22 results on '"Milagros Lopez"'
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2. Results with allo-SCT in patients with relapsed/refractory HL treated with anti-PD-1, a multicenter retrospective cohort study: subcommittee of transplantation and cellular therapy (GATMO-TC) of the Argentinian Hematology Society (SAH)
- Author
-
Fernando Warley, Mariano Berro, Silvina Palmer, Martin Castro, Gonzalo Ferini, Milagros Lopez Orozco, Victoria Otero, Jorge Arbelbide, Cecilia Foncuberta, Sebastián Yantorno, and Ana Basquiera
- Subjects
Cancer Research ,Oncology ,Hematology - Published
- 2022
3. Albendazole solid dispersions against alveolar echinococcosis: a pharmacotechnical strategy to improve the efficacy of the drug
- Author
-
José María Bermudez, Patricia Eugenia Pensel, Julia Fabbri, Analia Simonazzi, María Celina Elissondo, Lurdes Milagros Lopez, Santiago Daniel Palma, and Clara María Albani
- Subjects
0301 basic medicine ,Drug ,media_common.quotation_subject ,030231 tropical medicine ,albendazole ,Antiprotozoal Agents ,Alveolar echinococcosis ,Poloxamer ,Biology ,Pharmacology ,Albendazole ,Echinococcus multilocularis ,Mice ,03 medical and health sciences ,solid dispersions ,0302 clinical medicine ,Pulmonary surfactant ,Echinococcosis ,In vivo ,medicine ,Animals ,media_common ,Drug Carriers ,purl.org/becyt/ford/3.1 [https] ,030108 mycology & parasitology ,biology.organism_classification ,Infectious Diseases ,alveolar echinococcosis ,Poloxamer 407 ,purl.org/becyt/ford/3 [https] ,Female ,Animal Science and Zoology ,Parasitology ,poloxamer ,Research Article ,medicine.drug - Abstract
Alveolar echinococcosis is a neglected parasitic zoonosis caused by Echinococcus multilocularis. The pharmacological treatment is based on albendazole (ABZ). However, the low water solubility of the drug produces a limited dissolution rate, with the consequent failure in the treatment of the disease. Solid dispersions are a successful pharmacotechnical strategy to improve the dissolution profile of poorly water-soluble drugs. The aim of this work was to determine the in vivo efficacy of ABZ solid dispersions using poloxamer 407 as a carrier (ABZ:P407 solid dispersions (SDs)) in the murine intraperitoneal infection model for secondary alveolar echinococcosis. In the chemoprophylactic efficacy study, the ABZ suspension, the ABZ:P407 SDs and the physical mixture of ABZ and poloxamer 407 showed a tendency to decrease the development of murine cysts, causing damage to the germinal layer. In the clinical efficacy study, the ABZ:P407 SDs produced a significant decrease in the weight of murine cysts. In addition, the SDs produced extensive damage to the germinal layer. The increase in the efficacy of ABZ could be due to the improvement of water solubility and wettability of the drug due to the surfactant nature of poloxamer 407. In conclusion, this study is the basis for further research. This pharmacotechnical strategy might in the future offer novel treatment alternatives for human alveolar echinococcosis. Fil: Fabbri, Julia. Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Biología. Laboratorio de Zoonosis Parasitarias; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Pensel, Patricia Eugenia. Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Biología. Laboratorio de Zoonosis Parasitarias; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Albani, Clara Maria. Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Biología. Laboratorio de Zoonosis Parasitarias; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Lopez, Lurdes Milagros. Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Biología. Laboratorio de Zoonosis Parasitarias; Argentina Fil: Simonazzi, Analía. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Bermudez, José María. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Palma, Santiago Daniel. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina Fil: Elissondo, María Celina. Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Biología. Laboratorio de Zoonosis Parasitarias; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - Mar del Plata; Argentina
- Published
- 2020
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4. Effects of temperature and demography on the phenology of loggerhead sea turtles in Brazil
- Author
-
Marc Girondot, Alexsandro Santana dos Santos, Paulo H. Lara, Jonathan Monsinjon, Mmpb Fuentes, Mag dei Marcovaldi, and Milagros Lopez
- Subjects
Phenotypic plasticity ,Ecology ,Phenology ,Ectotherm ,Climate change ,Aquatic Science ,Biology ,Ecology, Evolution, Behavior and Systematics - Published
- 2019
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5. Avaliação do estado de conservação da tartaruga marinha Lepidochelys olivacea (Eschscholtz, 1829) no Brasil
- Author
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Alexsandro Santana dos Santos, César Augusto Coelho, Jaqueline Comin de Castilhos, Erik Allan Pinheiro dos Santos, Milagros Lopez, Maria Ângela Marcovaldi, and Jamyle Freitas Argolo
- Subjects
General Medicine - Abstract
Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Lepidochelys olivacea (Eschscholtz, 1829) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Em perigo (EN)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Lepidochelys olivacea tem distribuição circunglobal. A área prioritária de desova desta espécie no Brasil está localizada entre o litoral sul do estado de Alagoas e o litoral norte da Bahia com maior densidade de desovas no estado de Sergipe. Juvenis e adultos ocorrem em áreas costeiras e oceânicas desde o Rio Grande do Sul até o Pará, e em águas internacionais adjacentes à zona econômica exclusiva do Brasil. Este táxon é altamente migratório. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 km. São carnívoros durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para L.olivacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, destacando-se a alta mortalidade de fêmeas adultas que ocorre no entorno das áreas de reprodução. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial ou “shifting baseline syndrome” é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, levando potencialmente a subestimativas da redução populacional (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. A espécie apresenta ciclo de vida longo. Estudo mostra para que para o Pacífico, esta espécie atinge a maturidade sexual entre 10 e 18 anos, o que permite a estimativa de tempo geracional em 20 anos. Porém, para outras regiões não se conhece o período de tempo referente a uma geração, mas é provável que três gerações não ultrapassem 100 anos. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 15 e 36 anos). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem um potencial de área de desova e abundância nas áreas remanescentes maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Estudos genéticos comprovam a ocorrência de híbridos: existe alta proporção de hibridismo entre tartarugas da espécie Caretta caretta e Lepidochelys olivacea, não sendo ainda entendidas as causas e implicações deste fato, e seu impacto na diversidade genética e identificação destas espécies. A ocorrência de hibridização interespecífica pode acarretar sérias conseqüências para as espécies envolvidas e é de suma importância para sua conservação. Mantém-se a categoria EN, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (sul de Alagoas ao norte da Bahia) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado . A morte de fêmeas reprodutivas em frente às praias de desova também contribui para esta categorização. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing), – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Lepidochelys olivacea (Eschscholtz, 1829) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Em perigo (EN)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Lepidochelys olivacea tem distribuição circunglobal. A área prioritária de desova desta espécie no Brasil está localizada entre o litoral sul do estado de Alagoas e o litoral norte da Bahia com maior densidade de desovas no estado de Sergipe. Juvenis e adultos ocorrem em áreas costeiras e oceânicas desde o Rio Grande do Sul até o Pará, e em águas internacionais adjacentes à zona econômica exclusiva do Brasil. Este táxon é altamente migratório. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 km. São carnívoros durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para L.olivacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, destacando-se a alta mortalidade de fêmeas adultas que ocorre no entorno das áreas de reprodução. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial ou “shifting baseline syndrome” é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, levando potencialmente a subestimativas da redução populacional (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. A espécie apresenta ciclo de vida longo. Estudo mostra para que para o Pacífico, esta espécie atinge a maturidade sexual entre 10 e 18 anos, o que permite a estimativa de tempo geracional em 20 anos. Porém, para outras regiões não se conhece o período de tempo referente a uma geração, mas é provável que três gerações não ultrapassem 100 anos. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 15 e 36 anos). