1. Micotoxinas na dieta de bovinos de corte: revisão
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Charles Kiefer, Karina Márcia Ribeiro de Souza, A. I. Bento, Marcelo Vedovatto, and Gumercindo Loriano Franco
- Subjects
Ochratoxin A ,Patulin ,chemistry.chemical_compound ,Rumen ,Aflatoxin ,chemistry ,Fumonisin ,General Medicine ,Food science ,Beef cattle ,Biology ,Mycotoxin ,Zearalenone - Abstract
Esta revisão foi realizada com o objetivo de fazer um breve histórico, caracterizar, descrever as alterações metabólicas, sinais clínicos, métodos de prevenção, controle e detoxificação das principais micotoxinas consumidas por bovinos de corte. Após a descoberta da aflatoxina e dos problemas que esta pode causar para os animais e também em humanos, principalmente câncer, as pesquisas científicas aumentaram ano após ano, e hoje são descritos mais de 18000 metabólitos secundários produzidos por fungos, porém os mais estudados são: aflatoxinas, ocratoxina A, tricotecenos, zearalenona, patulina, fumonisina e alcaloides de Ergot. Os ruminantes de uma forma geral necessitam de maiores concentrações de micotoxinas na dieta quando comparados aos monogástricos para apresentarem sintomas clínicos de intoxicação. Isso acontece pelo fato de que algumas de micotoxinas podem ser parcialmente ou totalmente degradadas pelos microrganismos ruminais. Porém, a fermentação ruminal não resulta necessariamente em inativação da toxina, e a extensão da metabolização depende além do tipo de micotoxina consumida, da espécie animal, idade, sexo, raça, tipo de dieta e consequentemente dos tipos de microrganismos que habitam o rúmen. Além disso, algumas micotoxinas possuem ação antimicrobiana, e podem alterar negativamente o metabolismo ruminal. A presença de micotoxinas na dieta pode afetar além da saúde o desempenho produtivo e reprodutivo o que pode levar a altas perdas econômicas. Assim os sistemas de produção de alimentos para bovinos devem adotar práticas agrícolas que minimizem a produção desses metabólitos.
- Published
- 2020
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