Objective The purpose of the present study was to evaluate the pelvic bone deformities and its correlation with the acetabular center-edge (CE) angle. Methods Between August 2014 and April 2015, we prospectively evaluated patients aged between 20 and 60 years old. The exclusion criteria were: metabolic disease, previous hip or spine surgery, radiograph showing hip arthrosis ≥ Tönnis two, severe hip dysplasia, global acetabular overcoverage, acetabular crossover sign, hip deformities from slipped capital femoral epiphysis (SCFE) or Leg-Perthes-Calveé, and bad quality radiographs. At anteroposterior (AP) pelvic radiographs, we have evaluated: the CE angle, the acetabular index (IA), the acetabular crossover sign, the vertical and horizontal superior and inferior pelvic axis (H1: Horizontal line 1, superior pelvic axis; H2: Horizontal line 2, superior pelvic axis; V1: Vertical line, superior pelvic axis; HR: Horizontal line, inferior pelvic axis; VR: Vertical line, inferior pelvic axis). The superior and inferior pelvic axis were considered asymmetric when there was a difference ≥ 5 mm between both sides. Patients were divided into two groups: control and group 1. Results A total of 228 patients (456 hips) were evaluated in the period. According to the established criteria, 93 patients were included. The mean age was 39.9 years old (20 to 60 years old, standard deviation [SD] = 10,5), and the mean CE angle in the right hip was 31.5º (20 o to 40º), and in the left 32.3º (20 o to 40º). The control group had 38 patients, with asymmetric H1 in 4 cases (10.5%), H2 in 5 (13.1%), V1 in 7 (18.4%), HR in 5 (13.1%) and VR in 1 (2.63%). Group 1 had 55 patients, with asymmetric H1 in 24 cases (43.6%), H2 in 50 (90.9%), V1 in 28 (50.9%), HR in 16 (29.09%) and VR in 8 (14.5%). Comparing both groups, there was statistical significance for H1, H2 and V1 asymmetry (p < 0.001). Conclusion In the present paper, we observed the correlation between variation in the acetabular CE angle and asymmetry of the superior hemipelvis. The present authors believe that a better understanding of the pelvic morphologic alterations allows a greater facility in the diagnosis of hip articular deformities. Resumo Objetivos O objetivo do presente trabalho é avaliar a deformidade dos ossos pélvicos e sua correlação com ângulo centro-borda acetabular (CE). Métodos Foi realizado um estudo prospectivo caso-controle, entre agosto de 2014 e abril de 2015. Os critérios de inclusão foram pacientes consecutivos com idades entre 20 e 60 anos. Os critérios de exclusão foram: doença metabólica, cirurgia prévia de quadril ou coluna, radiografia evidenciando artrose de quadril ≥ Tönnis 2, displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) severa, sobrecobertura acetabular global, sinal do cruzamento das linhas acetabulares, deformidades decorrentes de epifisiólise ou Legg-Perthes-Calveé, e radiografia sem qualidade adequada. Foram avaliados na radiografia anteroposterior (AP) de pelve: o ângulo CE, índice acetabular (IA), sinal do cruzamento das linhas acetabulares, mensuração do eixo horizontal e vertical da hemipelve superior e inferior (H1: Linha Horizontal 1, hemipelve superior; H2: Linha Horizontal 2, hemipelve superior; V1: Linha Vertical, hemipelve superior; HR: Linha Horizontal, hemipelve inferior; VR: Linha Vertical, hemipelve inferior). As mensurações H1, H2, V1, HR e VR foram consideradas assimétricas quando, na comparação de uma hemipelve em relação ao lado contralateral, evidenciou-se uma diferença > 5 mm. Os pacientes foram separados em dois grupos: controle e grupo 1. Resultados O total de pacientes avaliados no período foi de 228 (456 quadris). De acordo com os critérios estabelecidos, foram incluídos neste estudo 93 pacientes. A idade média foi de 39,9 anos (20 a 60 anos, desvio padrão [DP] = 10,5), e o ângulo CE médio do quadril direito foi de 31,5º (20º a 40º) e do esquerdo de 32,3º (20º a 40º). Um total de 38 pacientes foi incluído no grupo controle, sendo que com relação à H1, foi constatada aferição assimétrica em 4 casos (10,5%), H2 em 5 (13,1%), V1 em 7 (18,4%), HR em 5 (13,1%), e VR em 1 caso (2,63%). No grupo 1, foram incluídos 55 pacientes, sendo que com relação à H1, foi constatada aferição assimétrica em 24 casos (43,6%), H2 em 50 (90,9%), V1 em 28 (50,9%), HR em 16 (29,09%), e VR em 8 casos (14,5%). Na comparação entre o grupo controle e o grupo 1, observou-se diferença estatisticamente significativa para a assimetria das mensurações H1, H2 e V1 (p < 0,001). Conclusão No presente trabalho, evidenciou-se correlação entre variação do ângulo CE acetabular e assimetria da hemipelve superior. Os presentes autores acreditam que o melhor entendimento das alterações morfológicas pélvicas permite uma maior facilidade no diagnóstico das deformidades articulares do quadril.