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem um potencial de área de desova e abundância nas áreas remanescentes maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Estudos genéticos comprovam a ocorrência de híbridos: existe alta proporção de hibridismo entre tartarugas da espécie Caretta caretta e Lepidochelys olivacea, não sendo ainda entendidas as causas e implicações deste fato, e seu impacto na diversidade genética e identificação destas espécies. A ocorrência de hibridização interespecífica pode acarretar sérias conseqüências para as espécies envolvidas e é de suma importância para sua conservação. Mantém-se a categoria EN, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (sul de Alagoas ao norte da Bahia) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado . A morte de fêmeas reprodutivas em frente às praias de desova também contribui para esta categorização. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing), – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Lepidochelys olivacea (Eschscholtz, 1829) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Em perigo (EN)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Lepidochelys olivacea tem distribuição circunglobal. A área prioritária de desova desta espécie no Brasil está localizada entre o litoral sul do estado de Alagoas e o litoral norte da Bahia com maior densidade de desovas no estado de Sergipe. Juvenis e adultos ocorrem em áreas costeiras e oceânicas desde o Rio Grande do Sul até o Pará, e em águas internacionais adjacentes à zona econômica exclusiva do Brasil. Este táxon é altamente migratório. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 km. São carnívoros durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para L.olivacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, destacando-se a alta mortalidade de fêmeas adultas que ocorre no entorno das áreas de reprodução. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial ou “shifting baseline syndrome” é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, levando potencialmente a subestimativas da redução populacional (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. A espécie apresenta ciclo de vida longo. Estudo mostra para que para o Pacífico, esta espécie atinge a maturidade sexual entre 10 e 18 anos, o que permite a estimativa de tempo geracional em 20 anos. Porém, para outras regiões não se conhece o período de tempo referente a uma geração, mas é provável que três gerações não ultrapassem 100 anos. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 15 e 36 anos). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem um potencial de área de desova e abundância nas áreas remanescentes maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Estudos genéticos comprovam a ocorrência de híbridos: existe alta proporção de hibridismo entre tartarugas da espécie Caretta caretta e Lepidochelys olivacea, não sendo ainda entendidas as causas e implicações deste fato, e seu impacto na diversidade genética e identificação destas espécies. A ocorrência de hibridização interespecífica pode acarretar sérias conseqüências para as espécies envolvidas e é de suma importância para sua conservação. Mantém-se a categoria EN, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (sul de Alagoas ao norte da Bahia) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado . A morte de fêmeas reprodutivas em frente às praias de desova também contribui para esta categorização. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing), – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações.
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6. Avaliação do estado de conservação da tartaruga marinha Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) no Brasil
- Author
-
Claudio Belini, Alexsandro Santana dos Santos, Luciano Soares, Maria Ângela Marcovaldi, Gustave G. Lopez, and Milagros Lopez
- Subjects
General Medicine - Abstract
Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Eretmochelys imbricata é encontrada circunglobalmente, em águas tropicais e numa menor extensão, em águas subtropicais. No Brasil, as áreas prioritárias de reprodução de Eretmochelys imbricata são o litoral norte da Bahia e Sergipe; e o litoral sul do Rio Grande do Norte. Sendo a mais tropical das espécies de tartarugas marinhas, as áreas de alimentação conhecidas deste táxon conhecidas no Brasil, são as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha-PE e Atol das Rocas-RN, havendo evidências de que o banco dos Abrolhos-BA seja uma importante área de alimentação. Há ainda ocorrência na reserva biológica do Arvoredo/SC e também na Ilha de Trindade/ES. A principal ameaça para E. imbricata no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, principalmente para exploração e comércio do casco, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas de pente são capturadas incidentalmente, principalmente em redes costeiras de emalhe e lagosteira. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária equivocada de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial, ou “shifting baseline syndrome”, é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, e que pode levar a subestimativas de perdas (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 35 e 45 anos, no mínimo). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e a abundância nas áreas remanescentes deve ser maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (norte da Bahia, Sergipe e sul do Rio Grande do Norte) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Eretmochelys imbricata é encontrada circunglobalmente, em águas tropicais e numa menor extensão, em águas subtropicais. No Brasil, as áreas prioritárias de reprodução de Eretmochelys imbricata são o litoral norte da Bahia e Sergipe; e o litoral sul do Rio Grande do Norte. Sendo a mais tropical das espécies de tartarugas marinhas, as áreas de alimentação conhecidas deste táxon conhecidas no Brasil, são as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha-PE e Atol das Rocas-RN, havendo evidências de que o banco dos Abrolhos-BA seja uma importante área de alimentação. Há ainda ocorrência na reserva biológica do Arvoredo/SC e também na Ilha de Trindade/ES. A principal ameaça para E. imbricata no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, principalmente para exploração e comércio do casco, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas de pente são capturadas incidentalmente, principalmente em redes costeiras de emalhe e lagosteira. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária equivocada de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial, ou “shifting baseline syndrome”, é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, e que pode levar a subestimativas de perdas (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 35 e 45 anos, no mínimo). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e a abundância nas áreas remanescentes deve ser maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (norte da Bahia, Sergipe e sul do Rio Grande do Norte) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) (Cheloniidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2abcde, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. Eretmochelys imbricata é encontrada circunglobalmente, em águas tropicais e numa menor extensão, em águas subtropicais. No Brasil, as áreas prioritárias de reprodução de Eretmochelys imbricata são o litoral norte da Bahia e Sergipe; e o litoral sul do Rio Grande do Norte. Sendo a mais tropical das espécies de tartarugas marinhas, as áreas de alimentação conhecidas deste táxon conhecidas no Brasil, são as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha-PE e Atol das Rocas-RN, havendo evidências de que o banco dos Abrolhos-BA seja uma importante área de alimentação. Há ainda ocorrência na reserva biológica do Arvoredo/SC e também na Ilha de Trindade/ES. A principal ameaça para E. imbricata no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, principalmente para exploração e comércio do casco, o que não acontece mais nas áreas prioritárias de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas de pente são capturadas incidentalmente, principalmente em redes costeiras de emalhe e lagosteira. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginária equivocada de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea destas análises. A síndrome da mudança de referencial, ou “shifting baseline syndrome”, é conhecida como o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado, e que pode levar a subestimativas de perdas (Bjorndal 1999). Considera-se que o índice de abundância populacional mais adequado para as tartarugas-marinhas seja o número de ninhos em cada temporada. Desta forma, o aumento no número de ninhos observado nos últimos anos representa um indício de aumento no tamanho populacional. No entanto, apesar de promissora, acredita-se que essa recuperação é insignificante em relação ao tamanho populacional no passado. Adicionalmente, características da estratégia de vida das tartarugas marinhas como a maturação tardia e ciclo de vida longo tornam a recuperação muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem um tempo geracional para este táxon (estimado entre 35 e 45 anos, no mínimo). Portanto, a recuperação do número de adultos ou do tamanho populacional observado só poderá ser considerada consistente quando a série histórica de dados for mais longa, incluindo várias décadas. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e a abundância nas áreas remanescentes deve ser maior do que a encontrada, indicando desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois além da população brasileira estar isolada, a principal área de ocorrência reprodutiva atual (norte da Bahia, Sergipe e sul do Rio Grande do Norte) é bastante reduzida quando comparada à sua área de ocorrência no passado. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações.
