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Considerada uma afecção dermatológica muito frequente e comum na rotina clínica de Médicos Veterinários, a Piodermite Superficial Canina (PSC) é classificada como uma infecção de origem bacteriana, onde o agente Staphylococcus pseudintermedius está envolvido em mais de 90% dos casos como patógeno causador de tal distúrbio. Visto que nos últimos anos a resistência bacteriana vem aumentando exponencialmente, principalmente no que diz respeito ao uso indevido dos antimicrobianos, faz-se necessário novas abordagens terapêuticas para o tratamento da PSC, sendo esta uma das afecções de pele onde ocorre maior prescrição de antibioticoterapia sistêmica, seja como uma doença recorrente em cães com histórico de dermatite atópica, ou em cães sem atopia. As técnicas de diagnósticos comumente empregadas para esses casos são a associação dos sinais clínicos (anamnese) juntamente com os achados citológicos. Sendo observadas bactérias cocoides com células inflamatórias, preconiza-se a utilização de cultura bacteriana para confirmação do diagnóstico. No que diz respeito ao protocolo terapêutico a ser estabelecido, são fundamentais a avaliação da resistência bacteriana através de testes de sensibilidade e a expressão de seus genes de resistência, visto que muitas bactérias causadoras da piodermite apresentam alto potencial zoonótico, desencadeando assim um problema não somente na medicina veterinária, como também na saúde pública. Sendo assim, é essencial a disseminação de informações relevantes sobre o agente, o controle e a profilaxia dessa patologia, bem como a orientação de profissionais acerca da terapêutica mais adequada para os pacientes acometidos, evitando sucessivos tratamentos indevidos, e que possam acarretar resistência bacteriana grave no contexto das doenças da pele canina.