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La sociabilité des journalistes sur Twitter, entendue ici comme l’ensemble desréseaux de relations ponctuelles ou durables qui se nouent avec les sources, les pairs et le public, se déploie sur différents registres de pratiques professionnelles. À partir d’une enquête qualitative, fondée sur l’entretien en face à face et l’observation en ligne, auprès d’un échantillon de 23 journalistes, trois caractéristiques de cette sociabilité professionnelle ont été distinguées : sa performativité, son ambivalence et sa multidimensionnalité. La sociabilité performative se fonde sur un maillage cumulatif de liens qui prend appui sur la construction d’une identité numérique servant à la constitution d’un capital de visibilité diversement apprécié. Les professionnels interrogés ont d’ailleurs des appropriations très différenciées des fonctionnalités de la plateforme. La sociabilité ambivalente est constituée par les relations qui se tissent d’une part avec les confrères de la rédaction d’appartenance et d’autre part avec ceux d’autres médias. La sociabilité interne oscille entre autonomie individuelle et contrôle plus ou moins important de leur hiérarchie. La sociabilité externe repose à la fois sur des stratégies de concurrence et de solidarité interprofessionnelle au sein de la communauté journalistique. La sociabilité multidimensionnelle passe d’abord par la quête de contacts ponctuels comme sources d’information ; ensuite par la constitution de liens très ciblés, notamment chez les journalistes spécialisés ; et enfin par l’essor de conversations amicales et informelles propices au divertissement. De fait, le principe selon lequel l’accumulation de liens serait corrélée à une certaine influence dans la profession est à relativiser : en effet, il faut que ces contacts soient pertinents dans son domaine de spécialité et isolés les uns des autres pour que le journaliste puisse être véritablement influent. On repère au final trois niveaux de sociabilité professionnelle : une sociabilité extensive, une sociabilité instrumentale et une sociabilité interpersonnelle. This article examines the usage of Twitter by journalists through a broad analytic framework encompassing all the networks that journalists occasionally or regularly develop with their sources, peers, and audience. Our research draws upon a qualitative survey based on both face-to-face interviews with 23 journalists and the online observation of their Twitter accounts. It identifies three main categories of professional sociability: performative, ambivalent and multidimensional. The performative sociability represents the cumulative creation of networks linked to the construction of a digital identity leading to a capital of visibility. Journalists use Twitter in diverse manners and therefore evaluate the visibility on Twitter in various ways. The ambivalent sociability consists of relations with peers in their own media, as well as with other journalists in the field. Their internal sociability oscillates between individual autonomy and hierarchical supervision of a relatively loose nature. Their external sociability is based on a mix of competition and professional solidarity within the journalistic community. Multidimensional sociability covers different levels: i) the search for occasional contacts as sources of information; ii) the constitution of targeted networks, notably with journalists in a specialized field; and iii) participation in friendly and informal conversations for entertainment. The assumption that the development of journalists’ networks is tied to their professional influence requires reevaluation in light of certain nuances. Indeed, contacts have to be relevant to the field of specialization and isolated from one another for journalists to have an influential role in the profession. We conclude by identifying three levels of professional sociability: extensive sociability, instrumental sociability and interpersonal sociability. A sociabilidade dos jornalistas no Twitter, definida aqui como um conjunto deredes de relações pontuais ou duráveis estabelecidas com as fontes, os pares e o público se manifesta sob diferentes registros da prática profissional. A partir de uma pesquisa qualitativa, que fez uso de entrevistas face a face e de observação online junto a uma amostra de 23 jornalistas, três características dessa sociabilidade profissional se distinguiram: sua performatibilidade, sua ambivalência e sua multidimensionalidade. A sociabilidade performática se ampara em uma malha cumulativa de laços, vinculados ao processo de construção de uma identidade digital, e que é utilizada na constituição de um capital de visibilidade apreciado de diversas formas Os profissionais entrevistados possuem, além disso, apropriações bastante diferenciadas das funcionalidades da plataforma. A sociabilidade ambivalente é constituída pelas relações que se tecem, de um lado, com os colegas da mesma redação e, do outro, com os jornalistas de outros veículos. A sociabilidade interna oscila entre uma autonomia individual e um controle hierárquico feito de forma mais ou menos dispersa. A sociabilidade externa depende, por sua vez, das estratégias de concorrência e de solidariedade interprofissional no interior da comunidade jornalística. A sociabilidade multidimensional passa, a princípio, pela busca de contatos pessoais com fontes de informação; em seguida, pela constituição de laços bastante específicos, sobretudo com jornalistas especializados; e, enfim, pelo desenvolvimento progressivo de conversas amigáveis e informais propícias ao entretenimento. De fato, o princípio sob o qual a acumulação de laços pelos jornalistas estaria correlacionada a uma certa influência na profissão é relativizado: na verdade, é preciso que esses contatos sejam pertinentes em seu domínio de especialidade e isolados uns dos outros para que o jornalista possa ser realmente influente. Observa-se, ao final, três níveis de sociabilidade profissional: uma sociabilidade extensiva, uma sociabilidade instrumental e uma sociabilidade interpessoal.

Le « gouvernement » des journalistes. Introduction

The “Government” of journalists. Introduction