- Published
- 2020
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7. Avaliação do estado de conservação da tartaruga marinha Dermochelys coriacea (Vandelli, 1761) no Brasil
- Author
-
José Carlos Alciati Thomé, Maria Ângela Marcovaldi, Antônio de Pádua Almeida, Milagros Lopez, Alexsandro Santana dos Santos, and Cecília Baptistotte
- Subjects
General Medicine - Abstract
Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) (Dermochelyidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2ab, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. A espécie Dermochelys coriacea é cosmopolita, ocorrendo nos oceanos tropicais e temperados de todo o mundo, chegando próximo de águas sub-árticas. Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo. A espécie apresenta ciclo de vida longo com maturação sexual entre 24,5 e 29 anos, valor estimado para a população que desova no Atlântico norte. É uma espécie altamente migratória. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar até mais de 4.000 km. São carnívoros, alimentando-se de zooplâncton gelatinoso, como celenterados, pyrossomos e salpas durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para D. coriacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas principais de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, quando as desovas em numerosas praias passaram a estar protegidas, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, com destaque para a alta mortalidade em rede de emalhe de deriva. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginaria de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea dos dados. Síndrome da mudança de referencial (“shifting baseline syndrome”) é como se conhece o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado (Bjorndal 1999). Características da estratégia de vida das tartarugas marinhas, como a maturação tardia e ciclo de vida longo, tornam a recuperação populacional muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem ainda um tempo geracional para este táxon. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e de abundância nas áreas remanescentes seja maior do que a encontrada, sugerindo desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois a população brasileira está isolada. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Também possui um número muito baixo de fêmeas (estimada entre 1 e 19) desovando a cada temporada reprodutiva e área de ocorrência reprodutiva prioritária atual restrita somente ao norte do Espírito Santo. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) (Dermochelyidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2ab, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. A espécie Dermochelys coriacea é cosmopolita, ocorrendo nos oceanos tropicais e temperados de todo o mundo, chegando próximo de águas sub-árticas. Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo. A espécie apresenta ciclo de vida longo com maturação sexual entre 24,5 e 29 anos, valor estimado para a população que desova no Atlântico norte. É uma espécie altamente migratória. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar até mais de 4.000 km. São carnívoros, alimentando-se de zooplâncton gelatinoso, como celenterados, pyrossomos e salpas durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para D. coriacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas principais de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, quando as desovas em numerosas praias passaram a estar protegidas, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, com destaque para a alta mortalidade em rede de emalhe de deriva. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginaria de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea dos dados. Síndrome da mudança de referencial (“shifting baseline syndrome”) é como se conhece o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado (Bjorndal 1999). Características da estratégia de vida das tartarugas marinhas, como a maturação tardia e ciclo de vida longo, tornam a recuperação populacional muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem ainda um tempo geracional para este táxon. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e de abundância nas áreas remanescentes seja maior do que a encontrada, sugerindo desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois a população brasileira está isolada. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Também possui um número muito baixo de fêmeas (estimada entre 1 e 19) desovando a cada temporada reprodutiva e área de ocorrência reprodutiva prioritária atual restrita somente ao norte do Espírito Santo. Apresentação e justificativa de categorização O estado de conservação da tartaruga marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) (Dermochelyidae) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2009. Síntese do processo de avaliação das tartarugas marinhas pode ser encontrada em Peres et al., neste número. A categoria proposta para o táxon é “Criticamente em Perigo (CR)” segundo o critério A2ab, ou seja, ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. A espécie Dermochelys coriacea é cosmopolita, ocorrendo nos oceanos tropicais e temperados de todo o mundo, chegando próximo de águas sub-árticas. Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo. A espécie apresenta ciclo de vida longo com maturação sexual entre 24,5 e 29 anos, valor estimado para a população que desova no Atlântico norte. É uma espécie altamente migratória. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar até mais de 4.000 km. São carnívoros, alimentando-se de zooplâncton gelatinoso, como celenterados, pyrossomos e salpas durante todo o ciclo de vida. A principal ameaça para D. coriacea no passado foi a coleta de ovos e o abate de fêmeas, o que não acontece mais nas áreas principais de reprodução. Desde a implantação do Projeto TAMAR/ICMBio em 1982, quando as desovas em numerosas praias passaram a estar protegidas, o desenvolvimento e a ocupação desordenada da zona costeira e a pesca artesanal e industrial aumentaram vertiginosamente – principalmente nos últimos 10-15 anos. As tartarugas-marinhas são capturadas incidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, com destaque para a alta mortalidade em rede de emalhe de deriva. Não existem dados quantitativos comprovados da abundância deste táxon para o período anterior ao levantamento realizado pelo TAMAR entre 1980-82, onde está registrada a interrupção do ciclo de vida desses animais em várias áreas visitadas, devido a um longo histórico de coleta de praticamente todos os ovos e abate de quase todas as fêmeas. Historicamente, a abundância destas populações era enorme. A falta de perspectiva adequada para quantificação ou o uso de uma linha imaginaria de dados iniciais de abundância para o estudo de tendência populacional podem levar a uma interpretação errônea dos dados. Síndrome da mudança de referencial (“shifting baseline syndrome”) é como se conhece o uso de dados de tamanho da população que correspondem ao início das atividades dos pesquisadores e não da sua real abundância no passado (Bjorndal 1999). Características da estratégia de vida das tartarugas marinhas, como a maturação tardia e ciclo de vida longo, tornam a recuperação populacional muito lenta. É possível que os números de desovas observados até o presente não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva. Além disso, os estudos de tendência de população não cobrem ainda um tempo geracional para este táxon. As informações coletadas no levantamento inicial do TAMAR sugerem que o potencial de áreas de desova e de abundância nas áreas remanescentes seja maior do que a encontrada, sugerindo desaparecimento de desovas em várias destas áreas e, nas remanescentes, o declínio acentuado das populações. O TAMAR iniciou suas atividades apenas nas áreas remanescentes com concentração ainda significativa de desova. Mantém-se a categoria CR, pois a população brasileira está isolada. Não há possibilidade de migração de adultos de outras regiões para o Brasil: as tartarugas marinhas são conhecidas por sua alta filopatria (homing) – capacidade das fêmeas de voltarem para se reproduzir na praia onde nasceram, tornando praticamente impossível a recolonização das praias por fêmeas oriundas de outras populações. Também possui um número muito baixo de fêmeas (estimada entre 1 e 19) desovando a cada temporada reprodutiva e área de ocorrência reprodutiva prioritária atual restrita somente ao norte do Espírito Santo.
