22 results on '"Lacey, Hugh"'
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2. On the Aims and Responsibilities of Science
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
Aim of science ,decontextualized approach ,Precautionary Principle ,lcsh:Philosophy (General) ,lcsh:B ,objectifying inquiry ,neutrality ,lcsh:Philosophy. Psychology. Religion ,lcsh:B1-5802 ,Bas van Fraassen - Abstract
I offer a view of the aims and responsibilities of science, and use it to analyze critically van Fraassen’s view that ‘objectifying inquiry’ is fundamental to the nature of science
- Published
- 2007
3. SISTEMAS ALIMENTAR E AGRÍCOLA PARA O FUTURO: CIÊNCIA, EMANCIPAÇÃO E FLORESCIMENTO HUMANO
- Author
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Lacey, Hugh
- Abstract
Há propostas de que as políticas e as práticas de soberania alimentar, ao contrário daqueles sistemas alimentar/agrícola atualmente hegemônicos, provêm os meios para satisfazer e salvaguardar o direito à segurança alimentar para todos em todos os lugares. Meu principal objetivo nesse artigo é explorar como a pesquisa científica – utilizando que tipos de metodologias, e sendo construída sobre quais experiências e de quem – pode construtivamente informar tais práticas e políticas, e contribuir para avaliar essa proposta.
- Published
- 2015
4. Editorial
- Author
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Mariconda, Pablo Rubén and Lacey, Hugh
- Published
- 2014
5. O modelo das interações entre as atividades científicas e os valores
- Author
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Lacey, Hugh and Mariconda, Pablo Rubén
- Subjects
Ethics ,Scientific politics ,Impartiality ,Scientific activity ,Comprehensiveness ,Ética ,Atividade científica ,Epistemologia ,Values ,Epistemology ,Neutralidade ,Autonomia ,Abrangência ,Neutrality ,Autonomy ,Imparcialidade ,Política científica ,Valores - Abstract
Neste artigo, oferecemos formulações padronizadas das principais ideias do modelo das interações entre as atividades científicas e os valores, proposto em anos recentes na revista Scientiae Studia. O modelo trata das várias funções desempenhadas pelos valores - éticos, sociais, políticos, cognitivos (epis têmi cos), religiosos etc. - nas atividades científicas e de seu impacto na viabilidade dos ideais (imparciali dade, abran gência, neutralidade, autonomia) da tradição da ciência moderna. In this article, we offer standardized versions of the principal ideas of the model of the interactions among scientific activities and values that has been proposed in recent years within Scientiae Studia. The model deals with the various roles played by values - ethical, social, political, cognitive (epistemic), religious, etc -in scientific activities, and with their impact on the viability of the ideals (impartiality, comprehensiveness, neutrality, autonomy) of the tradition of modern science.
- Published
- 2014
6. Tecnociência comercialmente orientada ou investigação multiestratégica?
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
Progresso tecnológico ,Justiça social ,Multi-strategy research ,Tecnociência comercialmente orientada ,Decontextualizing strategies ,Impartiality ,Comprehensiveness ,Pesquisa multiestratégica ,Neutralidade ,Commercially oriented technoscience ,Abrangência ,Sustainability ,Technological progress ,Estratégias descontextualizadoras ,Sustentabilidade ,Neutrality ,Social justice ,Imparcialidade - Abstract
O modelo das interações entre as atividades científicas e os valores (M-CV) fornece ferramentas para criticar as atividades científicas atualmente predominantes nas instituições científicas e identificar algumas possibilidades alternativas de pesquisa que nessas instituições não estão recebendo o devido reconhecimento. Sobretudo, o M-CV ajuda-nos a identificar uma incoerência profunda na autointer pre tação comum da tradição da ciência moderna e também a discernir que atualmente estão disponíveis duas alternativas coerentes e opostas - a "tecnociência comercialmente orientada" e a "pesquisa multiestratégica" -, capazes de eliminar essa incoerência e, ao mesmo tempo, de manter a continuidade do grande sucesso cognitivo da ciência moderna. The model of the interactions between scientific activities and values (M-CV) provides tools to criticize the scientific activities that are currently predominant in scientific institutions, and to identify some alternative possibilities for research that are not receiving due recognition in them. Most importantly, M-CV helps us to identify a deep incoherence in the common self-interpretation of the modern scientific tradition, and also to recognize that there are available two competing coherent interpretations - 'commercially oriented technoscience' and 'multi-strategy research' - that maintain continuity with the great cognitive successes of modern science.
- Published
- 2014
7. Values and the Conduct of Science: Principles
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
ethics of scientific research ,lcsh:Philosophy (General) ,lcsh:B ,Values ,science as value free ,lcsh:Philosophy. Psychology. Religion ,lcsh:B1-5802 - Abstract
In this paper I will propose six principles governing the proper role of moral and social values in the conduct of scientific investigation. I offer them for your consideration, and hope that together we can sharpen their formulation, explore their implications and test their acceptability. In making my proposals I draw considerably from my recent books, Valores e Atividade Científica (VAC, Lacey 1988) and Is Science Value Free? Values and Scientific Understanding (SVF, Lacey 1999a). The detailed argument, and elaboration of the technical notions that I use are to be found in them (and summarized in Lacey 1999c). The sketch of the argument that I offer here is intended to display the motivation behind the proposed principles.
- Published
- 1999
8. The Constitutive Values of Science
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
lcsh:Philosophy (General) ,lcsh:B ,value-free science ,control of nature ,Cognitive values ,lcsh:Philosophy. Psychology. Religion ,lcsh:B1-5802 - Abstract
Cognitive values are the characteristics that are constitutive of good theories, the criteria to which we appeal when choosing among competing theories. I argue that, in order to count as a cognitive value, a characteristic must be needed to explain actually made theory choices, and its cognitive significance must be well defended especially in view of considerations derived from the objective of science. A number of proposed objectives of science are entertained, and it is argued that adopting a par-ticular objective is dialectically intertwined with commitment to certain social values.Then, the ways in which science is, and is not value free is explored briefly, leading to the identification of a level of analysis where values may influence theory choice without causing paradox or threatening the impartiality of soundly-made scientific judgments.
