A experiência é apenas um estado instantâneo de impressão sensível nisso que tem a experiência. Esta expressão resume a substância epistemológica do que constitui a posição empiricista polarizada na forma de pensamento paradigmatizada por David Hume e acriticamente aceite por Immanuel Kant. Tal posição, ao invés da tese aristotélica, impede qualquer modo trans-sensível, logo, trans-material de pensamento. A metafísica torna-se impossível. Kant procura ultrapassar esta impossibilidade através da criação de uma construção lógico-epistemológica que designa como arquitectónica transcendental. O mundo em que o transcendentalismo kantiano pôs a intelectualidade a viver é um mundo reduzido a um jogo lógico, insubstante para além de si próprio, num solipsismo que condena o ser humano a viver definitivamente alienado de uma realidade que não seja a de seu próprio pensamento. A sua proposta de superação deste novo impasse através de uma teoria da acção cai na contradição de postular teoricamente algo que a razão nunca pode postular, pois não há ou pode haver qualquer referência empírica. A verdade da razão teórica impede a verdade quer da razão prática quer da razão estética., Experience is just an instantaneous state of sensitive impression occurring within that which has that experience. Thus may be resumed the epistemological substance of that which constitutes the empiricist stand polarized in the form of thought whose paragon is David Hume and that was non-critically accepted by Immanuel Kant. Such position, contrary to the Aristotelian thesis, prevents any trans-sensitive, thus, trans-material, mode of thought. Metaphysics becomes impossible. Kant procures to overcome this impossibility through the creation of a logic-epistemological construction that he designates as transcendental architectonics. The world within which Kantian transcendentalism obliged the intellectuality to live is a world reduced to a logic game, lacking any substance other than itself, a solipsism that condemns the human being to living definitely alienated from a reality different from the one of the mere thought. His overcoming proposal for this new standstill by means of a new theory of action labours in the contradiction of theoretically postulating something that reason can never postulate for there is not and there cannot be any empirical reference. The truth of theoretical reason prevents the truth of practical or aesthetical reason.