- Published
- 2020
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8. The combination of carvacrol and albendazole enhanced the efficacy of monotherapy in experimental alveolar echinococcosis
- Author
-
Clara María Albani, Natalia Elissondo, Lurdes Milagros Lopez, Julia Fabbri, Guillermo Gambino, María Celina Elissondo, and Patricia Eugenia Pensel
- Subjects
Veterinary (miscellaneous) ,Alveolar echinococcosis ,Pharmacology ,Albendazole ,Echinococcus multilocularis ,Mice ,chemistry.chemical_compound ,Echinococcosis ,medicine ,Animals ,Effective treatment ,Carvacrol ,Clinical efficacy ,Adverse effect ,Anthelmintics ,biology ,business.industry ,biology.organism_classification ,Treatment period ,Infectious Diseases ,chemistry ,Insect Science ,Cymenes ,Parasitology ,business ,medicine.drug - Abstract
Alveolar echinococcosis is a helminthic zoonosis caused by the larval stage of Echinococcus multilocularis. When surgical resection of the parasite is not feasible, pharmacological treatment with albendazole is the only option. Due to the difficulties in achieving the success of treatment, it is necessary to find new drugs to improve the treatment of this disease. In the present work, the efficacy of carvacrol alone or combined with albendazole was evaluated against E. multilocularis metacestodes. The association of carvacrol with albendazole produced a greater in vitro effect than the compounds incubated separately. The most effective treatment was the combination of 10 μg/ml of carvacrol and 1 μg/ml of albendazole. In the clinical efficacy study, treatment of infected mice with carvacrol (40 mg/kg) and albendazole (25 mg/kg) reduced the weight of metacestodes by 29 % and 50 %, respectively; while the combination of drugs had an efficacy of 83 %. These results coincided with the tissue damage observed at the ultrastructural level. In conclusion, carvacrol and albendazole combination enhanced the efficacy of monotherapy. This strategy would allow to improve the efficacy of the treatment without increasing the doses of albendazole or lengthen the treatment period, reducing the occurrence of adverse effects.
- Published
- 2022
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9. Sex ratio estimates for species with temperature-dependent sex determination differ according to the proxy used
- Author
-
Marc Girondot, Maria A. G. dei Marcovaldi, Milagros Lopez, Mariana M. P. B. Fuentes, Paulo H. Lara, Jonathan Monsinjon, and Alexsandro Santana dos Santos
- Subjects
0106 biological sciences ,education.field_of_study ,Temperature-dependent sex determination ,Ecology ,010604 marine biology & hydrobiology ,Ecological Modeling ,Population ,Climate change ,Biology ,Time step ,010603 evolutionary biology ,01 natural sciences ,Proxy (climate) ,Sexual dimorphism ,Statistics ,education ,Incubation ,Sex ratio - Abstract
Knowledge of the sex ratio of a population is crucial to understand their structure and dynamics. For species, such as marine turtles, with temperature-dependent sex determination, this knowledge provides a baseline in advance of climate change. Determining the primary sex ratio for marine turtle populations is challenging since offspring lack sexually dimorphic external characteristics. Therefore several proxies have been used to estimate the primary sex ratio of marine turtle populations. However, no study to date has compared estimations of sex ratio when using different proxies to determine the most accurate and to detect potential bias. To address this, we estimated the sex ratio of natural loggerhead, Caretta caretta, nests using 8 different proxies: two based on constant temperature equivalent (average of temperature or average temperature weighted by the growth of embryos during each time step) both for three developmental periods (the whole incubation, the middle third of incubation and the middle third of development) as well as two proxies based on incubation duration (duration of the whole incubation and of the middle third of development). Sex ratio estimates differed greatly depending on the proxy being used. Here we discuss the differences among proxies based on the biological relevance of underlying hypotheses and highlight the need for studies to accurately determine the thermosensitive period and to obtain appropriate estimates of embryo growth rate to estimate marine turtle sex ratio.
- Published
- 2017
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10. Spatial analysis (1987-2017) and predictive (2050) of the habitat of the San Martín Titi monkey, Plecturocebus oenanthe Thomas, in the San Martín region, Perú
- Author
-
Katherine Milagros Lopez Alvarez
- Subjects
Primates ,Amazon rainforest ,lcsh:Geography. Anthropology. Recreation ,Titi monkey ,Análisis espacial ,lcsh:G1-922 ,General Medicine ,Geography ,purl.org/pe-repo/ocde/ford#5.07.00 [https] ,lcsh:G ,Amazonía ,Cambio climático ,Distribution model ,Humanities ,lcsh:Geography (General) - Abstract
espanolLa deforestacion en la Amazonia peruana es un grave problema que perjudica a las especies que habitan en ellas; especialmente a especies endemicas, pues poseen un rango de distribucion limitado. En el Peru, una de las tres especies de primates endemicas —el mono tocon de San Martin— ha sido catalogada como en peligro critico de extincion, debido a amenazas como la deforestacion y el cambio climatico. A partir de la premisa anterior, el presente estudio analiza la evolucion del habitat en un periodo comprendido entre 1987 a 2017, asi como el habitat futuro en el ano 2050, en base a tecnicas de analisis espacial, muestreo de puntos de presencia/ausencia y el modelamiento de la distribucion de especies.Los principales resultados arrojan una perdida considerable de cobertura vegetal en el periodo comprendido entre 1987 y 2006, producto de la deforestacion; pero un aumento de superficie vegetal entre 2006 y 2017, ligado al incremento de cultivos permanentes como el cacao y cafe en la region. Asimismo, se logro la adicion de dos nuevas localidades con presencia del primate en la zona norte del area de estudio. Y, finalmente, con la modelacion futura y la informacion de perdida actual de bosques, se evidencia un escenario pesimista para la supervivencia del primate en un futuro bajo la influencia del cambio climatico. EnglishDeforestation in the Peruvian Amazon is a serious problem that harms the species that inhabit it, especially endemic species, since they have a limited range of distribution. Peru has three species of endemic primates. One of them is the San Martin Titi monkey, which has been classified as an animal in critical danger of extinction due to the threats such as deforestation and climate change. Based on the previous premise, the present study focused on the evolution of habitat in a period between 1987 to 2017 and the future habitat in 2050, based on spatial analysis techniques, presence/absence sampling and the modeling of species distribution.The main results showed a considerable loss of coverage in the period between 1987 and 2006, but an increase in plant area between 2006 and 2017. The study also indicates the addition of two new locations of primate presence in the northern area of the study. Finally, with the future distribution model and the information about the current loss of the forests, a pessimistic scenario for the survival of the primate in the future under the influence of climate change is evident.
