maioria das sociedades valoriza a monogamia? Neste livro, Jürgen Kaube, um dos especialistas mais reconhecidos na área da divulgação científica, dá resposta a estas questões, muitas das quais continuam na origem de disputas culturais, políticas e religiosas. Um relato absolutamente fascinante sobre a origem de tudo o que nos torna únicos e humanos.

Este terceiro volume continua a publicação do'Curso de Sociologia Geral'que Pierre Bourdieu ofereceu nos seus cinco primeiros anos de ensino no Collège de France a partir de 1982. Ele reúne as dez aulas de duas horas dadas durante o ano universitário de 1983-1984. O terceiro ano contido neste volume centra-se no conceito de capital. Bourdieu lembra o elo desse conceito com o conceito de campo, e desenvolve em seguida as diferentes formas de capital (ligadas à pluralidade dos campos), assim como os diferentes estados do capital cultural.

A origem da gramática está no interesse de compreensão e interpretação do texto, seja o texto poético, o texto religioso ou o texto político. Foi essa motivação, por exemplo, que levou os gramáticos gregos a desenvolverem a arte de gramática ou techne grammatike que daria conta dos textos de Homero e possibilitaria seu melhor entendimento. Assim evoluiu a gramática até nossos dias, ampliando seus domínios e objetivos, mas sempre de alguma forma vinculada à análise do texto como uma forma de entender o mundo. Em sua história, a gramática acompanha os rumos da sociedade, ajusta-se a suas mudanças e a seus novos valores. Este livro trata do papel da gramática na construção da sociedade brasileira a partir do século XVI, como fruto da atividade missionária dos jesuítas, até o final do século XIX, quando expressa o esplendor do cientificismo na seara dos estudos linguísticos. Seu propósito, pois, resume-se a contribuir para melhor entendermos como a sociedade brasileira abriu as sendas de seu caminho mediante análise das obras que cuidaram da língua falada por seu povo.

Esta obra responde à necessidade de haver, na psicologia junguiana, uma discussão mais aberta sobre as várias facetas da supervisão na prática clínica, na formação dos candidatos como analistas e em campos afins. A supervisão envolve diferentes aspectos importantes que procuram intensificar o trabalho do supervisionando, elaborando técnicas, elucidando questões de transferência e contratransferência, propondo orientação e foco para a pesquisa clínica, sugerindo formulações dinâmicas e arquetípicas sobre o processo analítico e explorando padrões repetidos de comportamento, pensamento e fantasia.

O efeito da ausência do pai nas filhas investiga o impacto da ausência (física ou emocional) e inadequação dos pais nas vidas e psiques de suas filhas pela perspectiva da psicologia analítica junguiana. Conta as histórias de filhas que descrevem a insegurança, fragmentação e desintegração da personalidade e do silenciamento da voz. Questões de pais e filhas chegam às profundezas da intrapsique, raízes arquetípicas e até questões do eu e cultura, ao nível pessoal e coletivo. A autora elucida as aflições e decepções das filhas que não têm uma figura paterna e incorpora exemplos clínicos ao descrever como elas podem se libertar das idealizações, traições, abandono, perdas e como podem prosseguir a um ponto de reparação e renovação. A análise, pessoal e coletivamente, das filhas afetadas pela falta de um pai, faz este livro ser imensamente relevante para aqueles que desejam compreender as complexas dinâmicas entre filhas e pais para se tornarem seu eu autêntico. Leitura essencial para quem busca compreensão; parapsicólogos analíticos, outros profissionais de terapia, acadêmicos e estudantes com interesses junguianos ou pós-junguianos.

Os Vikings são famosos hoje em dia nas mídias audiovisuais, especialmente as suas aventuras e conquistas históricas. Mas o que sabemos efetivamente sobre os seus cultos e símbolos? Como eles realizavam os rituais aos seus deuses e deusas? Eles possuíam templos e livros sagrados? O que exatamente foram as runas? O presente livro apresenta pela primeira vez em língua portuguesa um detalhamento acadêmico sobre as vivências e experiências religiosas dos nórdicos na Escandinávia pré-cristã. É um livro sobre a história religiosa não somente de guerreiros e reis, mas de camponeses, mulheres e pessoas comuns que deixaram sua marca na história.

