Veloso, Wendell dos Reis, Berriel, Marcelo Santiago, Teixeira, Igor Salom?o, Lopes, F?bio Henrique, Silva, Daniele Gallindo Gon?alves, Silva, Paulo Duarte, and Fortes, Carolina Coelho
Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2021-11-23T18:52:08Z No. of bitstreams: 1 2019 - Wendell dos Reis Veloso.pdf: 6147066 bytes, checksum: 74d124900984b30d46b4f53ccbacce85 (MD5) Made available in DSpace on 2021-11-23T18:52:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2019 - Wendell dos Reis Veloso.pdf: 6147066 bytes, checksum: 74d124900984b30d46b4f53ccbacce85 (MD5) Previous issue date: 2019-05-10 CAPES - Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior This thesis has as main goals to analyze the creation of a sexuality, which I denominate of divine sexuality, from five controversial treatises attributed to Augustine (354-430), bishop of the region of Hippo in North Africa (395-430 ). The treatises written between the fourth and fifth centuries and understood as a discursive field are De Vera Religione, Confessiones, De Bonno Coniugalli, De Sancta Virginitate and De Civitate Dei, which were analyzed through a historical hermeneutics and presuppositions of Discourse Analysis . The argument developed throughout the thesis is that at the moment of systematizing the Christian religion as a system of beliefs and practices adopted voluntarily, Bishop Augustine of Hippo, anchored by the pastoral power, proposed a christian identity that, from the contact with neoplatonism, it was proposed to be stable, substantial and fixed in contrast to the multiple identities, which were in stand by mode to be triggered according to circumstance. It is the attempt to impose a hierarchical identity on one that is structured in lateral arrangements. In this context, the elements linked to sexuality were used by the Bishop of Hippo as identity tracer, so that, influenced by Michel Foucault, I propose that the device of Augustinian sexuality creates the divine sexuality that should characterize in a permanent way the catholic christian identity orchestrated by the bishop of Hippo. That is to say, considering that a considerable part of the pastoral power comes from the fight against religious dissent, the augustinian sexuality device fictionalizes the governmental rationalities of the episcopate exerted by Augustine in forging a sexuality oriented towards the continence, that antagonizes to the pleasure and proposes itself fixed and natural. This divine sexuality was antagonistic to the plastic sexuality (pleasure-oriented) that characterized the traditional communities of the Roman Empire. Esta tese tem como objetivo principal analisar a cria??o de uma sexualidade, a qual eu denomino de sexualidade divina, a partir de cinco tratados pol?micos atribu?dos a Aur?lio Agostinho (354-430), bispo da regi?o de Hipona no Norte da ?frica (395-430). Os tratados escritos entre os s?culos IV e V e entendidos como campo discursivo, s?o, De Vera Religione, Confessiones, De Bonno Coniugalli, De Sancta Virginitate e De Civitate Dei, os quais foram analisados atrav?s de uma hermen?utica hist?rica e pressupostos da An?lise de Discurso. O argumento desenvolvido ao longo da tese ? que em momento de sistematiza??o da religi?o crist? como um sistema de cren?as e pr?ticas adotadas voluntariamente o bispo Agostinho de Hipona prop?s uma identidade crist? espec?fica. Esta, ancorada no poder pastoral e no contato com o neoplatonismo, propunha-se est?vel, substanciosa e fixa em contraposi??o ?s identidades m?ltiplas que ficavam em modo de espera para ser acionadas de acordo com a circunst?ncia. Tratou-se da imposi??o de uma identidade baseada em hierarquia sobre uma que se estruturava em arranjos laterais. Neste contexto, os elementos ligados ? sexualidade foram utilizados pelo hiponense como demarcador identit?rio, de modo que, influenciado por Michel Foucault, defendo que o dispositivo de sexualidade agostiniano cria a sexualidade divina que deveria caracterizar de modo permamente a identidade crist? cat?lica orquestrada pelo bispo de Hipona. Ou seja, entendendo que parte consider?vel do poder pastoral adv?m do combate ? dissid?ncia religiosa, o dispositivo de sexualidade agostiniano ficcionaliza as racionalidades governativas do episcopado exercido por Agostinho ao forjar uma sexualidade orientada para a contin?ncia, a qual se antagoniza ao prazer e se prop?e fixa e natural. Esta sexualidade divina se antagonizava ? sexualidade pl?stica (orientada para o prazer) que caracterizava ?s comunidades tradicionais do Imp?rio Romano.