- Published
- 1997
9. Editorial
- Author
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Lacey, Hugh and Mariconda, Pablo Rubén
- Published
- 2012
10. Editorial
- Author
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Lacey,Hugh and Mariconda,Pablo Rubén
- Published
- 2012
11. Reflections on science and technoscience
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
Technoscience ,Science ,Technological progress ,Values ,Decontextualized approach - Abstract
Technoscientific research, a kind of scientific research conducted within the decontextualized approach (DA), uses advanced technology to produce instruments, experimental objects, and new objects and structures, that enable us to gain knowledge of states of affairs of novel domains, especially knowledge about new possibilities of what we can do and make, with the horizons of practical, industrial, medical or military innovation, and economic growth and competition, never far removed from view. The legitimacy of technoscientific innovations can be appraised only in the course of considering fully what sorts of objects technoscientific objects are: objects that embody scientific knowledge confirmed within DA; physical/chemical/biological objects, realizations of possibilities discovered in research conducted within DA, brought to realization by means of technical/experimental/instrumental interventions; and components of social/ecological systems, objects that embody the values of technological progress and (most of them) values of capital and the market. What technoscientific objects are - their powers, tendencies, sources of their being, effects on human beings and social/economic systems, how they differ from non technoscientific objects - cannot be grasped from technoscientific inquiry alone; scientific inquiry that is not reducible to that conducted within DA is also needed. The knowledge that underlies and explains the efficacy of technoscientific objects is never sufficient to grasp what sorts of object they are and could become. Science cannot be reduced to technoscience.
- Published
- 2012
12. A imparcialidade da ciência e as responsabilidades dos cientistas
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
Espaço dos efeitos ,Impartiality ,Efficacy ,Responsibility of scientists ,Legitimidade ,Space of alternatives ,Espaço das alternativas ,Responsabilidade dos cientistas ,Investigação imparcial ,Space of outcomes ,Riscos ,Risks ,Eficácia ,Imparcialidade ,Impartial investigation ,Legitimacy - Abstract
Este artigo, utilizando a distinção entre o endossamento e a aceitação de uma reivindicação, discute as responsabilidades que os cientistas devem assumir frente à necessidade de agir, de formular políticas e de estipular regulamentos pertinentes às inovações científicas, quando decisões inevitavelmente serão baseadas, em parte importante, em reivindicações que são apenas endossadas (e, assim, comprometidas com valores éticos e sociais controversos), e não aceitas de acordo com a imparcialidade. Então, depois da introdução da noção de "investigação imparcial", chega-se à conclusão de que é da maior importância para os cientistas assumir a responsabilidade de conduzir a investigação imparcial, a qual requer, não a exclusão dos valores éticos e sociais de papeis indispensáveis na pesquisa científica, mas a inclusão - em seus lugares apropriados - do leque completo de valores relevantes para as deliberações democráticas. This article, making use of a distinction between endorsing and accepting a claim, discusses the responsibilities that scientists incur in the light of the necessity to act, formulate policy, and to design regulations pertinent to technoscientific innovations, when decisions will inevitably be based, in important part, on claims that are only endorsed (and so implicated in compromises with ethical/social values), and not accepted in accordance with impartiality. Then, after introducing the notion of "impartial investigation", I conclude that the central responsibility of scientists is to engage in impartial investigation, and that this requires, not the exclusion of ethical and social values from having important roles in scientific research, but the inclusion, in their proper places, of the full array of values that are relevant to democratic deliberations.
- Published
- 2011
13. O lugar da ciência no mundo dos valores e da experiência humana
- Author
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Lacey,Hugh
- Published
- 2009
14. Ciência, respeito à natureza e bem-estar humano
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
Science in the private interest ,Neutralidade ,Methodological pluralism ,Autonomia ,Responsibilities of scientists ,Technoscience ,Ciência em favor do interesse privado ,Responsabilidade dos cientistas ,Objectivity ,Tecnociência ,Abordagem descontextualizada ,Neutrality ,Autonomy ,Pluralismo metodológico ,Decontextualized approach ,Objetividade - Abstract
A questão central aqui levantada é a seguinte: de que maneira a pesquisa científica deve ser conduzida de modo a assegurar que a natureza seja respeitada - que suas potencialidades regenerativas não sejam ulteriormente solapadas, e que sejam restabelecidas onde quer que seja possível - e que o bem-estar de todos, em todos os lugares, possa ampliar-se? Após salientar a importância do pluralismo metodológico na formulação de uma resposta aceitável e os obstáculos que emergem quando se identifica ciência com tecnociência - obstáculos que são reforçados pelo que denomino "o ethos científico-comercial" -, duas questões adicionais são aqui consideradas. Como a pesquisa científica, conduzida dessa maneira, poderia impactar o - e subordinar-se ao - fortalecimento de práticas e valores democráticos? O que está atualmente envolvido nas responsabilidades dos cientistas? Uma vez que não estão dadas as condições sociais apropriadas para o exercício das responsabilidades que são identificadas, o exercício dessas responsabilidades também envolve a participação dos cientistas nos esforços para o estabelecimento dessas condições. O artigo conclui com a sugestão de que o estabelecimento dessas condições deveria envolver uma dialética complexa, incluindo pelo menos oito elementos. The central question addressed is: How should scientific research be conducted so as to ensure that nature is respected, its regenerative powers not further undermined and wherever possible restored, and the well being of everyone everywhere enhanced? Then, after pointing to the importance of methodological pluralism for an acceptable answer, and the obstacles posed by identifying science with technoscience that are reinforced by what I call 'the commercial-scientific ethos', two additional questions are considered: How might research, conducted in this way, have impact on - and depend on - strengthening democratic values and practices? And, what is thereby implied for the responsibilities of scientists today? Since appropriate social conditions are not in place for exercising the responsibilities that are identified, exercising them also involves scientists participating in efforts to establish them. The paper concludes by suggesting that establishing these conditions would involve a complex dialectic that involves at least eight elements.