Utilizando perspectivas descritivas e interpretativas das religiões da Antiguidade e do caminho que elas percorreram até a sua manifestação atual, a obra oferece informações das grandes religiões do mundo. História das religiões mundiais examina os seguintes tópicos: algumas religiões primais e antigas, as religiões do sul e do leste da Ásia e as religiões do Oriente Médio. Com várias edições no original, a obra agora traduzida para o português, traz um conteúdo atualizado e ferramentas como caixas de texto, cronogramas, glossários e mapas para ajudar estudantes e pesquisadores a entenderem as religiões, mostrando-se uma introdução abrangente e acessível.

Este livro tem por fim trazer a público o testemunho dos sobreviventes das três grandes civilizações pré-hispânicas – Asteca, Maia e Quéchua (Inca) – sobre a conquista espanhola em terras americanas. Reúne e comenta vários dos relatos indígenas sobre o que foi o violento choque de culturas então ocasionado. É a história escrita pelos vencidos, os que não tiveram senão que se resignar em meio à desgraça:'Mortos os deuses, perdidos o governo e o mando, a fama e a glória, a experiência da Conquista significou mais do que tragédia: ficou cravada na alma e sua recordação passou a ser um trauma'.

A pesquisa nas últimas décadas revisou muitas suposições comuns sobre a história de Israel e a construção da Bíblia. Eventos como o êxodo do Egito ou a construção de um templo sob o Rei Salomão não são mais considerados históricos. Isso agrava a questão de como as grandes histórias do Antigo Testamento surgiram e quando se tornaram parte das'sagradas escrituras'. Suposições comuns sobre a coleção dos evangelhos ou das primeiras cartas dos apóstolos também estão sendo postas à prova. Com base no estado atual da pesquisa, o presente livro descreve o longo caminho das primeiras narrativas do antigo Israel aos textos-chave do monoteísmo judaico e do cristianismo primitivo aos livros sagrados das religiões mundiais judaísmo e cristianismo.

À medida que a democracia brasileira enfrenta uma crise de legitimidade, crescem as divisões políticas entre cidadãos católicos, evangélicos e não religiosos. O que causou a polarização religiosa na política brasileira? A política religiosa fortalece ou enfraquece a democracia? Religião e a democracia brasileira – Dos bancos das igrejas para as urnas usa anedotas envolventes e se baseia em uma riqueza de dados de pesquisas e experimentos de pesquisa com clérigos, cidadãos e legisladores, para explicar as causas e consequências das'guerras culturais'do Brasil. Embora os partidos políticos criem conflitos de guerra cultural em democracias estabelecidas, no fraco sistema partidário do Brasil, os líderes religiosos, em vez disso, geram divisões. O clero alavanca a política legislativa e eleitoral estrategicamente para promover seus próprios objetivos teológicos e ajudar seus grupos religiosos a competir. No processo, eles geralmente lideram políticos e congregados. Em última análise, a política religiosa empurra a política brasileira para a direita e fragmenta ainda mais os partidos. No entanto, Religião e a democracia brasileira também demonstra que a política liderada pelo clero estabiliza a democracia brasileira e aumenta a representação.

O Caderno Pedagógico para o Ensino Religioso: Crenças religiosas e filosofias de vida, quarto volume, foi elaborado para contribuir com o professor no seu trabalho pedagógico. Para isso, divide-se em Parte I, com textos de estudo e reflexão para o professor, e Parte II, com roteiros de atividades propostas para o desenvolvimento dos objetos de conhecimento relacionados à unidade temática Manifestações religiosas.

O sucesso da edição fac-similar de O Livro Vermelho, publicada em 2009 é prova de um enorme interesse nas obras visuais e criativas de Jung. Pela primeira vez, Jung se tornou visível a um público mais amplo não apenas como uma figura fundadora da psicologia moderna, mas também como um artista por direito próprio. Notando a crescente demanda por uma documentação mais completa e informativa acerca do legado criativo de Jung, a Fundação das Obras de C.G. Jung decidiu empreender uma nova publicação, apresentando este material num volume dedicado exclusivamente à obra visual de Jung. Que um livro chamado A arte de C.G. Jung chegue a ser publicado é algo notável e, finalmente, nos permite apresentar o corpus substancial da obra criativa de Jung no contexto de seu desenvolvimento intelectual e pessoal.

