Consoante preconiza a Teoria da Regulação Econômica, o lobbying corporativo é considerado um investimento produtivo para as empresas que procuram influenciar a legislação e as políticas públicas. A atividade política corporativa pode gerar benefícios para a organização, porém, na presença de conflitos de agência, essa vantagem é muitas vezes neutralizada pelos custos de agência suportados pelos acionistas. Por vezes, a remuneração excessiva é oferecida pelo principal em troca do compromisso do agente para com a criação de riqueza dos acionistas. Neste estudo, avalia-se a associação entre o lobbying corporativo, a remuneração do Chief Executive Officer e o desempenho empresarial, em 238 empresas com ações negociadas na New York Stock Exchange, abrangendo o quadriênio 2014-2017. As análises de regressão revelam que o lobbying corporativo está positivamente associado à remuneração do Chief Executive Officer e negativamente associado ao desempenho corporativo, sugerindo a ocorrência de custos de agência resultantes daquela prática. Segundo a amostra do estudo, em tais cenários, o lobbying corporativo não melhora o desempenho nem gera benefícios para os acionistas, mas serve como ferramenta pessoal e política para a autopromoção do gestor.