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Este artigo é uma reflexão sobre a questão da mulher no sistema prisional brasileiro, tendo como base dados levantados para uma pesquisa de pós-doutoramento realizada na Universidade Federal de Ouro Preto. Tem como objetivo discutir, por meio da perspectiva sócio-histórica e dos direitos humanos, a questão da invisibilidade da mulher em privação de liberdade. O corpus da pesquisa foi obtido por meio da pesquisa bibliográfica e da análise de documentos. Concluímos que o modelo do sistema penitenciário brasileiro vive um esgotamento refletindo nas realidades das unidades prisionais, seja pelo aumento significativo da população carcerária, seja pelo descaso que os governos têm com mulheres e homens presos em suas ações.

O presente artigo apresenta reflexões sobre a extensão universitária e problematiza sua possível relação com o sistema prisional. Tratam-se de reflexões que integram tese de doutorado, defendida em 2017, cujo foco foi a investigação da responsabilidade da universidade pública no contexto da educação em prisões. A extensão é eixo integrante do tripé indissociável da universidade, composto também por ensino e pesquisa, e caracteriza-se como um elo da universidade com a sociedade em geral. O sistema prisional brasileiro, por sua vez, é composto majoritariamente por pessoas jovens, marcado por uma seletividade socioeconômica e racial, com demandas por acesso a direitos fundamentais, como é o caso da educação. Nesse contexto, a partir de uma revisão bibliográfica e com base na legislação vigente, discutiremos os objetivos da extensão universitária e suas possibilidades junto ao sistema prisional brasileiro.