A relação entre as mulheres africanas e o feminismo é controversa. Enraizado nessa conexão está o debate para saber se o conceito de sororidade – mantra que pressupõe uma opressão comum a todas as mulheres e abarca relações feministas internacionais/transculturais – representa, simbólica e funcionalmente, as mulheres africanas. As colaborações deste livro abordam o discurso global sobre as mulheres tal como articulado pelas feministas ocidentais e analisam as questões levantadas pela interpretação equivocada que feministas norte-americanas, negras e brancas, fazem de mulheres africanas. As implicações do predomínio de homens e mulheres ocidentais na produção de conhecimento sobre a África também são discutidas.

Nesta história notável e aclamada do desenvolvimento do monoteísmo, Mark S. Smith explica como a religião de Israel evoluiu de um culto a Yahweh como uma divindade primária entre muitos a uma fé monoteísta totalmente definida com Yahweh como único deus. Repudiando a visão tradicional de que Israel era fundamentalmente diferente em cultura e religião de seus vizinhos cananeus, este livro provocador argumenta que a religião israelita se desenvolveu, pelo menos em parte, a partir da religião de Canaã. Com base em fontes epigráficas e arqueológicas, Smith demonstra convincentemente que a religião israelita não era uma rejeição total dos deuses pagãos estrangeiros, mas, antes, era o resultado do estabelecimento progressivo de uma identidade israelita distinta.

Cada etapa da vida tem particularidades que precisam ser consideradas ao realizar uma avaliação psicológica. Ao trabalhar com pessoas idosas a forma de abordar certos assuntos, a escolha dos instrumentos e o jeito de pensar a avaliação exigem conhecimentos e cuidados específicos. Este livro aborda exatamente tais temas, compartilhando a experiência de profissionais de avaliação psicológica com essa população, de forma prática e ilustrada, para auxiliar e direcionar o olhar de estudantes e de outros profissionais. Fica o convite para conhecerem mais sobre o envelhecimento, como fazer sua avaliação cognitiva, emocional e de personalidade, bem como abordar questões como carreira e recolocação profissional, motivos para viver, sexualidade, avaliação para justiça, luto, cuidados paliativos e do aparato instrumental disponível para realizar tais avaliações.

O movimento científico da psicologia positiva tem crescido de forma importante nas últimas décadas, com um volume expressivo de publicações nos cenários nacional e internacional. Entre as grandes áreas que têm colaborado para o fortalecimento desse movimento, podemos destacar a avaliação psicológica, sobretudo no que diz respeito aos conhecimentos relacionados às medidas e aos métodos de pesquisa. Nesta obra, professores e pesquisadores de todo o Brasil, com ampla experiência em avaliação e intervenção em psicologia positiva, compartilham reflexões sobre o processo de desenvolvimento da área, suas experiências baseadas em evidências e perspectivas futuras para o contínuo avanço científico desse movimento.

Este livro tem como objetivo oportunizar aos leitores uma reflexão a respeito do desenvolvimento da leitura e da escrita pelas crianças, tanto em situações em que esse processo de alfabetização ocorre na língua materna quanto em contextos de escolarização bilíngue. Trata-se de uma proposta inovadora, que é fruto da preocupação dos autores com a formação de profissionais que possam atuar nesses contextos de alfabetização. A obra apresenta uma perspectiva que congrega evidência científica recente sobre a alfabetização e estudos que focam nos processos de alfabetização monolíngue e bilíngue, considerando que as semelhanças entre os processos de alfabetização nesses dois contextos de ensino superam as suas diferenças. Este trabalho também almeja contribuir com o cenário da educação de nosso país, ao promover a reflexão acerca do fato de que a formação de leitores eficientes necessariamente implica a reflexão acerca dos aspectos formais, sem obviamente se limitar a tais aspectos.