- Published
- 2019
11. Maladie du huanglongbing: Analyse du risque phytosanitaire pour l’Union européenne
- Author
-
Silvie, Pierre, Cellier, Gilles, Gentzbittel, Laurent, Martin, Pierre, Milagros - Lopez, Maria, Ryckewaert, Philippe, Sauvion, Nicolas, Reignault, Philippe, Balesdent, Marie-Hélène, Castagnone, Philippe, Chauvel, Bruno, Desneux, Nicolas, Desprez Loustau, Marie-Laure, Escobar Gutiérrez, Abraham, Jactel, Hervé, Le Bourgeois, Thomas, Nesme, Xavier, Steyer, Stéphan, Suffert, Frédéric, Verdier, Valérie, Verheggen, François, Wetzel, Thierry, Institut de Recherche pour le Développement (IRD [Bolivie]), Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de l'environnement et du travail (ANSES), Institut National Polytechnique (Toulouse) (Toulouse INP), Université Fédérale Toulouse Midi-Pyrénées, Agroécologie et Intensification Durables des cultures annuelles (UPR AIDA), Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias - Institut Valencià d'Investigacions Agraries - Valencian Institute for agricultural Research (IVIA), Fonctionnement agroécologique et performances des systèmes de cultures horticoles (UPR HORTSYS), Biologie et Génétique des Interactions Plante-Parasite (UMR BGPI), Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Centre international d'études supérieures en sciences agronomiques (Montpellier SupAgro)-Institut national d’études supérieures agronomiques de Montpellier (Montpellier SupAgro), Institut national d'enseignement supérieur pour l'agriculture, l'alimentation et l'environnement (Institut Agro)-Institut national d'enseignement supérieur pour l'agriculture, l'alimentation et l'environnement (Institut Agro), Université de Reims Champagne-Ardenne (URCA), BIOlogie et GEstion des Risques en agriculture (BIOGER), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-AgroParisTech, Institut Sophia Agrobiotech (ISA), Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS)-Université Nice Sophia Antipolis (... - 2019) (UNS), COMUE Université Côte d'Azur (2015-2019) (COMUE UCA)-COMUE Université Côte d'Azur (2015-2019) (COMUE UCA)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), Agroécologie [Dijon], Université de Bourgogne (UB)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université Bourgogne Franche-Comté [COMUE] (UBFC)-AgroSup Dijon - Institut National Supérieur des Sciences Agronomiques, de l'Alimentation et de l'Environnement, Biodiversité, Gènes & Communautés (BioGeCo), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université de Bordeaux (UB), Unité de Recherche Pluridisciplinaire Prairies et Plantes Fourragères (P3F), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), Botanique et Modélisation de l'Architecture des Plantes et des Végétations (UMR AMAP), Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS)-Université de Montpellier (UM)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Institut de Recherche pour le Développement (IRD [France-Sud]), Laboratoire d'Ecologie Microbienne - UMR 5557 (LEM), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université Claude Bernard Lyon 1 (UCBL), Université de Lyon-Université de Lyon-Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS)-VetAgro Sup - Institut national d'enseignement supérieur et de recherche en alimentation, santé animale, sciences agronomiques et de l'environnement (VAS)-Ecole Nationale Vétérinaire de Lyon (ENVL), Centre Wallon de Recherches Agronomiques (CRA-W), UMR Résistance des plantes aux bioagresseurs, Unité Entomologie fonctionnelle et évolutive, Université de Liège, DLR Rheinpfalz, Institute of Plant Protection, Agence Nationale de Sécurité Sanitaire de l’Alimentation, de l’Environnement et du Travail, Contrat : 2016-SA-0235, Superviseur : Pierre Silvie, Commanditaire : Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de l'environnement et du travail (France), Type de commande : Commande avec contrat/convention/lettre de saisine, and Date de signature : 2016-10-31
- Subjects
risque phytosanitaire ,[SDV.SA]Life Sciences [q-bio]/Agricultural sciences ,dissémination ,huanglongbing ,expertise scientifique ,phytopathogenic bacteria ,Trioza erytreae ,Candidatus Liberibacter africanus ,plant introduction ,introduction de plantes ,Citrus spp ,Union européenne ,Rutaceae ,Candidatus Liberibacter asiaticus ,pathologie végétale ,bactérie phytopathogène ,analyse de risques ,état de l'art ,Candidatus Liberibacter americanus ,analyse de risque phytosanitaire (ARP) ,région méditerrannéenne ,insect vectors ,vecteur de transmission des maladies ,[SDV.BV.PEP]Life Sciences [q-bio]/Vegetal Biology/Phytopathology and phytopharmacy ,Murraya paniculata ,filière économique ,HLB ,agrume ,Diaphorina citri ,outbreaks ,psylle vecteur ,insecte vecteur ,épidémie - Abstract
Maladie du huanglongbing. Analyse du risque phytosanitaire pour l’Union européenne
- Published
- 2019
12. Maladie du huanglongbing
- Author
-
Silvie, Pierre, Cellier, Gilles, Gentzbittel, Laurent, Martin, Pierre, Milagros - Lopez, Maria, Ryckewaert, Philippe, Sauvion, Nicolas, Reignault, Philippe, Balesdent, Marie-Hélène, Castagnone-Sereno, Philippe, Chauvel, Bruno, Desneux, Nicolas, Desprez Loustau, Marie-Laure, Escobar Gutiérrez, Abraham, Jactel, Hervé, Le Bourgeois, Thomas, Nesme, Xavier, Steyer, Stéphan, Suffert, Frédéric, Verdier, Valérie, Verheggen, François, Wetzel, Thierry, and ProdInra, Archive Ouverte
- Subjects
risque phytosanitaire ,dissémination ,huanglongbing ,expertise scientifique ,phytopathogenic bacteria ,Trioza erytreae ,Candidatus Liberibacter africanus ,plant introduction ,introduction de plantes ,Citrus spp ,Union européenne ,Rutaceae ,Candidatus Liberibacter asiaticus ,pathologie végétale ,[SDV.BV.PEP] Life Sciences [q-bio]/Vegetal Biology/Phytopathology and phytopharmacy ,bactérie phytopathogène ,analyse de risques ,[SDV.SA] Life Sciences [q-bio]/Agricultural sciences ,état de l'art ,Candidatus Liberibacter americanus ,analyse de risque phytosanitaire (ARP) ,région méditerrannéenne ,insect vectors ,vecteur de transmission des maladies ,Murraya paniculata ,filière économique ,HLB ,agrume ,Diaphorina citri ,outbreaks ,psylle vecteur ,insecte vecteur ,épidémie - Abstract
Maladie du huanglongbing. Analyse du risque phytosanitaire pour l’Union européenne
- Published
- 2019