- Published
- 2008
15. Is there a significant distintion between cognitive and social values?
- Author
-
Lacey,Hugh
- Subjects
Impartiality ,Science ,Control of nature ,Social values ,Estratégias ,Regras metodológicas ,Cognitive values ,Methodological rules ,Neutralidade ,Autonomia ,Agroecologia ,Neutrality ,Strategies ,Ciência ,Imparcialidade ,Autonomy ,Valores sociais ,Controle da natureza ,Agroecology ,Valores cognitivos - Abstract
É útil trabalhar com um modelo das práticas de pesquisa científica segundo o qual existem três momentos-chave nos quais é preciso fazer escolhas, a saber, os momentos de: (i) adotar uma estratégia (ou regras metodológicas), (ii) aceitar teorias e (iii) aplicar o conhecimento científico. Os valores sociais podem ter papéis legítimos e importantes no primeiro e no terceiro momentos, porém não no segundo, quando apenas os valores cognitivos e os dados empíricos disponíveis têm papéis essenciais. A distinção entre valores cognitivos e valores sociais é necessária para sustentar este modelo e, portanto, para apoiar a visão de que o conhecimento científico imparcial pode ser o resultado de um processo influenciado por valores sociais, e também para indicar como a pesquisa deve ser conduzida de modo que o ideal de neutralidade seja sustentado mais plenamente. A maior parte deste artigo se dedica a explicar em detalhe como a distinção deve ser traçada. It is useful to work with a model of the practices of scientific research that proposes that there are three key moments at which choices must be made: the moments of (i) adopting a strategy (or methodological rules), (ii) accepting theories, and (iii) applying scientific knowledge. Social values may have legitimate and important roles at the first and third moments, but not the second, where only cognitive values and available empirical data have essential roles. The distinction between cognitive and social values is needed to maintain this model, and thus to sustain the view that impartial scientific knowledge can be the outcome of a process influenced by social values, and to indicate how research must be conducted if the ideal of neutrality is to be upheld more fully. Most of the article is devoted to explaining in detail how the distinction is to be drawn.
- Published
- 2003
16. A águia e os estorninhos: Galileu e a autonomia da ciência
- Author
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Mariconda, Pablo and Lacey, Hugh
- Subjects
valor ,ciência ,facts ,values ,sciences ,Galileu Galilei ,fato - Abstract
A idéia de que a ciência é "livre de valores" pode ser reconduzida à emergência da distinção entre fato e valor no século XVII. Pode-se considerar que essa idéia tem três componentes: imparcialidade, neutralidade e autonomia. Mostramos que partes importantes dessas idéias componentes foram desenvolvidas e defendidas por Galileu, principalmente em suas cartas a Castelli e à grã-duquesa Cristina e em seus livros O ensaiador e Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo. O argumento de Galileu em favor da autonomia é particularmente poderoso e, embora não tenha a generalidade introduzida por argumentos posteriores (uma vez que seu principal objetivo era o de garantir a autonomia da ciência com relação à autoridade da Igreja), permanece no cerne de todas as defesas subseqüentes da autonomia da ciência. Esse argumento está baseado em três suposições: que o entendimento científico está sujeito a critérios que são independentes da autoridade da Igreja e de qualquer perspectiva de valor; que os cientistas cultivam as virtudes do "ethos científico"; e que (porque usam linguagens diferentes - o argumento dos "dois livros") não pode existir contradição entre os juízos científicos apropriados e as declarações da Igreja. Finalmente, algumas limitações dos argumentos de Galileu são indicadas, sem serem desenvolvidas. The idea that science is "value free" can be traced back to the emergence of the distinction between fact and value in the 17th century. It can be considered to have three components: impartiality, neutrality and autonomy. We show that important parts of these component ideas were developed and defended by Galileo, principally in his letters to Castelli and to Grand Duchess Cristina and in his books The Assayer and Two Chief World Systems. Galileo's argument for autonomy is particularly powerful and, although lacking the generality introduced in later arguments (since his principal concern was to win autonomy for science from the authority of the Church), it remains at the core of all subsequent defenses of the autonomy of science. This argument is based on three suppositions: that scientific understanding is subject to criteria that are independent of the Church's authority and of any value perspective, that scientists have cultivated the virtues of the "scientific ethos", and that (because they use different languages - the "two books" argument) there cannot be contradiction between properly made scientific judgments and declarations of the Church. Finally some limitations of Galileo's arguments are indicated but not developed.
- Published
- 2001
17. A águia e os estorninhos: Galileu e a autonomia da ciência
- Author
-
Lacey, Hugh
- Subjects
FILOSOFIA DA CIÊNCIA - Published
- 2001
18. Interpretação e teoria nas ciências naturais e nas ciências humanas: comentários a respeito de Kuhn e Taylor
- Author
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Lacey, Hugh
- Subjects
entendimento ,understanding ,controle tecnológico ,physicalism ,technological control ,fisicalismo ,Unity of science ,valores epistêmicos ,epistemic values ,Unidade da ciência - Abstract
O objetivo do artigo é o de extrair dos escritos de Taylor uma crítica da concepção de Kuhn a respeito de uma possível unidade entre as ciências naturais e as ciências humanas, e dos de Kuhn uma crítica à caracterização proposta por Taylor para as ciências naturais. Deste empreendimento resulta uma reconceptualização da unidade das ciências. The aim of the paper is to extract from Taylor's writings a critique of Kuhn's suggestion of the possible unity of the natural and the human sciences, and from Kuhn a critique of Taylor's account of the natural sciences. An outcome of this enterprise will be a re-construal of the unity of the sciences.