Há muitas razões para ler a Bíblia, todas com diferentes objetivos e resultados. Enquanto autores, consideramos a Bíblia um texto de grande importância para os ambientes acadêmicos, para as comunidades de fé e para o mundo mais em geral. Para todos estes contextos procuramos oferecer um método de leitura da Bíblia que estimule uma busca permanente de interpretações defensoras da vida presentes no texto. Todos os leitores da Bíblia precisam reconhecer que a Bíblia testemunha a fé das comunidades das quais ela surgiu, mesmo que nem todos os leitores compartilhem essa fé. Embora escrevamos a partir de uma perspectiva cristã e ao mesmo tempo acreditemos que a Bíblia informa, enriquece e orienta nossa interação com Deus, o método aqui esboçado reconhece que muitas pessoas leem a Bíblia com outros olhos e compromissos e que essas leituras também são válidas. (da obra)

Este é o quarto volume baseado nas conferências proferidas por Pierre Bourdieu no Collège de France no início dos anos de 1980 sob o título Sociologia geral. Nessas palestras, Bourdieu se propõe a definir e defender a Sociologia como uma disciplina intelectual e, ao fazê-lo, introduz e esclarece todos os conceitos-chave que definiram sua abordagem intelectual distinta. Tendo elaborado os conceitos de habitus e campo em volumes anteriores, Bourdieu empreende agora uma análise das relações entre eles, mostrando que os campos sociais são objetos de percepção e conhecimento para os agentes neles engajados.

Karl Marx – Vida e pensamento, de David McLellan, contrapõe claramente o homem e suas ideias ao movimento histórico de seu tempo. O autor segue Marx desde suas origens de classe média em Trier e seus dias de estudante em Bonn, pelos anos de andança na Europa em busca de refúgio, até Londres, e os trabalhos titânicos em O capital na famosa escrivaninha da sala de leitura do Museu Britânico e, finalmente, até o cemitério de Highgate. Estas páginas, densas em informação e eminentemente acessíveis, evocam de maneira transparente a vida e o tempo dos quais surgiram as ideias que causaram impacto tão grande sobre o curso dos acontecimentos mundiais.

Durante as sessões deste seminário, Jung falou informalmente aos membros de seu círculo íntimo sobre um pensador cujas obras não apenas o sobrecarregaram com a profundidade de sua compreensão da natureza humana, mas também forneceram as fontes filosóficas de muitas de suas próprias ideias psicológicas e metapsicológicas. Acima de tudo, ele demonstrou como o notável livro Assim falava Zaratustra ilustra tanto o gênio de Nietzsche quanto suas tendências neuróticas e pré-psicóticas.

Estas cartas são a evidência direta do encontro intensamente fecundo e finalmente trágico de Freud e Jung. O espírito de tragédia, no entanto, reside apenas no encontro – o drama das próprias cartas – e se desenrola de maneira quase clássica para a catástrofe prefigurada do conflito e da discórdia. Não cabe propriamente dizer que as vidas e as carreiras de Freud ou Jung tenham sido tragicamente alteradas; da ruptura inevitável, com efeito, ambos souberam extrair certos valores criativos.

Confiável e abrangente, A história da África fornece uma narrativa acessível da pré-história aos dias atuais, com uma atenção inusual às vidas cotidianas dos africanos. Essa investigação inclui uma riqueza de ideias nativas, conceitos africanos e perspectivas tradicionais que escaparam da escrita da história africana no Ocidente. Esta obra, completamente atualizada, inclui informações sobre os conflitos recentes na Líbia e no Sudão, assim como um conteúdo adicional sobre as experiências e contribuições das mulheres. Ricamente ilustrado e claramente escrito, este volume é uma introdução indispensável à história do continente africano.

A linguagem reflete a cultura de uma sociedade? A nossa língua materna é uma lente através da qual percebemos o mundo? Podem línguas diferentes levar seus falantes a pensamentos diferentes? Em Através da lente da linguagem o escritor Guy Deutscher irá convencê-lo de que, ao contrário do consenso acadêmico de hoje, a resposta a todas essas perguntas é – sim. Este livro explora algumas das questões mais fascinantes e controversas sobre linguagem, cultura e mente humana numa deliciosa combinação de elementos de história cultural e ciência popular.

No universo complexo da psicologia, poucos temas são tão intrigantes e essenciais quanto a individuação e o narcisismo. Mario Jacoby mergulha profundamente nesses conceitos fundamentais, oferecendo uma valiosa compreensão sobre a psique humana. Com clareza e profundidade, explora os caminhos da individuação, o processo de desenvolvimento da personalidade única e integral. Convida-nos a compreender os mecanismos do narcisismo, desvendando suas manifestações saudáveis e patológicas, e os desafios enfrentados por aqueles que buscam uma relação saudável com o self.