13. Maladie du huanglongbing. Analyse du risque phytosanitaire pour l'Union européenne. Avis de l'Anses. Rapport d'expertise collective. Annexes et rapport annexe
- Author
-
Silvie, Pierre, Cellier, Gilles, Gentzbittel, Laurent, Martin, Pierre, Milagros Lopez, Maria, and Ryckewaert, Philippe
- Subjects
Citrus ,Agrume ,Maladie des plantes ,Analyse du risque ,Bactérie gram négatif ,Mesure phytosanitaire ,H20 - Maladies des plantes - Published
- 2019
14. Dystrophic bladder wall calcifications following intravesical BCG treatment for superficial transitional cell carcinoma of bladder
- Author
-
Milagros Lopez, Joseph E. Spirnak, Ian M. Thompson, and William L. Lubke
- Subjects
Male ,Pathology ,medicine.medical_specialty ,Urology ,medicine.medical_treatment ,Dystrophic calcification ,Humans ,Medicine ,Aged ,Carcinoma, Transitional Cell ,Urinary bladder ,business.industry ,Urinary Bladder Diseases ,Calcinosis ,Dystrophy ,Immunotherapy ,Middle Aged ,medicine.disease ,Transitional cell carcinoma ,medicine.anatomical_structure ,Urinary Bladder Neoplasms ,BCG Vaccine ,Intravesical bcg ,business ,Complication ,Calcification - Abstract
Bacillus Calmette-Guerin has been established as one of the most active agents for the treatment of superficial transitional cell carcinoma of the bladder. Although complications do occur with this agent, they are usually transient and mild. Two cases are herein reported in which dystrophic calcification of the urinary bladder occurred following BCG therapy; one had a diffuse and severe complication. This complication can occur with other intravesical agents, and methods for management are reported.
- Published
- 1993
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15. Post-Work Selves and Entitlement 'Attitudes' in Peripheral Postindustrial Puerto Rico
- Author
-
Maria Milagros Lopez
- Subjects
Cultural Studies ,Gender Studies ,Anthropology ,Political science ,Post-industrial society ,Ethnology ,Entitlement - Abstract
Porto-Rico est devenu dependant des prestations sociales et des transferts federaux americaines et connait des consequences negatives de cette situation. L'A. parle de societe de l'apres-travail ou les « subjectivites postmodernes » sont fortement influencees par les categories de sexe. L'ethique de travail a change, le respect tend a disparaitre alors qu'une politique de non-travail s'elabore avec en plus le developpement des mouvements et des revendications sociaux
- Published
- 1994
- Full Text
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16. Maladie du huanglongbing
- Author
-
Pierre Silvie, Gilles Cellier, Laurent Gentzbittel, Pierre Martin, Maria Milagros - Lopez, Philippe Ryckewaert, Nicolas Sauvion, Philippe Reignault, Marie-Helene Balesdent, Philippe Castagnone, Bruno Chauvel, Nicolas Desneux, Marie Laure Desprez Loustau, Abraham ESCOBAR GUTIERREZ, Herve Jactel, Thomas Le Bourgeois, Xavier Nesme, Stéphan Steyer, Frederic Suffert, Valérie Verdier, Eric Verdin, François Verheggen, Thierry Wetzel, Institut de Recherche pour le Développement (IRD [Bolivie]), Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de l'environnement et du travail (ANSES), Institut National Polytechnique (Toulouse) (Toulouse INP), Université Fédérale Toulouse Midi-Pyrénées, Agroécologie et Intensification Durables des cultures annuelles (Cirad-Persyst-UPR 115 AIDA), Département Performances des systèmes de production et de transformation tropicaux (Cirad-PERSYST), Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias, Fonctionnement agroécologique et performances des systèmes de cultures horticoles (Cirad-Persyst-UPR 103 HORTSYS), Biologie et Génétique des Interactions Plante-Parasite (UMR BGPI), Institut national d’études supérieures agronomiques de Montpellier (Montpellier SupAgro)-Centre international d'études supérieures en sciences agronomiques (Montpellier SupAgro)-Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), Université de Reims Champagne-Ardenne (URCA), BIOlogie et GEstion des Risques en agriculture (BIOGER), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-AgroParisTech, Institut Sophia Agrobiotech [Sophia Antipolis] (ISA), Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université Nice Sophia Antipolis (... - 2019) (UNS), Université Côte d'Azur (UCA)-Université Côte d'Azur (UCA)-Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), Agroécologie [Dijon], Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université de Bourgogne (UB)-AgroSup Dijon - Institut National Supérieur des Sciences Agronomiques, de l'Alimentation et de l'Environnement-Université Bourgogne Franche-Comté [COMUE] (UBFC), Biodiversité, Gènes et Communautés, Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), Unité de Recherche Pluridisciplinaire Prairies et Plantes Fourragères (P3F), Botanique et Modélisation de l'Architecture des Plantes et des Végétations (UMR AMAP), Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Université de Montpellier (UM)-Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS)-Institut de Recherche pour le Développement (IRD [France-Sud]), Laboratoire d'Ecologie Microbienne - UMR 5557 (LEM), Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS)-Ecole Nationale Vétérinaire de Lyon (ENVL)-Université Claude Bernard Lyon 1 (UCBL), Université de Lyon-Université de Lyon-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-VetAgro Sup - Institut national d'enseignement supérieur et de recherche en alimentation, santé animale, sciences agronomiques et de l'environnement (VAS), Centre Wallon de Recherches Agronomiques (CRA-W), UMR Résistance des plantes aux bioagresseurs, Station de Pathologie Végétale (AVI-PATHO), Unité Entomologie fonctionnelle et évolutive, Université de Liège, DLR Rheinpfalz, Institute of Plant Protection, Agence Nationale de Sécurité Sanitaire de l’Alimentation, de l’Environnement et du Travail, Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad)-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)-Centre international d'études supérieures en sciences agronomiques (Montpellier SupAgro)-Institut national d’études supérieures agronomiques de Montpellier (Montpellier SupAgro), and AgroParisTech-Institut National de la Recherche Agronomique (INRA)
- Subjects