- Published
- 1997
19. Biologia total
- Author
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Leite, Marcelo, Santos, Laymert Garcia dos, 1948, Ferreira, Leila da Costa, Lacey, Hugh, Ortiz, Renato, Reinach, Fernando de Castro, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, and UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
- Subjects
Science - Political aspects ,Information theory ,Molecular biology ,Biologia - Filosofia ,Projeto de Genoma Humano ,Science - Moral and ethical aspects ,Genética ,Biotecnologia ,Biology - Philosophy ,Ciência - Aspectos sociais ,Ciência - Aspectos morais e éticos ,Sociologia ,Ciência - Aspectos políticos ,Sociology ,Science - Social aspects ,Human Genome Project ,Teoria da informação ,Genetics ,Biologia (Ensino médio) ,Genomes ,Biology ,Genomas ,Biologia molecular ,Biotechnology - Abstract
Orientador: Laymert Garcia dos Santos Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas Resumo: A tese central deste trabalho é que a aceitação pública despertada pelo Projeto Genoma Humano só se explica pelo uso político e retórico de um determinismo genético crescentemente irreconciliável com os resultados empíricos da pesquisa genômica atual. A complexidade verificada no genoma humano e em suas interações com o meio desautoriza a manutenção de uma noção simples e unidirecional de causalidade, contrariamente ao pressuposto na idéia de gene como único portador de informação, esteio da doutrina do determinismo genético. Um complexo de metáforas informacionais e/ou lingüísticas continuo vivo nos textos publicados por biólogos moleculares na literatura científica, notadamente nos artigos veiculados nos periódicos de alto impacto Nature e Science de 15 e 16 fevereiro de 2001, respectivamente. Tais metáforas inspiram um tipo de discurso ambíguo que modula nuances variadas de retórica determinista, conforme se dirija aos próprios pares ou ao público leigo" O campo da genômica ainda está longe de rejeitar a conjunção problemática das noções de gene pré-formacionista e de gene como recurso desenvo/vimenta/ na base da metáfora do gene como informação. Essa fusão inspirada pela terminologia cibernética propicia uma versão asséptica de gene, distanciada da natureza, puramente sintática, móvel e virtual o bastante para circular desimpedida nos circuitos de produção de valor como recurso genético passível de garimpagem e de patenteamento. Críticos dã tecnociência devem desafiar o campo da genômica a reformular drasticamente as metáforas que dão suporte a seu programa hegemônico de pesquisa Abstract: The central thesis of this work is that the public support generated for the Human Genome Project and the hype surrounding it can be explained only by the political and rhetorical uses of genetic determinism, a notion which increasingly cannot be reconciled with the empirical results of on-going genomic research. The complexity that has been uncovered in the human genome and in its interactions with the environment implies that a simple and unidirectional notion of causality cannot be maintained, contrary to a presupposition of the idea of the gene as the sole carrier of iliformation, an idea that contributes to sustain the doctrine of genetic determinism. A complex of informational and/or linguistic metaphors lives on in the texts published by molecular biologists in the scientific press, most notably in the issues published February 15thand 16thof 2001 ofthe high impact journals Nature and Science, respectively. These metaphors generate an ambiguous type of discourse that modulates various nuances of deterministic rhetoric, depending on whether it addresses peers or the lay publico The field of genomics is still a long way ITom rejecting the questionable conflation of the notions of gene as preformation and gene as developmental resource which underpins the metaphor of gene as information. This conflation inspired by cybernetics terminology enables an aseptic version of the gene, separated ITom nature, portable and virtual enough to flow unimpeded through the channels ofvalue production as genetic resource suitable for mining and patenting. Critics of technoscience should challenge the field of genomics to drastically reshape the metaphors which have supported its hegemonic research agenda Doutorado Doutor em Ciências Sociais
- Published
- 2021
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20. Para além da 'apropriação'
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Jesus, Vanessa Maria Brito de, 1979, Dagnino, Renato Peixoto, 1948, Lacey, Hugh, Oliveira, Marcos Barbosa de, Novaes, Henrique Tahan, Serafim, Milena Pavan, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica, and UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
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Tecnologia - Aspectos sociais ,Ecologia agrícola ,Rationality ,Racionalidade ,Agroecology ,Technology - Social aspects - Abstract
Orientador: Renato Peixoto Dagnino Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências Resumo: O objetivo desta tese é analisar como uma Tecnologia Social (TS) é mediada pelo o que identificamos como uma "contradição epistemológica" entre racionalidades, isto é, uma contradição entre o modo como a política pública entende TS, como é reproduzida por agências de capacitação profissional e o como é vivenciada por agricultores familiares. Para tal, tomamos como referência o Sistema Produção Agroecológica, Integrada e Sustentável (SPAIS) que ganhou escala no período 2005 a 2012 e que alia "soluções de curto prazo em grande escala" para um problema historicamente mal resolvido no Brasil: a pobreza e êxodo rural. Esse sistema integra um conjunto de ações intersetoriais voltadas para a inclusão social produtiva e se alinha às ações previstas pelos programas do governo federal desde 2002. Partindo da percepção da pesquisadora, que compreende que esses grupos sociais são influenciados ¿ em maior ou menor grau ¿ por uma racionalidade tecnocientífica, isto é, com um modo de pensar e agir orientado pela exacerbação do valor mercantil outorgado à tecnociência, verificou-se uma contradição em torno de três categorias principais de divergência epistêmica: 1) utilização do termo tecnologia social, que no plano teórico compartilha absolutamente nada com a racionalidade tecnocientífica que orienta esta política pública, 2) o conceito de Agroecologia, que se opõe radicalmente ao modelo de desenvolvimento rural reproduzido no país e, 3) uma prática social agrícola que não se relaciona com essas perspectivas. A luz dos aportes teóricos da Abordagem Sociotécnica e Filosofia da Tecnologia, averiguamos por meio da pesquisa de campo que três aspectos interpenetraram a interação entre o técnico e os agricultores, mediando a TS: cultura como "desorganizadora" da normatização, a regionalidade como facilitadora da interação técnico/agricultor e a intersubjetividade como fator constituinte da apropriação da tecnologia pelo agricultor. Esses elementos anulam a perspectiva da pesquisadora, pois a racionalidade tecnocientífica exerce nenhuma influência sobre os agricultores, que são orientados mais pelo critério de "manutenção da vida" (alimento e saúde) do que qualquer outro critério. Ocorre o fenômeno de subversão da TS, que é ressignificada ao ponto de tornar-se uma outra tecnologia, que não a reaplicada inicialmente. Este fenômeno influi na "dissolução" da contradição epistemológica, pois, ao adentrar o mundo da vida dos agricultores, é esvaziada por processos de ressignificação e intersubjetividade, gerando códigos técnicos próprios, que permitem ao agricultor se apropriar da tecnologia, para além de qualquer tipo de "disputa" entre racionalidades Abstract: This thesis analyzes the ways in which Social Technology (ST) is mediated by what is identified here as an "epistemological contradiction" between rationalities, that is, a contradiction between how public policy understands ST, as it is reproduced by expertise, and how ST are experienced by family-based farmers. The ST at the center of the analysis is known as "Agroecological, Integrated and Sustainable Production System" (SPAIS, in Portuguese). It combines "short-term solutions on a large scale" for a historically unresolved problem in Brazil: poverty and rural exodus. This system integrates a set of intersectoral actions in the field of productive social inclusion and aligns the actions planned by federal government programs since 2002. Assuming that social groups are influenced ¿ in varying degrees ¿ by a techno-scientific rationality, that is, a way of thinking and acting driven by the exacerbation of market values, a contradiction is established based on three main categories of epistemic divergence: 1) use of the term "social technology", which theoretically shares absolutely nothing with the techno-scientific rationality that guides this policy; 2) the concept of Agroecology, which is radically opposed to the rural development model in the country; and 3) an agricultural social practice that is not related to these perspectives. In light of the theoretical contributions of the Sociotechnical Approach (Social Construction of Technology?) and the Philosophy of Technology, the fieldwork presented here examines three aspects of the interaction between expert knowledge and the farmers: culture as the "disruption" of normalization, regionality as a facilitator of expertise/farmer interaction, and intersubjectivity as a constituent factor of the appropriation of technology by farmers. These elements evidence the way techno-scientific rationality exerts no influence on farmers, whose practices are geared more towards "sustaining life" (food and health). Additionally, the thesis identifies the way ST are subverted and re-signified. However, this phenomenon does not resolve the contradiction noted above, which is only "dissolved", since intersubjectivity allows farmers to appropriate technology through the establishment of their own "technical code" that originates from processes of re-signification of the ST as a whole Doutorado Política Científica e Tecnologica Doutora em Política Científica e Tecnológica
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- 2021
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21. O papel dos valores na proposição e aceitação de teorias e modelos nas ciências biológicas: uma contribuição desde a epistemologia
- Author
-
Brito, Breno Pascal de Lacerda, El-Hani, Charbel Niño, Nunes Neto, Nei de Freitas, Lacey, Hugh, Carvalho, Eros Moreira de, Santos, Frederik Moreira dos, and Silva Filho, Waldomiro da
- Subjects
Educação ,Lacey ,Autônomia ,Reflexão ,Agente epistêmico ,Epistemologia ,Filosofia ,Valor - Abstract
Submitted by Breno Brito (brenoplbrito@yahoo.com.br) on 2020-01-13T16:15:30Z No. of bitstreams: 1 Tese_BritoBreno.pdf: 1216676 bytes, checksum: 597a88ebae878ea0a03dc47d9687645f (MD5) Approved for entry into archive by Ana Miria Moreira (anamiriamoreira@hotmail.com) on 2020-01-21T13:44:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_BritoBreno.pdf: 1216676 bytes, checksum: 597a88ebae878ea0a03dc47d9687645f (MD5) Made available in DSpace on 2020-01-21T13:44:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_BritoBreno.pdf: 1216676 bytes, checksum: 597a88ebae878ea0a03dc47d9687645f (MD5) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Nas últimas décadas tem ocorrido um aumento da importância do debate do papel dos valores epistêmicos e não-epistêmicos nas Ciências Biológicas, principalmente devido a uma ampliação dos fenômenos que estas ciências se propõem a estudar e ao aumento de aplicações nas quais conhecimentos biológicos são requeridos, e, por vezes, à relação entre os dois casos, como por exemplo estudos de engenharia genética, ou de conservação. Com essas novas frentes de ação das Ciências Biológicas, a necessidade de se entender melhor as práticas dos biologos, qua cientistas, tem se tornado cada vez maior, inclusive no que diz respeito à escolha de suas Teorias e Modelos, foco do presente trabalho. Isso porque há uma necessidade cada vez maior nas Ciências Biológicas de que se compreenda qual papel os valores desempenham nas práticas envolvidas na proposição e aceitação de modelos. No debate sobre o papel dos valores na prática cientifica, com um foco na aceitação de teorias, há duas possíveis posições: uma que apresenta modelos que sustentam que apenas valores epistêmicos têm papel nessas práticas; e outra com modelos que defendem que tanto valores epistêmicos e não-epistêmicos têm um papel na prática científica. Nesta tese, consideramos que esta segunda posição apresenta uma maior capacidade de explicar as práticas científicas, explicação cada vez mais pertinenete às Ciências Biológicas. Entre os modelos dessa posição, podemos destacar o modelo do Papel dos Valores na Ciência (RVS), de Hugh Lacey, de acordo com o qual a prática científica pode ser entendida considerando-se momentos logicamente distintos, nos quais valores diferentes desempenham papeis específicos, confome o objetivo de cada um dos momentos identificados no modelo. O modelo RVS apresenta uma capacidade de explicar uma grande gama de práticas das Ciências Biológicas, e consegue superar críticas que outros modelos não conseguem enfrentar com igual sucesso. Podemos destacar entre essas críticas a confusão dos momentos de aplicação e aceitação das Teorias T ou Modelos M e como e quais valores atuam nesses momentos distintos, podendo assim explicitar o papel de cada tipo de valor (epistêmico e não-epistêmico). Outro ponto a considerar diz respeito à capacidade do modelo RVS de conseguir articular explicações para práticas científicas tendo na devida conta tanto valores epistêmicos quanto valores não-epistêmicos. Porém, o RVS, como os outros modelos que buscam explicar o papel dos valores nas ciências, ao tratar do momento que analisa como se dá a seleção das Teorias e Modelos científicos foca apenas na expressão dos valores epistêmicos em T e/ou M. Porém, essa postura não consegue ser traduzida em critérios claros do porquê de T e/ou M ter sido selecionada, poís não é empiricamente viável comparar a expressão dos valores expressas em Teorias e/ou Modelos rivais, seja pela falta de um metodo para dizer qual T e/ou M tem o conjunto mais alto de valores ou como comparar valores diferentes com expressão diferentes de seu grau. Outra crítica possível ao RVS é sobre o deslocamento da análise da aceitação em prol das atitudes de Adotar, Endossar e Sustentar. Ao fazê-lo o modelo limita as situações onde os valores epistêmicos tem um papel legitimo a uma quantidade bastante limitada de práticas científicas nas Ciências Biológicas. Para resolver esse problema, propomos nesta tese que se analise a seleção de T ou/e M da perspectiva da Epistemologia das Virtudes. Assim, defendemos que uma boa teoria ou modelo seria aquela escolhida por um Agente Epistêmico Competente. Para ser considerado competente, o Agente deve ser capaz de utilizar sua habilidade reflexiva para acessar as razões que o levam a aceitar T e/ou M, e conseguir dessa forma articulá-las racionalmente com os valores epistêmicos de uma comunidade epistêmica da qual ele faz parte. Dessa forma, um Agente Epistêmico virtuoso, ao realizar uma performance fruto de uma habilidade competente, estará gerando um maior entendimento sobre o fenômeno que T aborda e indicando que ela é, quando comparada a outras, a