A adoção da agenda ESG representa uma verdadeira mudança de paradigma nas relações entre as empresas e seus investidores, já que as melhores práticas tradicionalmente associadas à sustentabilidade passaram a ser consideradas como parte da estratégia financeira das empresas. O presente livro apresenta um modelo inovador no qual as variáveis ambiental (E de environmental) e social (S de social) fazem parte do mesmo círculo. Ambas repousam sobre uma base que é a governança (G de governance), que criará as condições necessárias para que o ESG seja adotado de forma ética, transparente e eficaz nas organizações. Além disso, a obra conta com inúmeros exemplos reais de organizações que implementaram práticas de ESG.

O livro oferece uma visão geral dos tópicos centrais focalizados pela psicologia social científica contemporânea. Conceitua a psicologia social e sua evolução histórica e apresenta as principais teorias psicossociais. Apresenta ainda os principais fenômenos psicossociais, suas bases teóricas e empíricas e suas aplicações práticas. Questões para estudo e discussão seguem-se a cada capítulo. O livro foi completamente reformulado e atualizado em virtude dos 40 anos do lançamento desta obra.

Este livro expõe as conexões profundas – muitas vezes invisíveis – entre o'senso comum'neoliberal e o poder estrutural. Ao fazer essas ligações, vemos como a atual hegemonia mantém os movimentos de justiça social divididos e marginalizados. E, mais importante, vemos como podemos lutar para superar essas divisões. Uma cartilha essencial sobre capitalismo, política e como o mundo funciona.

O presente volume reúne pela primeira vez em tradução para o português alguns dos textos mais importantes de Husserl referentes à proposta de uma psicologia fenomenologicamente fundada e sua relação com a fenomenologia transcendental. Os textos que compõem este volume são do período entre 1927 e 1935 e, ao disponibilizar um material há muito tempo demandado tanto pelo público acadêmico da filosofia e da psicologia quanto pelos profissionais especializados nas áreas das disciplinas da psique, oferecem as bases textuais fundamentais para o entendimento do quadro geral da abordagem fenomenológico-psicológica, da fundação husserliana de uma psicologia fenomenológica e da construção de suas possibilidades teóricas e práticas.

Este livro, inspirado no Painel Internacional sobre Progresso Social, foi escrito para um público mais geral, a fim de compartilhar a mensagem de esperança do relatório maior: Uma sociedade melhor é de fato possível, seus contornos podem ser amplamente descritos e tudo o que precisamos é juntar forças no sentido de concretizar essa visão. Embora se baseie amplamente no relatório, ele é complementar e oferece sua própria perspectiva original em uma análise coerente. Não busca resumir o relatório com toda a sua riqueza de tópicos e não pretende refletir a total diversidade de visões dos membros do Painel. É um convite para levar essas questões a sério e explorá-las mais profundamente com a ajuda do relatório completo.

Pensamentear foi como Mário de Andrade descreveu a junção entre seu pensamento e ação de escritor que, lutando pela democratização da cultura, buscava reinventar o Brasil. André Botelho e Maurício Hoelz reveem esta práxis a partir do campo musical, o mais heurístico na trajetória desse homem de múltiplos talentos. Um entre lugar de fala-escuta – política de reconhecimento que liga o lugar de fala ao de escuta do outro – em que se forja uma ética dialógica e democrática do aberto e do inacabado. Sociologicamente reposicionado, o Modernismo passa a ser visto como movimento cultural: uma ação coletiva que disputa o controle cultural pela mudança da sociedade. Mário de Andrade, nosso contemporâneo.(Da obra)

