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When considering metalanguage activity, the fact of "reported discourse" is encompassed within the broader field of "representation of other discourse", in which the discourse in progress represents another discourse. While the relationship thus established is traditionally considered at the level of statements, through the realizations of the various modes of representation of the other discourse (direct discourse, indirect discourse, bivocal discourse, autonymic borrowing modalization, second assertion modalization), this article proposes to examine the articulation between a representing unit and a represented unit at the level of the text. It shows how the representation of the other discourse can appear as a primary defining criterion for a variety of discourse genres (summary, press review, pastiche...) thus brought together in a generic space. Finally, he sets out to delimit a specific zone within this space, bringing together genres in which the representing discourse has the property of substituting or "taking the place of" the represented discourse, provided it obeys social and institutional prescriptions, such as the genres of the "minutes" or the "report of meeting".

O texto trata dos enlaces entre linguística e escrita: dos laços opacificantes não como insucessos ou ajustamentos da interação, mas como pontos sensíveis no avanço do dizer onde, para o enunciador, aflora a linguagem, a consistência e a resistência da língua. Demonstra-se que há uma unidade fundante da atividade linguageira que repousa sobre a materialidade da língua e a relação humana com a linguagem. Assim, textos literários, entre outros, dizem coisas essenciais ao linguista da enunciação sobre a linguagem e a relação de uma escrita com o campo da prática linguageira comum, da qual ela se distingue, mas no seio da qual emerge a ligação profunda à experiência humana, fundante, da linguagem.

O texto trata dos enlaces entre linguística e escrita: dos laços opacificantes não como insucessos ou ajustamentos da interação, mas como pontos sensíveis no avanço do dizer onde, para o enunciador, aflora a linguagem, a consistência e a resistência da língua. Demonstra-se que há uma unidade fundante da atividade linguageira que repousa sobre a materialidade da língua e a relação humana com a linguagem. Assim, textos literários, entre outros, dizem coisas essenciais ao linguista da enunciação sobre a linguagem e a relação de uma escrita com o campo da prática linguageira comum, da qual ela se distingue, mas no seio da qual emerge a ligação profunda à experiência humana, fundante, da linguagem.

Não existe lugar exterior à linguagem a partir do qual pudéssemos tomá-la, sentido e enunciação, por objeto, mas existe, do interior da linguagem e do dizer, retorno reflexivo do enunciador às suas próprias palavras; há um estrato metalingüístico, no qual se inscreve o movimento reflexivo, aquele estrato do dizer que se volta sobre nossas palavras através de outras palavras mais. Discreto ou invasivo, esse acompanhamento meta-enunciativo merece especial atenção por conta do lugar particular que ocupa na economia enunciativa e pela maneira singular como cada dizer negocia essa distância que lhe é intrínseca: esse “alcance suplementar” da meta-enunciação faz ecoar zonas profundas da enunciação, engrenagens íntimas do modo, próprio a cada um de nós, de “colocarmo-nos” na linguagem e suas não-coincidências. Neste artigo, serão evocadas algumas das propriedades – formais, enunciativas – desses “acontecimentos de enunciação” que constituem, no fio do dizer, as voltas reflexivas; serão expostas as divergências de tratamento dos fatos meta-enunciativos; proceder-se-á a uma abordagem meta-enunciativo debruçandose de modo mais preciso, sobre uma das tonalidades metaenunciativas oferecidas pela língua: aquela – de múltiplas nuances – da modalidade irrealizante do dizer, que consiste em um dizer de X que se faz do modo – auto-representado – de não se fazer.