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Esta réplica busca refletir sobre o artigo “Neofascism in Brazil, from local to global?” a partir dos comentários de Camilo López Burian, Carles Viñas Garcia, David Magalhães, Fábio Gentile, Gisela Pereyra Doval & Gastón Souroujon, Janaína Martins Cordeiro e Larissa Jacheta Riberti. A estrutura da réplica está divida em três pontos fundamentais: a questão das categorias de análise e conceitos mobilizados, a expansão e estrutura do neofascismo no Brasil, as possibilidades historiográficas a partir de questões comparadas, transnacionais e do campo de estudo sobre as direitas.

O texto pretende fazer algumas considerações sobre o neofascismo brasileiro como fenômeno “tardio” no contexto global da galáxia neofascista contemporânea.

Este artigo consiste em um diálogo com o Odilon Caldeira Neto, com base no artigo de sua autoria “O Neofascismo no Brasil, local ou global?”, publicado na seção debate da revista Esboços. Duas reflexões são propostas neste breve comentário: primeiramente, procuro inserir as organizações de extrema direita brasileira dentro de um quadro mais amplo e complexo de transnacionalização que se opera no Sistema Internacional com a intensificação da globalização, valendo-me de uma literatura no campo das Relações Internacionais; (ii) No contexto do surgimento da nova direita brasileira, problematizo o enquadramento de alguns atores como neofascistas, dada a estratégia de metapolitização adotada por diversas organizações ultradireitistas no Brasil.

O presente artigo constitui um breve comentário a respeito do artigo do historiador Odilon Caldeira Neto, intitulado O neofascismo no Brasil, do local ao global?. Sob este aspecto, o texto procura inserir a proposta do autor em um debate historiográfico mais amplo a respeito do crescimento dos estudos sobre as direitas e, particularmente, sobre as extremas-direitas, tanto no cenário brasileiro como internacional. Em seguida, discuto o argumento do autor a respeito da passagem de uma história local dos movimentos neofascistas no Brasil para uma perspectiva global, propondo também a hipótese de uma história conectada dos grupos neofascistas desde a segunda metade do século XX.

Comentário ao texto de Odilon Caldeira Neto.