Homens e mulheres de todos os tempos – crentes e não crentes – temo-nos questionado a respeito de Jesus de Nazaré. Quem é esse homem, de origem humilde, pregador e curador infatigável e aclamado nas ignoradas aldeias da Galileia, alijadas do poder imperial de Roma e da pureza religiosa do povo de Israel? Por que um homem, executado por suas pretensões de ser'rei dos judeus', se converteu rapidamente no centro de um movimento religioso que marcaria o rumo espiritual e cultural do mundo ocidental? Por que um crucificado desperta tantas interrogações, inquietações e esperanças no coração do ser humano? Que razão existe para que a memória de um galileu sobreviva em tantos milhões de pessoas, de todas as condições econômicas, religiosas e sociais e ao longo de toda a história do cristianismo? Essa permanente busca pela identidade de Jesus de Nazaré é uma prova inequívoca da centralidade desta questão na cristologia. Ela nos conduz inevitavelmente à consideração do fato bíblico por excelência: a existência histórica de Jesus de Nazaré e a profissão de fé em Cristo, o Senhor. Fato e interpretação constituem inseparavelmente o fato bíblico por antonomásia. A história – o Jesus que viveu na Palestina e morreu em uma cruz – fica muda sem a interpretação, e a interpretação – a fé no Ressuscitado – sem a história, fica oca e vazia. (Da obra)

Este Compêndio Jung é leitura essencial para alunos de graduação em cursos de psicologia analítica, de psicoterapia, e para estudantes do simbolismo, dos sonhos ou de abordagens arquetípicas de literatura, cinema, estudos religiosos, sociologia ou filosofia. O texto é uma introdução informativa para os leitores em geral, bem como para analistas e acadêmicos que querem aprender mais sobre a contribuição de C.G. Jung para a psicanálise e como suas ideias ainda são extremamente relevantes no mundo de hoje. (Da obra)

Com este livro, Fazer, Tim Ingold continua a enriquecer as ciências sociais com suas reflexões nitidamente estimulantes e críticas sobre as práticas arqueológicas, arquiteturais e artísticas. Este volume será útil a todos os que estão tentando integrar arte e pesquisa, fazer e pensar, teoria e prática. (Da obra)

Em uma conferência dada em Montreal logo após a publicação de Vigiar e punir, Michel Foucault responde a uma pergunta que lhe foi feita: Existem'alternativas'para a prisão? Foucault duvida que a crescente imposição de condições restritivas fora do recinto prisional seja um sinal de ruptura com o encarceramento; na verdade, parece que o progressismo criminoso e o desenvolvimento de técnicas de vigilância caminham lado a lado. Portanto, não se trata tanto de inventar'alternativas', mas de saber se se deseja difundir ou diminuir o controle social. A leitura retrospectiva de'Alternativas'à prisão, longe de exaurir as questões sobre nossa atualidade criminológica, levanta muitas questões sobre a extensão de uma sociedade civilizada. Textos de Sylvain Lafleur, Toni Ferri e Anthony Amicelle atualizam essa análise. (Trecho da obra)

Neste livro o leitor-pesquisador entenderá melhor os itens que compõem um projeto de pesquisa e alternativas para conseguir um orientador para sua ideia de pesquisa. Além de poder ler sobre formas clássicas (entrevistas, questionários) e contemporâneas (redes sociais, arte) de coletar dados e analisá-los e sobre como fazer pesquisa em contextos como hospitais e penitenciárias, ampliando as opções metodológicas que conhece para construir seu próprio projeto de pesquisa em Psicologia e nas demais ciências humanas e sociais. Os autores foram convidados por sua grande experiência com pesquisa e, além do embasamento teórico, oferecem aos leitores-pesquisadores dicas práticas em cada capítulo, visando suavizar o caminho dos novos (e demais) pesquisadores. Esperamos que considerem obra útil e prática, pois este foi o direcionador que tivemos ao escrevê-la.

O que andar, tecer, observar, contar histórias, cantar, desenhar e escrever têm em comum? A resposta é que todos eles procedem ao longo de linhas. Neste livro Tim Ingold imagina um mundo no qual tudo consiste em linhas entretecidas e interconectadas e lança os alicerces para uma disciplina completamente nova: a Arqueologia Antropológica das Linhas. O argumento de Ingold nos leva pela música da Grécia antiga e do Japão contemporâneo, pelos labirintos siberianos e pelas estradas romanas, pelos ideogramas chineses e pelo alfabeto impresso, trançando um caminho entre a Antiguidade e o presente. Baseando-se em uma multidão de disciplinas, incluindo Arqueologia, Estudos Clássicos, História da Arte, Linguística, Psicologia, Musicologia, Filosofia e muitas outras, e incluindo diversas ilustrações, este livro é uma jornada intelectual estimulante que mudará a forma que vemos o mundo e como caminhamos por ele.