risque phytosanitaire ,[SDV.SA]Life Sciences [q-bio]/Agricultural sciences ,dissémination ,huanglongbing ,expertise scientifique ,phytopathogenic bacteria ,Trioza erytreae ,plant introduction ,Candidatus Liberibacter africanus ,introduction de plantes ,Citrus spp ,Union européenne ,Candidatus Liberibacter asiaticus ,Rutaceae ,pathologie végétale ,bactérie phytopathogène ,analyse de risques ,état de l'art ,Candidatus Liberibacter americanus ,insect vectors ,région méditerrannéenne ,analyse de risque phytosanitaire (ARP) ,vecteur de transmission des maladies ,[SDV.BV.PEP]Life Sciences [q-bio]/Vegetal Biology/Phytopathology and phytopharmacy ,Murraya paniculata ,filière économique ,HLB ,Diaphorina citri ,agrume ,outbreaks ,psylle vecteur ,insecte vecteur ,épidémie - Abstract
Maladie du huanglongbing. Analyse du risque phytosanitaire pour l’Union européenne
17. 'Chastising the evil spirit': estrategias femeninas de resistencia en Dew on the Thorn
- Author
-
Dr Milagros Lopez-Pelaez Casellas
18. Hacia una reorientación de la psicología social después de la crisis
- Author
-
María Milagros López-Garriga and Maria Milagros Lopez-Garriga
- Subjects
Sociology and Political Science ,Social Sciences (miscellaneous) - Published
- 1983
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19. Migratory routes, high use areas and dive patterns of leatherback turtles (Dermochelys coriacea) in the Southwest Atlantic
- Author
-
Mendilaharsu, Maria de Los Milagros López, Rocha, Carlos Frederico Duarte da, Azevedo, Alexandre de Freitas, Baptistotte, Cecília, and Siciliano, Salvatore
- Subjects
CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA [CNPQ] ,Migratory paths ,Rotas migratórias ,Telemetria por satélite ,High use areas ,Tartaruga-de-couro ,Tartaruga marinha - Migração ,Padrões de mergulho ,Satellite telemetry ,Áreas de uso intenso ,Dive patterns ,Leatherback turtle ,Tartaruga marinha - Comportamento - Abstract
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-11-08T17:27:43Z No. of bitstreams: 1 Tese doutorado_ Milagros Lopez Mendilaharsu 2011.pdf: 5735391 bytes, checksum: 90d68d89715fea080f4335227e268c6b (MD5) Made available in DSpace on 2020-11-08T17:27:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese doutorado_ Milagros Lopez Mendilaharsu 2011.pdf: 5735391 bytes, checksum: 90d68d89715fea080f4335227e268c6b (MD5) Previous issue date: 2011-02-09 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Sea turtles are long-lived, highly migratory endangered species with a wide distribution. Thus improving our knowledge of the spatial ecology of sea turtles is essential for elucidating aspects of their life history and for the development of effective conservation measures. This thesis comprises a collection of articles or chapters that aim to contribute to the knowledge of the spatial ecology of the leatherback turtle, Dermochelys coriacea. This study used new technologies such as satellite telemetry (which provides a useful approach for tracking the movements of migratory species) and a set of geoprocessing tools as a methodological approach that aimed to: examine the movements and migrations of leatherback turtles, identify high use areas and spatio-temporal patterns of habitat use, and integrate biological and environmental data to describe foraging strategies of this species. Five leatherback turtles (a subadut, two adult males and two adult females) were fitted with satellite transmitters in the Southwest Atlantic between 2005 and 2008. Besides providing geographical location data the transmitters also recorded dive information such as mean and maximum dive depth and duration, individual dive profiles and water temperature data. For the first time the movements and migrations of leatherback turtles tagged in the South Atlantic were documented. Previously unidentified high use areas (or foraging areas) were recognized for this species, also a seasonal residence along those areas located in tropical and temperate areas off the coast of South America (19-45 °S). The seasonal movements were closely associated with small and mesoscale physical seasonal processes. Depending on the marine environment exploited during periods of residence, the turtles showed different foraging strategies identified through the analysis of the diving patterns. As tartarugas marinhas são espécies ameaçadas, altamente migratórias que apresentam um ciclo de vida longo e uma ampla distribuição geográfica. Assim, melhorar a nossa compreensão sobre a ecologia espacial das tartarugas marinhas é essencial para a elucidação de aspectos da sua história de vida e para o desenvolvimento de medidas eficazes de conservação. Esta tese compreende um conjunto de artigos ou capítulos que visam contribuir ao conhecimento da ecologia espacial da tartaruga-de-couro, Dermochelys coriacea. Este estudo utilizou novas tecnologias como à telemetria por satélite (que proporciona um método útil para monitorar os movimentos de espécies migratórias) e um conjunto de ferramentas de geoprocessamento como abordagem metodológica que visou: examinar os movimentos e migrações da tartaruga-de-couro, identificar áreas de uso intenso e padrões espaço-temporais no uso do habitat, e integrar dados biológicos e oceanográficos para descrever as estratégias comportamentais desta espécie. Cinco tartarugas-de-couro (um subaduto, dois machos adultos e duas fêmeas adultas) foram equipadas com transmissores por satélite no Atlântico Sul Ocidental entre 2005 e 2008. Além de fornecer dados de localização geográfica os tansmissores permitiram registrar informações de mergulho tais como profundidade e duração máxima e media dos mergulhos, perfis completos de mergulhos individuais e dados de temperatura do mar. Movimentos e migrações de tartarugas-de-couro marcadas no Atlântico Sul foram documentados pela primeira vez. Alem disso, foi posível identificar áreas de uso intenso (ou alimentação) previamente desconhecidas para a espécie, assim como uma residência sazonal nestas áreas localizadas em águas tropicais e temperadas fora da costa sul-americana (19-45°S). A sazonalidade dos movimentos esteve intimamente associada a processos físicos sazonais de pequena e mesoescala. Dependendo do ambiente marinho explorado, durante os períodos de residência, as tartarugas apresentaram diferentes estratégias alimentares identificadas através da análise dos padrões de mergulho.