melhor Teoria ou Modelo, com base nas informações às quais o agente tem acesso e às razões que utiliza reflexivamente, devendo assim ser aceita. Defendemos, ainda, que esse Agente deve agir de acordo com o que definimos como um Princípio de Precaução Epistêmica ao avaliar T e/ou M, pois dessa maneira ele poderá ser mais zeloso quanto aos possíveis riscos epistêmicos associados à aceitação de T e/ou M e, assim, poderá ser um agente mais crítico e responsável no processo de aceitação de T e/ou M. O Princípio de Precaução Epistêmica determina que um Agente deva agir de acordo com o princípio que determina que devemos agir de forma cuidadosa ao tomarmos decisões sobre as atitudes epistêmicas cujas consequências não conhecemos (ou controlamos), especialmente quando estas consequências podem ser inesperadas, graves e/ou até mesmo irreversíveis Dito isso, que o modelo RVS deve ser reinterpretado à luz da ideia de um Agente Epistêmico Competente, possibilitando então que o RVS supere suas criticas. Com base nisso propormos uma nova proposta de Atitude cognitva associada ao momento de aceitação de T e/ou M, denominada Avaliação Reflexiva, de acordo a qual um Agente Epistêmico Competente deve, ao avaliar T e/ou M, fazer uso de sua reflexão para melhor entendimento de T e/ou M e articular suas razões de acordo com os valores epistêmicos de uma comunidade epistêmica da qual ele faça parte, possivelmente composta de pares epistêmicos, que tenham aceitos como relevantes um conjunto de valores, que promova o debate e o dissenso racional e que favorecem aos membros do grupo o acesso às afirmações científicas que o grupo proponha e aceite. Ao assumir uma Atitude Reflexiva, o Agente é capaz então de julgar de forma confiável se aceita, se rejeita ou se suspende seu juízo sobre o valor de T e/ou M, a partir de uma avaliação do melhor entendimento de T/ou M. Abstract The importance of the debate on the role of epistemic and non-epistemic values in Biological Sciences has increased in recent decades. That happens mainly due to the widening of the range of phenomena that these sciences propose to study, to the expansion of applications in which biological knowledge is required, and sometimes to the relationship between the two cases, such as genetic engineering studies, or conservation studies. With these new fronts of action in Biological Sciences, the need to better understand the practices of biologists, scientists, has risen, mainly regarding the choice of their Theories and Models, the focus of the present study. This is because there is a growing need in Biological Sciences to understand what role values play in the practices involved in proposing and accepting models. In the debate about the role of values in scientific practice, focusing on the acceptance of theories, there are two possible approaches: one that presents models, which claims that only epistemic values play a role in these practices; and another with models that argue that both epistemic and non-epistemic values have an important role in scientific practice. In this thesis, we consider that this second approach presents a greater capacity to explain the scientific practices, which has become increasingly necessary to the Biological Sciences. Among the models of this position, we can highlight Hugh Lacey's Role of Values in Science (RVS) model. According to that model, the scientific practice can be understood by considering logically distinct moments in which different values play specific roles, under the purpose of each of the moments identified in the model. The RVS model presents an ability to explain a wide range of Biological Sciences practices, and is able to overcome criticism that other models may not cope with equal success. We can highlight among these criticisms the confusion of the moments of application and acceptance of Theories T or Models M and how and which values act in these distinct moments, therefore being able to explain the role of each type of value (epistemic and non-epistemic). Another point to consider is the ability of the RVS model to articulate explanations for scientific practices concerning both epistemic values and non-epistemic values. However, the RVS, like other models that seek to explain the role of values in the sciences, when dealing with the moment that analyzes how the selection of scientific theories and models occurs, focuses only on the expression of the epistemic values in T and/or M. However, this posture are not translated into a clear criteria about why T and/or M are selected. That occurs because it is not empirically feasible to compare the expression of the values in rival Theories and/or Models, either by the lack of a method to say which T and/or M has the highest set of values or for how to compare different values with different expression of their degree.Another possible criticism of RVS is about shifting the acceptance analysis toward Adopt, Endorse, and Sustain attitudes. In doing that, the model limits the situations where epistemic values have a legitimate role to a rather limited amount of scientific practices in the Biological Sciences. To solve this problem, we propose in this thesis to analyze the selection of T or/and M from the perspective of the Epistemology of Virtues. Thus, we argue that a good theory or model would be one chosen by a Competent Epistemic Agent. In order to be considered competent, the Agent must be able to use his reflexive ability to access the reasons that lead him to accept T and/or M and thus be able to articulate them rationally with the epistemic values of an epistemic community of which he does part. In this way, a virtuous Epistemic Agent, by doing a performance based on a competent ability, will generate a greater understanding of the phenomenon that T approaches and indicating that it is, when compared to others, the best Theory or Model, based on the information to which the agent has access and the reasons he uses reflexively and should, therefore, be accepted. We further argue that this Agent must act according to what we define as a Principle of Epistemic Precaution in evaluating T and/or M. We argue that because in this way he may be more zealous about the possible epistemic risks associated with accepting T and/or M and thus may be a more critical and responsible agent in the process of acceptance of T and/or M. The Principle of Epistemic Precaution determines that an Agent must act according to the principle, which proposes that we must act carefully when we make decisions about the epistemic attitudes. Because we do not know (or control) the possible consequences, especially when these may be unexpected, serious and/or even irreversible. That said, the RVS model must be reinterpreted in the light of the idea of a Competent Epistemic Agent, thus allowing RVS to overcome its criticisms. Based on this, we propose a new cognitive Attitude proposal associated with the moment of acceptance of T and/or M, called Reflective Assessment. According to that, when evaluating T and/or M, a Competent Epistemic Agent should make use of his reflection to allow a better understanding of T and/or M. She also should articulate their reasons according to the epistemic values of an epistemic community, possibly composed of epistemic pairs, who have accepted as relevant a set of values. Those values promote debate, rational dissent, and favor the members of the group to have access to the scientific statements that the group proposes and accepts. By assuming a Reflective Attitude, the Agent is able to reliably judge whether to accept, reject or suspend his judgment on the value of T and/or M, from an evaluation of the best understanding of T and/or M.
