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O transporte de equinos tem sido um dos fatores de risco mais associados ao desenvolvimento da pleuropneumonia, isso porque há um grande estresse vivido por esses animais durante o embarque, na viagem e no desembarque, levando a uma queda de imunidade. O sistema respiratório de equinos atletas é um dos mais importantes, uma vez que interfere no seu desempenho. O objetivo desse trabalho, foi relatar um caso atendido no Hovet da Universidade Federal do Mato Grosso – Cuiabá. O animal chegou com histórico de pleuropneumonia após ser transportado por longa distância e com recidivas ao tratamento. Para confirmação do diagnóstico e análise do quadro clínico atual, foram realizados exames laboratoriais e de imagem, incluindo hemograma, perfil bioquímico, citologia, cultivo, antibiograma e ultrassonografia torácica, indicando a presença de pleuropneumonia crônica. A terapia foi realizada com antimicrobianos de amplo espectro e baseados no antibiograma, anti-inflamatórios não esteroidais, mucolítico e cuidados de suporte. Após 29 dias de tratamento, apresentou remissão dos sintomas e fluído pleural, apto à alta hospitalar. A pleuropneumonia tem prognóstico reservado, dependendo da gravidade do quadro e rapidez nas tomadas de decisões. O sucesso do caso, deve-se ao diagnóstico correto e condutas terapêuticas assertivas, resultando em bom prognóstico.

A rinite fúngica em equinos é de ocorrência rara, ainda não se sabe ao certo como a etiopatogenia da doença funciona. Os fungos são conhecidos pelo seu caráter oportunista, e o uso indiscriminado de corticosteroides, antibióticos de amplo espectro e doenças concomitantes são considerados fatores de risco. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de rinite fúngica em um cavalo Quarto de Milha de 09 anos atendido no Setor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso. Animal apresentou secreção nasal bilateral serosa e feridas ulceradas com placas fúngicas nas narinas externas. O diagnóstico foi realizado principalmente via rinoscopia, cultivo fúngico e reação em cadeia da polimerase (PCR). À rinoscopia foi observado que as lesões se localizavam nas conchas e septo nasal bilateralmente, estendendo-se das narinas externas à porção média da cavidade nasal. Os agentes isolados foram Aspergillus spp, Exophiala spp e Penicillium spp e o tratamento realizado em duas etapas. A primeira consistiu no uso de uma fórmula contendo clotrimazol, miconazol e anfotericina B, utilizada por via tópica por 82 dias totais. Diante da não resolução do quadro aos 44 dias de tratamento tópico, foi adicionado à terapia fluconazol e iodeto de potássio, administrados por via oral por 06 meses. Após o início da terapia sistêmica, houve melhora significativa das lesões, com resolução total da infecção após 07 meses e meio de tratamento, sendo observado apenas tecido cicatricial à rinoscopia. Concluiu-se que a associação das terapias foi efetiva neste caso.