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En el presente trabajo nos proponemos mostrar y explicar el aumento de la cantidad de literatura soviética y de textos políticos de autores del pensamiento revolucionario ruso que se da hacia la década de los treinta del siglo XX en Argentina, y la tendencia creciente hacia una predilección por la traducción directa del ruso como modalidad privilegiada de circulación de estos textos en la editorial Claridad. Proponemos la hipótesis de que la difusión de la literatura soviética y de ensayos políticos en traducción directa se encuentra en sintonía, en primer lugar, con las afinidades ideológicas de la editorial con la Revolución rusa y con la Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS); en segundo lugar, con la radicalización política de los grupos de izquierda nucleados en torno a Claridad a raíz del golpe de Estado de José Félix Benito Uriburu y el consecuente redireccionamiento del proyecto editorial hacia un carácter más político que cultural; y, por último, con la necesidad de la editorial de establecer un puente directo entre Argentina y la URSS, en un contexto en el que proliferan las noticias periodísticas sobre la realidad soviética, tanto de la “prensa burguesa” como de intelectuales argentinos de izquierdas que viajaban a la URSS. Asimismo, buscamos explicar el segundo viraje a partir de 1935, momento en que la editorial vuelve a publicar autores cumbre del realismo del siglo XIX y textos sobre personalidades y acontecimientos de la historia rusa. Planteamos que esto se debe a que la democracia se vuelve un modelo posible para varios sectores de las izquierdas, al calor de la Segunda Guerra Mundial y el crecimiento de los fascismos.

O presente trabalho apresenta uma catalogação de traduções feitas diretamente do russo para o português em contexto acadêmico, especificamente nos Programas de Pós-Graduação da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo entre os anos de 1970 e 2022. Para o nosso levantamento consideramos aqueles estudos que não apenas se debruçavam sobre literatura e cultura russa, mas também apresentavam traduções anexas. Essa pesquisa se deu em dois arquivos: um físico, a Biblioteca Florestan Fernandes, e um digital, o Repositório de Teses USP online. Esse estudo detectou mais de 350 títulos, divididos entre poemas, textos críticos, contos, manifestos etc. Apresentamos aqui uma lista de fácil acesso para os interessados.

La novela de Borís Pilniak, El año desnudo, publicada en 1922, permite analizar, a través de la trama, de los personajes, y sobre todo, de la particular estructura, las relaciones entre literatura/sociedad, propuestas de vanguardia, representaciones de lo popular y de las instituciones, en el convulso momento en que acontece la Revolución. Lo que denominamos conflicto de identidades tiene que ver con las afiliaciones que se sostienen o cambian en un momento de profundos cambios estructurales que acontecen en Rusia en el año de 1921 en el cual se despliegan las visiones diversas del pasado y del futuro en las voces de los personajes en una matriz esencialmente dialógica donde conviven los nuevos discursos revolucionarios con los recuerdos y las renitencias a la historia nacional.

Em 1926, Vsiévolod Ivanov, um pioneiro escritor soviético canonizado nas páginas da legendária revista “Krásnaia nov”, publicou um conto intitulado “Um amor brasileiro” na revista ilustrada “30 dniêi”. Não há indícios que Ivanov tenha visitado o Brasil, sugerindo que a representação do país no conto é baseada em informação de segunda mão; por outro lado, em “Um amor brasileiro” Ivanov não só produz um estereótipo de uma cultura distante e exótica, mas também transpõe questionamentos da realidade soviética para aquele mundo, gerando uma espécie de tradução cultural das incertezas do projeto bolchevique para uma mítica Floresta Amazônica povoada, literalmente, por emigrantes russos.

Depois de constatarmos a falta de sistematização das traduções do PPG em Literatura e Cultura Russa, decidimos organizar em um arquivo facilmente acessível e que permita buscas rápidas em seu conteúdo. Por causa da crise sanitária, o presente catálogo encontra-se incompleto, no entanto, planeja-se a publicação de um complemento em futuro próximo.

O presente artigo desenvolve uma leitura de O exército de cavalaria (1926), de Isaac Bábel, focalizando, especialmente, a linguagem do autor, a estrutura narrativa e o papel desempenhado pelo narrador protagonista e por sua trajetória de formação. Por meio da análise de três contos (“A travessia do Zbrutch”, “O filho do rabino” e “Berestiechko”), são tratadas questões concernentes à representação da matéria épica, ao efeito geral de paradoxo, conflito e choque observável na obra e, finalmente, à possibilidade de caracterizar o livro de Bábel como um romance modernista.

El realismo socialista ha sido un género literario denostado por su asociación tradicional a la Unión Soviética y a su papel en muchos casos de propaganda del régimen soviético y del comunismo. El presente trabajo se encarga de dar contexto a un movimiento literario que abarca más que la producción literaria soviética, incluyendo a autores fuera de ese ámbito político. Se trata de valorar el trabajo crítico y utópico de esta literatura traerla al presente y hacer una lectura positiva de casi un siglo de una producción al margen de la realidad y los valores occidentales.

Este artigo apresenta uma análise do romance Moskvá-Petuchkí, de Venedíkt Eroféev, por meio da retomada do arquétipo do iuródstvo para a compreensão do caráter anti-heroico do protagonista, bem como a imagem de Moscou como símbolo de uma cidade opressora.

A partir de um breve panorama das vanguardas literárias russas e soviéticas das duas primeiras décadas do século XX, são tratadas neste ensaio questões relativas a formação, instauração, desdobramentos e produção do assim chamado realismo socialista, que vigorou na URSS de 1932 em diante. Também são estudadas as raízes desse pretenso método de representação artística na tradição literária e crítica russa do século XIX.

Resumo: Este artigo apresenta um panorama dos debates historiográficos, antigos e recentes, sobre a literatura produzida no complexo de campos de concentração soviéticos (o "gulag"). São examinados livros, congressos, instituições de pesquisa e organizações de memória dedicadas ao tema. O texto é concluído pela constatação da escassez de pesquisas voltadas às especificidades da literatura do gulag.