- Published
- 2019
22. O papel dos valores na proposição e aceitação de teorias e modelos nas ciências biológicas: uma contribuição desde a epistemologia
- Author
-
Brito, Breno Pascal de Lacerda, El-Hani, Charbel Niño, Nunes Neto, Nei de Freitas, Lacey, Hugh, Carvalho, Eros Moreira de, Santos, Frederik Moreira dos, and Silva Filho, Waldomiro da
- Subjects
Educação ,Lacey ,Autônomia ,Reflexão ,Agente epistêmico ,Epistemologia ,Filosofia ,Valor - Abstract
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No. of bitstreams: 1 Tese_BritoBreno.pdf: 1216676 bytes, checksum: 597a88ebae878ea0a03dc47d9687645f (MD5) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Nas últimas décadas tem ocorrido um aumento da importância do debate do papel dos valores epistêmicos e não-epistêmicos nas Ciências Biológicas, principalmente devido a uma ampliação dos fenômenos que estas ciências se propõem a estudar e ao aumento de aplicações nas quais conhecimentos biológicos são requeridos, e, por vezes, à relação entre os dois casos, como por exemplo estudos de engenharia genética, ou de conservação. Com essas novas frentes de ação das Ciências Biológicas, a necessidade de se entender melhor as práticas dos biologos, qua cientistas, tem se tornado cada vez maior, inclusive no que diz respeito à escolha de suas Teorias e Modelos, foco do presente trabalho. Isso porque há uma necessidade cada vez maior nas Ciências Biológicas de que se compreenda qual papel os valores desempenham nas práticas envolvidas na proposição e aceitação de modelos. No debate sobre o papel dos valores na prática cientifica, com um foco na aceitação de teorias, há duas possíveis posições: uma que apresenta modelos que sustentam que apenas valores epistêmicos têm papel nessas práticas; e outra com modelos que defendem que tanto valores epistêmicos e não-epistêmicos têm um papel na prática científica. Nesta tese, consideramos que esta segunda posição apresenta uma maior capacidade de explicar as práticas científicas, explicação cada vez mais pertinenete às Ciências Biológicas. Entre os modelos dessa posição, podemos destacar o modelo do Papel dos Valores na Ciência (RVS), de Hugh Lacey, de acordo com o qual a prática científica pode ser entendida considerando-se momentos logicamente distintos, nos quais valores diferentes desempenham papeis específicos, confome o objetivo de cada um dos momentos identificados no modelo. O modelo RVS apresenta uma capacidade de explicar uma grande gama de práticas das Ciências Biológicas, e consegue superar críticas que outros modelos não conseguem enfrentar com igual sucesso. Podemos destacar entre essas críticas a confusão dos momentos de aplicação e aceitação das Teorias T ou Modelos M e como e quais valores atuam nesses momentos distintos, podendo assim explicitar o papel de cada tipo de valor (epistêmico e não-epistêmico). Outro ponto a considerar diz respeito à capacidade do modelo RVS de conseguir articular explicações para práticas científicas tendo na devida conta tanto valores epistêmicos quanto valores não-epistêmicos. Porém, o RVS, como os outros modelos que buscam explicar o papel dos valores nas ciências, ao tratar do momento que analisa como se dá a seleção das Teorias e Modelos científicos foca apenas na expressão dos valores epistêmicos em T e/ou M. Porém, essa postura não consegue ser traduzida em critérios claros do porquê de T e/ou M ter sido selecionada, poís não é empiricamente viável comparar a expressão dos valores expressas em Teorias e/ou Modelos rivais, seja pela falta de um metodo para dizer qual T e/ou M tem o conjunto mais alto de valores ou como comparar valores diferentes com expressão diferentes de seu grau. Outra crítica possível ao RVS é sobre o deslocamento da análise da aceitação em prol das atitudes de Adotar, Endossar e Sustentar. Ao fazê-lo o modelo limita as situações onde os valores epistêmicos tem um papel legitimo a uma quantidade bastante limitada de práticas científicas nas Ciências Biológicas. Para resolver esse problema, propomos nesta tese que se analise a seleção de T ou/e M da perspectiva da Epistemologia das Virtudes. Assim, defendemos que uma boa teoria ou modelo seria aquela escolhida por um Agente Epistêmico Competente. Para ser considerado competente, o Agente deve ser capaz de utilizar sua habilidade reflexiva para acessar as razões que o levam a aceitar T e/ou M, e conseguir dessa forma articulá-las racionalmente com os valores epistêmicos de uma comunidade epistêmica da qual ele faz parte. Dessa forma, um Agente Epistêmico virtuoso, ao realizar uma performance fruto de uma habilidade competente, estará gerando um maior entendimento sobre o fenômeno que T aborda e indicando que ela é, quando comparada a outras, a melhor Teoria ou Modelo, com base nas informações às quais o agente tem acesso e às razões que utiliza reflexivamente, devendo assim ser aceita. Defendemos, ainda, que esse Agente deve agir de acordo com o que definimos como um Princípio de Precaução Epistêmica ao avaliar T e/ou M, pois dessa maneira ele poderá ser mais zeloso quanto aos possíveis riscos epistêmicos associados à aceitação de T e/ou M e, assim, poderá ser um agente mais crítico e responsável no processo de aceitação de T e/ou M. O Princípio de Precaução Epistêmica determina que um Agente deva agir de acordo com o princípio que determina que devemos agir de forma cuidadosa ao tomarmos decisões sobre as atitudes epistêmicas cujas consequências não conhecemos (ou controlamos), especialmente quando estas consequências podem ser inesperadas, graves e/ou até mesmo irreversíveis Dito isso, que o modelo RVS deve ser reinterpretado à luz da ideia de um Agente Epistêmico Competente, possibilitando então que o RVS supere suas criticas. Com base nisso propormos uma nova proposta de Atitude cognitva associada ao momento de aceitação de T e/ou M, denominada Avaliação Reflexiva, de acordo a qual um Agente Epistêmico Competente deve, ao avaliar T e/ou M, fazer uso de sua reflexão para melhor entendimento de T e/ou M e articular suas razões de acordo com os valores epistêmicos de uma comunidade epistêmica da qual ele faça parte, possivelmente composta de pares epistêmicos, que tenham aceitos como relevantes um conjunto de valores, que promova o debate e o