Esta é a primeira publicação brasileira que, de forma coletiva, visa apresentar, de modo amplo e sistemático, o conjunto das teorias sociológicas atuais, fornecendo a estudantes de graduação e pós-graduação de ciências humanas, e ao público em geral, uma visão atualizada, crítica e abrangente das discussões sobre a natureza da ciência sociológica e de suas principais perspectivas e abordagens teóricas contemporâneas.

O objetivo desta obra é apresentar uma visão geral das principais correntes de pensamento da antropologia social e cultural do século XIX até o presente. Os autores apresentam as origens, o contexto e a relevância contínua das ideias que transformaram as ciências humanas e sociais e também a maneira como nos entendemos e as sociedades em que vivemos.

'Tanto a diferença quanto a dominação são produzidas e reproduzidas em nossas interações sociais, nas instituições em que vivemos e trabalhamos. Embora as diferenças entre nós não sejam tão grandes quanto frequentemente presumimos, elas se tornam importantes em nossas expectativas e observações. Será meu trabalho neste livro examinar essas diferenças – as que são reais e importantes –, bem como revelar aquelas que não são reais nem importantes. Explorarei os modos como a desigualdade de gênero fornece um fundamento para as presunções da diferença de gênero. E, por fim, farei esforços para mostrar o impacto do gênero sobre nossas vidas; como nos tornamos pessoas com gêneros vivendo vidas com gênero em uma sociedade de gênero.'Da Introdução.

Este livro inovador revela uma história ainda pouco estudada, fecunda em metamorfoses e surpresas, desde a Idade Média até nossos dias. As formas'privilegiadas'de fadigas – aquelas que mobilizam os comentários, impondo-se prioritariamente a todos – evoluem com o fluir do tempo. Os sintomas da fadiga modificam-se, os termos para designá-la têm passado por ajustes – langeur[indolência], dépérissement [desfalecimento gradual], pénibilité [penosidade]... –, verificando-se a proliferação de explicações a seu respeito, um maior rigor na definição de seus diferentes graus, assim como a emergência de reivindicações. Um percurso emocionante que nos leva a cruzar várias histórias: ado corpo e das sensibilidades, a das estruturas sociais e do trabalho, a da guerra e do esporte, incluindo a história de nossa intimidade. A fim de tornar mais elucidativo, e de modo completamente diferente, o nosso presente.

Ao distinguir quatro fontes de poder nas sociedades humanas – ideológica, econômica, militar e política – essa série traça suas inter-relações através da história. Este quarto volume da história analítica do poder social de Michael Mann cobre o período de 1945-2011, focando os três grandes pilares da ordem global pós-guerra: o capitalismo, o sistema Estado-nação e o único império remanescente do mundo, os Estados Unidos. Ao longo desse período, capitalismo, Estados-nações e impérios interagiram entre si e foram transformados. O argumento-chave de Mann é que a globalização não é um único processo, porque há globalizações das quatro fontes de poder social, cada uma com um ritmo diferente de desenvolvimento. Os tópicos incluem o surgimento e o começo do declínio do Império Americano, a queda ou a transformação do comunismo (respectivamente, a União Soviética e a China), a mudança do neokeynesianismo para o neoliberalismo, e as três grandes crises que emergiram desse período – as armas nucleares, a grande recessão e a mudança climática.

Ao distinguir quatro fontes de poder nas sociedades humanas – ideológica, econômica, militar e política –, esta série traça suas inter-relações através da história. Este segundo volume da história analítica de Michael Mann aborda as relações de poder entre 1760 e a Primeira Guerra Mundial, com foco na França, Grã-Bretanha, Habsburgo, Áustria, Prússia/Alemanha e Estados Unidos. Com base em considerável pesquisa empírica, fornece teorias da ascensão das nações e do nacionalismo, do conflito de classes, do Estado e do militarismo moderno, enfatizando igualmente a complexidade social e histórica. Michael Mann vê a sociedade humana como uma espécie de bagunça padronizada e tenta fornecer uma teoria sociológica apropriada para isso. Essa teoria culmina com uma explica a primeira Guerra Mundial.

