Antecedentes: O perfil de um doente frágil corresponde a uma pessoa idosa, com multimorbilidade, um estado de saúde instável e frequentemente incapacitado. A fragilidade é uma entidade clínica progressiva que pode ser prevenida e tratada, e apresenta-se como uma preocupação e uma prioridade em saúde. Para o seu diagnóstico é essencial ter disponível um instrumento válido, confiável, de fácil aplicação e que possa prever o risco de resultados adversos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo central identificar instrumentos especificamente desenvolvidas para avaliar e estratificar a fragilidade entre idosos a partir de informações colhidas pelos profissionais de saúde e identificar aquela que seja mais fácil de usar, segundo critérios estabelecidos pelas Normas de Consensos para a seleção de instrumentos de medida em saúde. (COSMIN) Metodologia: A revisão bibliográfica efetuada no período compreendido entre dia 1 de janeiro de 2013 e 1 de janeiro de 2018. A investigação foi conduzido por dois investigadores, de acordo com os Itens de Relatórios Preferenciais para Revisões Sistemáticas (PRISMA). Foram utilizadas a base de dados da Medline, PubMed, da Embase, da LILACS e da Cochrane Library sem restrição de idioma, definidos e organizados os descritores. Foi usado o PICO (Population Implementation Comparador Outcomes). Foram definidos á priori os critérios a serem seguidos, em relação ao tipo de estudos, medidas de diagnostico, á seleção, tamanho da amostra e á presença de vieses. As principais características de cada instrumento foram estudadas, avaliando sua potencial utilização clínica. Resultados: Dos 881 artigos selecionados, foram identificados 16 estudos com 26 ferramentas de avaliação de fragilidade. As ferramentas foram classificadas como uni e multidimensional. Os instrumentos unidimensionais são orientados para o domínio físico e da funcionalidade e estado biológico / fisiológico, enquanto as avaliações multidimensionais, baseiam-se na análise das interações dos domínios físico, psicológico e social do funcionamento humano. Foram estudados e comparadas 9 instrumentos, dos quais apenas 3 são clínicos e destes, 2 estratificam a fragilidade. Conclusão: Ainda não existe internacionalmente uma medida padrão e consensual para avaliar a fragilidade; algumas medidas são mais adequadas para rastreio nos hospitais e outras na comunidade. Os domínios que observamos nos instrumentos estudados, são de principalmente uni (físicos/ clínicos) e multidimensional (cognitivo, psicológico, social e ambiental). Dada a complexidade do diagnóstico da fragilidade e do idoso, recomenda-se o uso conjunto de ferramentas físicas e de triagem multidisciplinar.