dissenso racional e que favorecem aos membros do grupo o acesso às afirmações científicas que o grupo proponha e aceite. Ao assumir uma Atitude Reflexiva, o Agente é capaz então de julgar de forma confiável se aceita, se rejeita ou se suspende seu juízo sobre o valor de T e/ou M, a partir de uma avaliação do melhor entendimento de T/ou M. Abstract The importance of the debate on the role of epistemic and non-epistemic values in Biological Sciences has increased in recent decades. That happens mainly due to the widening of the range of phenomena that these sciences propose to study, to the expansion of applications in which biological knowledge is required, and sometimes to the relationship between the two cases, such as genetic engineering studies, or conservation studies. With these new fronts of action in Biological Sciences, the need to better understand the practices of biologists, scientists, has risen, mainly regarding the choice of their Theories and Models, the focus of the present study. This is because there is a growing need in Biological Sciences to understand what role values play in the practices involved in proposing and accepting models. In the debate about the role of values in scientific practice, focusing on the acceptance of theories, there are two possible approaches: one that presents models, which claims that only epistemic values play a role in these practices; and another with models that argue that both epistemic and non-epistemic values have an important role in scientific practice. In this thesis, we consider that this second approach presents a greater capacity to explain the scientific practices, which has become increasingly necessary to the Biological Sciences. Among the models of this position, we can highlight Hugh Lacey's Role of Values in Science (RVS) model. According to that model, the scientific practice can be understood by considering logically distinct moments in which different values play specific roles, under the purpose of each of the moments identified in the model. The RVS model presents an ability to explain a wide range of Biological Sciences practices, and is able to overcome criticism that other models may not cope with equal success. We can highlight among these criticisms the confusion of the moments of application and acceptance of Theories T or Models M and how and which values act in these distinct moments, therefore being able to explain the role of each type of value (epistemic and non-epistemic). Another point to consider is the ability of the RVS model to articulate explanations for scientific practices concerning both epistemic values and non-epistemic values. However, the RVS, like other models that seek to explain the role of values in the sciences, when dealing with the moment that analyzes how the selection of scientific theories and models occurs, focuses only on the expression of the epistemic values in T and/or M. However, this posture are not translated into a clear criteria about why T and/or M are selected. That occurs because it is not empirically feasible to compare the expression of the values in rival Theories and/or Models, either by the lack of a method to say which T and/or M has the highest set of values or for how to compare different values with different expression of their degree.Another possible criticism of RVS is about shifting the acceptance analysis toward Adopt, Endorse, and Sustain attitudes. In doing that, the model limits the situations where epistemic values have a legitimate role to a rather limited amount of scientific practices in the Biological Sciences. To solve this problem, we propose in this thesis to analyze the selection of T or/and M from the perspective of the Epistemology of Virtues. Thus, we argue that a good theory or model would be one chosen by a Competent Epistemic Agent. In order to be considered competent, the Agent must be able to use his reflexive ability to access the reasons that lead him to accept T and/or M and thus be able to articulate them rationally with the epistemic values of an epistemic community of which he does part. In this way, a virtuous Epistemic Agent, by doing a performance based on a competent ability, will generate a greater understanding of the phenomenon that T approaches and indicating that it is, when compared to others, the best Theory or Model, based on the information to which the agent has access and the reasons he uses reflexively and should, therefore, be accepted. We further argue that this Agent must act according to what we define as a Principle of Epistemic Precaution in evaluating T and/or M. We argue that because in this way he may be more zealous about the possible epistemic risks associated with accepting T and/or M and thus may be a more critical and responsible agent in the process of acceptance of T and/or M. The Principle of Epistemic Precaution determines that an Agent must act according to the principle, which proposes that we must act carefully when we make decisions about the epistemic attitudes. Because we do not know (or control) the possible consequences, especially when these may be unexpected, serious and/or even irreversible. That said, the RVS model must be reinterpreted in the light of the idea of a Competent Epistemic Agent, thus allowing RVS to overcome its criticisms. Based on this, we propose a new cognitive Attitude proposal associated with the moment of acceptance of T and/or M, called Reflective Assessment. According to that, when evaluating T and/or M, a Competent Epistemic Agent should make use of his reflection to allow a better understanding of T and/or M. She also should articulate their reasons according to the epistemic values of an epistemic community, possibly composed of epistemic pairs, who have accepted as relevant a set of values. Those values promote debate, rational dissent, and favor the members of the group to have access to the scientific statements that the group proposes and accepts. By assuming a Reflective Attitude, the Agent is able to reliably judge whether to accept, reject or suspend his judgment on the value of T and/or M, from an evaluation of the best understanding of T and/or M.
- Published
- 2019
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