Ao distinguir quatro fontes de poder nas sociedades humanas – ideológica, econômica, militar e política –, essa série traça suas inter-relações através da história. Este terceiro volume da história analítica do poder social de Michael Mann começa com os impérios globais do século XIX e continua com uma história global do século XIX até 1945. Mann foca o desenvolvi- mento inter-relacionado de capitalismo, Estados-nações e impérios, discutindo: a'Grande Divergência'entre os destinos do Ocidente e do resto do mundo; a autodestruição do poder europeu e japonês em duas guerras mundiais; a Grande Depressão; o aumento do poder americano e soviético; a rivalidade entre capitalismo, socialismo e fascismo; e o triunfo de um capitalismo reformado e democrático. O grande projeto de Michael Mann é um estudo das mudanças no poder ao longo da história humana e, neste terceiro volume, analisa em escala global a época devastadora das duas guerras mundiais.

Esta obra demonstra como é possível chegar a hipóteses mais sólidas mediante a reunião de observações arqueológicas e exegéticas. A aproximação da arqueologia e as ciências bíblicas trazem esclarecimentos mútuos sobre mitos que, por vezes, baseiam-se em contextos históricos quase'vestígios de memórias'. Este volume é uma contribuição valiosa para as disciplinas bíblicas e arqueológicas, e para o interesse dos biblistas pelo trabalho arqueológico, bem como dos arqueólogos pela exegese dita histórico-crítica. Vale recordar que tanto os biblistas quanto os arqueólogos se interessam pela diacronia, pelos estratos (de um sítio arqueológico ou de um texto), e por uma melhor compreensão de um passado, sem a qual é impossível compreender o presente.

EM QUE CONCEITO DE BOA VIDA A TEORIA CRÍTICA DA ACELERAÇÃO SOCIAL SE BASEIA? QUAL É O OUTRO DA ALIENAÇÃO? O QUE É UMA VIDA NÃO ALIENADA? Há tempos, os críticos do conceito de alienação têm corretamente apontado que algumas formas de alienação devem ser momentos inevitáveis e mesmo desejáveis de qualquer vida humana, de modo que qualquer teoria ou política intentando erradicar as raízes da alienação é certamente perigosa e potencialmente totalitária. Consequentemente, ao longo deste livro, não buscaremos determinar a visão de uma vida completamente não alienada, mas recapturar momentos da experiência humana não alienada. Minha esperança é que isso forneça um novo parâmetro para a avaliação da qualidade da vida humana. Talvez seja muito otimista, mas ao menos isso poderia prover a base para uma teoria crítica que identifica aquelas tendências e estruturas que prejudicam a possibilidade de viver a experiência desses momentos.

As estratégias de aprendizagem são procedimentos utilizados para facilitar a aprendizagem. Pesquisas evidenciam a importância das estratégias de aprendizagem para o desempenho escolar e acadêmico bem-sucedido, para a aprendizagem autônoma, bem como para a conscientização e o controle das variáveis psicológicas que interferem diretamente na aprendizagem. A presente obra foi concebida justamente para apresentar ao leitor interessado um conjunto sólido de orientações e atividades, além dos fundamentos teóricos, para que possa ensinar e promover o uso de estratégias de aprendizagem cognitivas e metacognitivas.

Este livro – sem dúvida, um dos maiores clássicos da Antropologia – tem como fundamento catorze anos de trabalho de campo e vinte e cinco anos de trabalho profissional. Isto poderia significar pouco se o nome da autora não fosse Margaret Mead. Aliam-se, pois, nesta obra, o gênio indiscutível da renomada antropóloga e o trabalho exaustivo de longos anos.

Em muitos sentidos, O Livro Vermelho é um resumo de como Jung deixou de ser freudiano e se tornou junguiano. É um relato de sua crise de meia-idade e sua transição para ser o pensador independente que ele seria durante o resto de sua vida. É uma história pessoal. Além disso, o livro pode ser visto como fundamento para as teorias que viriam nos escritos e seminários posteriores de Jung. Mas isso é tudo? (Da obra)

Esta importante introdução à etnografia foi inteiramente atualizada e substancialmente reescrita. O volume oferece uma introdução sistemática aos princípios e à prática da etnografia, incluindo um capítulo novo sobre a'Etnografia no mundo digital'. Os autores argumentam que a etnografia deve ser entendida como um processo reflexivo. Isso implica reconhecer que a pesquisa social faz parte do mundo que ela estuda, e exige que os/as pesquisadores/as reflitam sobre como eles/as moldam seus da dose sua análise. (Da obra)