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Gamificação, aplicação de mecanismos de jogos em tarefas rotineiras, é definida por sua proposta de transformar a experiência cotidiana em um jogo, com o intuito de motivar reações positivas sobre tarefas, podendo relacionar recompensas físicas ou virtuais à efetivação delas, assim podendo despertar engajamento entre os participantes (VIANNA et al, 2013). Como parte do processo de levantamento de dados para o desenvolvimento do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) – subprojeto de inglês, foram aplicados 102 questionários a discentes do Colégio Estadual Jackson de Figueiredo, escola pública onde atuamos como bolsistas de iniciação à docência e de coordenação de área. As respostas obtidas mostraram que seria interessante implementar práticas de gamificação nas aulas de inglês desta escola pública. Decidiu-se então pela realização de uma competição (gincana), por se adequar aos conceitos de gamificação e possibilitar uma prática que também dialogava com os conteúdos já planejados pelo professor da escola. Este texto é um relato prático-reflexivo sobre o ensino de inglês que ocorreu no âmbito do Pibid, tendo como foco a gamificação, a qual mostrou-se uma ferramenta capaz de transformar a relação entre os alunos da escola e o ensino de inglês naquele contexto.

No início da organização deste dossiê temático, pensamos em realizar uma entrevista com pesquisadores especialistas em formação de professores, já que estamos tratando do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e do Residência Pedagógica (RP) cujos objetivos são a formação de professores inicial e continuada, considerando, respectivamente, os estudantes da graduação em Letras e os professores da educação básica e das universidades. Entretanto, em conversa entre os organizadores, sentíamos a necessidade de escutar os especialistas que atuam diariamente no ‘chão da escola’ e que, por muitas vezes, têm suas vozes silenciadas nos debates sobre a educação básica.