- Published
- 2011
20. The Pseudomonas putida T6SS is a plant warden against phytopathogens
- Author
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Bernal, Patricia, Allsopp, Luke P, Filloux, Alain, Llamas, María A, Biotechnology and Biological Sciences Research Council (UK), Ministerio de Economía y Competitividad (España), Junta de Andalucía, European Commission, and Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC)
- Subjects
PROTEIN SECRETION ,INTESTINAL INFLAMMATION ,05 Environmental Sciences ,VIBRIO-CHOLERAE ,Environmental Sciences & Ecology ,VI SECRETION SYSTEM ,Xanthomonas campestris ,Microbiology ,Bacterial Proteins ,10 Technology ,Tobacco ,Plant Diseases ,Science & Technology ,Ecology ,Pseudomonas putida ,ROOT MICROBIOME ,food and beverages ,Gene Expression Regulation, Bacterial ,06 Biological Sciences ,Type VI Secretion Systems ,GENOMIC ANALYSIS ,Biological Control Agents ,ESCHERICHIA-COLI ,EFFECTORS ,IMMUNITY PROTEINS ,Original Article ,HOST-RANGE ,Life Sciences & Biomedicine - Abstract
Bacterial type VI secretion systems (T6SSs) are molecular weapons designed to deliver toxic effectors into prey cells. These nanomachines have an important role in inter-bacterial competition and provide advantages to T6SS active strains in polymicrobial environments. Here we analyze the genome of the biocontrol agent Pseudomonas putida KT2440 and identify three T6SS gene clusters (K1-, K2- and K3-T6SS). Besides, 10 T6SS effector-immunity pairs were found, including putative nucleases and pore-forming colicins. We show that the K1-T6SS is a potent antibacterial device, which secretes a toxic Rhs-type effector Tke2. Remarkably, P. putida eradicates a broad range of bacteria in a K1-T6SS-dependent manner, including resilient phytopathogens, which demonstrates that the T6SS is instrumental to empower P. putida to fight against competitors. Furthermore, we observed a drastically reduced necrosis on the leaves of Nicotiana benthamiana during co-infection with P. putida and Xanthomonas campestris. Such protection is dependent on the activity of the P. putida T6SS. Many routes have been explored to develop biocontrol agents capable of manipulating the microbial composition of the rhizosphere and phyllosphere. Here we unveil a novel mechanism for plant biocontrol, which needs to be considered for the selection of plant wardens whose mission is to prevent phytopathogen infections., We thank Milagros Lopez (IVIA, Spain) for providing X. campestris and P. carotovorum, Martin Buck (Imperial College London, UK) for P. syringae and Ehr Min Lai (Academia Sinica, Taiwan) for A. tumefaciens and the pRL662-gpf. We thank Tom Wood for kindly providing the T6SS scheme shown in Figure 1a. PB is supported by the Spanish Ministry of Economy through Juan de la Cierva grant (JCI-2010-06615), by the Andalusian Knowledge Agency through a Talent Hub grant (TAHUB-010) and by an EMBO short-term fellowship. MAL is supported by the Spanish Ministry of Economy through a Ramon&Cajal grant (RYC2011-08874). AF is supported by a BBSRC grant (BB/N002539/1). LA is supported by a BBSRC grant (BB/N002539/1) and a Marie curie Fellowship (PIIF-GA-2012-328261).
- Published
- 2017
21. The Latin American Subaltern Studies Reader
- Author
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Ileana Rodríguez, María Milagros López, Sonia Saldívar-Hull, and Ranajit Guha
- Subjects
Politics ,Hegemony ,Militant ,media_common.quotation_subject ,Subaltern Studies ,Coloniality of power ,Gender studies ,Sociology ,Religious studies ,Colonialism ,Citizenship ,Subaltern ,media_common - Abstract
Contents: Convergences of times: Subaltern Studies in South Asia/Latin America, Modern/Postmodern Opening Statement. Subaltern Studies: Projects for our Time and their Convergence - Ranjajit Guha The Impossibility of Politics? Theses on Subalternity, Representation and Hegemony - John Beverley Solidarity as Event: Communism as Personal Practice and Disencounters in the Politics of Desire - Maria Milagros Lopez A Storm Blowing From Paradise: Negative Globality and Latin American Cultural Studies - Alberto Moreiras Indigenous Peoples and the Coloniality of Power Rigoberta Menchu after the Nobel: from Militant Narrative to Postmodern Politics - Marc Zimmerman Aboriginal Communities and Nation-States in the Late Twentieth Century: A Colonial Pentimento - Patricia Seed Histiography on the Ground: The Toledo Circle and Guaman Poma - Sara Castro Klaren Subject Positions: Dominant and Subaltern Intellectuals? Slaps and Embraces: A Rhetoric of Particularism - Doris Sommer Beyond Representation? The Impossibility of the Local (Notes on Subaltern Studies in Light of a Rebellion in Tepoztlan, Morelos) - Jose Rabasa Questions of Strategy as an Abstract Minimum: Subalternity and Us Ungovernability: Authoritarian and Democratic Hegemonies From Glory to Menace II Society: African-American Subalternity and the Ungovernability of the Democratic Impulse under Super Capitalist Orders - Robert Carr 20 Preliminary Propositions for a Critical History of International Statecraft in Haiti - Michael Clark Death in the Andes: Ungovernability and the Birth of Tragedy in Peru - Gareth Williams Outside in and Inside out: Visualizing Society in Bolivia - Javier Sanjines Citizenship: Resistance, Transgression, Disobedience Dirty Bodies/Dirty Woeds: Hygeinization Policies (19th century) - Beatriz Gonzalez Apprenticeship as Citizenship and Governability - Ileana Rodriguez The Architectural Relationship Between Gender, Race and the Bolivian State - Marcia Stephenson Gender, Citizenship and Social Protest: The New Social Movements in Argentina - Marcelo Bergman Who's the Indian in Aztlan? Re-writing Mestizaje, Indianism and Citizenship From the Lacandon - Josefina Saldana Closing Statement. Subalternity and Coloniality of Power - Walter Mignolo
- Published
- 2001
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22. The Postmodernism Debate in Latin America
- Author
-
Michael Aronna, José Oviedo, and John Beverley
- Subjects
Cultural Studies ,History ,Latin Americans ,biology ,Latin American studies ,Garcia ,Subaltern Studies ,Gender studies ,biology.organism_classification ,Postmodernism ,Feminism ,Politics ,Sociology ,Democratization - Abstract
Postmodernism may seem a particularly inappropriate term when used in conjunction with a region that is usually thought of as having only recently, and then unevenly, acceded to modernity. Yet in the last several years the concept has risen to the top of the agenda of cultural and political debate in Latin America. This collection explores the Latin American engagement with postmodernism, less to present a regional variant of the concept than to situate it in a transnational framework. Recognizing that postmodernism in Latin America can only inaccurately be thought of as having traveled from an advanced capitalist "center" to arrive at a still dependent neocolonial "periphery," the contributors share the assumption that postmodernism is itself about the dynamics of interaction between local and metropolitan cultures in a global system in which the center-periphery model has begun to break down. These essays examine the ways in which postmodernism not only designates the effects of this transnationalism in Latin America, but also registers the cultural and political impact on an increasingly simultaneous global culture of a Latin America struggling with its own set of postcolonial contingencies, particularly the crisis of its political left, the dominance of neoliberal economic models, and the new challenges and possibilities opened by democratization. With new essays on the dynamics of Brazilian culture, the relationship between postmodernism and Latin American feminism, postmodernism and imperialism, and the implications of postmodernist theory for social policy, as well as the text of the Declaration from the Lacandon Jungle of the Zapatatista National Liberation Army, this expanded edition of boundary 2 will interest not only Latin Americanists, but scholars in all disciplines concerned with theories of the postmodern. Contributors . Xavier Albo, Jose Joaquin Brunner, Fernando Calderon, Enrique Dussel, Nestor Garcia Canclini, Martin Hopenhayn, Neil Larsen, the Latin American Subaltern Studies Group, Norbert Lechner, Maria Milagros Lopez, Raquel Olea, Anibal Quijano, Nelly Richard, Carlos Rincon, Silviano Santiago, Beatriz Sarlo, Roberto Schwarz, and Hernan Vidal
- Published
- 1997
- Full Text
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