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O que resta depois da morte de alguém? E se esse alguém for uma mulher negra? Forjando-se no terreno avermelhado pelo sangue das vacas, na fronteira entre Brasil e Uruguai, onde num armário de louças se confundem tiranos e subalternizados, negros e brancos, esta história começa com a morte de tia Eluma, empregada doméstica na cidade com nome de Ana. Quem responde por essa morte? Quem pagará o velório dessa mulher que se cria no batuque e morre na igreja universal do reino de deus? O que a narradora herda da tia e o que abandona? Tendo a vida (e a morte) de tia Eluma como ponto de partida, a narradora puxa o fio que se estende à sua primeira ancestral conhecida da linha materna, passando por outras parentes suas que, para chegarem até aqui, limparam os pés nas pedras dos arroios lavando a roupa suja dos brancos. Entre os pontos altos deste Louças de família está a própria linguagem, que amalgama português, espanhol, iorubá e uma dicção literária surpreendente.

Galardoada com o Prémio Pulitzer e uma das escritoras mais empolgantes do presente, Elizabeth Strout regressa à saga em torno da personagem Lucy Barton. Oh, William! — saga familiar cujo esqueleto vai sendo desmontado em camadas — assenta num ponto nevrálgico: a voz indómita de Lucy Barton, veículo para uma reflexão profunda e delicada sobre a existência, qualidade presente em todos os livros da magistral Elizabeth Strout. Um romance luminoso sobre o amor, a perda e os segredos de família que regressam sem aviso e nos deixam aturdidos. No regresso da personagem Lucy Barton — protagonista dos romances O meu nome é Lucy Barton e Tudo é possível —, encontramos, desta vez, uma mulher madura, que conquistou fama e sucesso enquanto escritora. Um acontecimento inesperado traz de volta à vida de Lucy o seu primeiro marido, William, alguém que foi sempre um mistério para ela. Misteriosa é também a forte ligação que os une ainda. Lucy acaba de ficar viúva, William atravessa uma crise no seu terceiro casamento, enquanto procura descobrir um segredo do passado da mãe. É a Lucy que William pede apoio e companhia. Juntos iniciam um périplo geográfico e emocional que os levará para longe de Nova Iorque. Ao evocar o passado de ambos — os tempos da faculdade, o nascimento das filhas, a dissolução do casamento e as vidas refeitas com novos companheiros —, Strout compõe o retrato de uma convivência de décadas, conturbada e cúmplice. À medida que a narrativa avança, entrevemos as forças silenciosas que mantêm Lucy e William unidos. Percebemos também que, para se habitar em pleno uma nova vida, é preciso sarar feridas e celebrar o que se conquistou.'O grande tema de Oh, William! é o casamento, e Elizabeth Strout é brilhante a escrever sobre ele.'The New York Times'Há nestas páginas uma humanidade tão íntima e frágil, que nos deixa sem fôlego.'The Washington Post'Uma escritora elegante, engenhosa e de apurada sensibilidade: um valor seguro para todos os leitores exigentes.'Babelia'A grande virtude de Elizabeth Strout é a desafetação: as histórias não precisam de ser grandiosas, porque a experiência humana também não o é; acontece no quotidiano, nas conversas, nos gestos. Os romances de Strout são universais.'Los Angeles Times'Um romance do nosso tempo. Magnífico, cru, poético, narra a decomposição dos afetos numa era marcada pelo desapego e pelo ceticismo.'El Cultural'Oh, William! é mais um passo importante no percurso desta herdeira do realismo americano, encabeçado por Lucia Berlin e Alice Munro.'Esquire'Uma das minhas escritoras de eleição. A complexidade, a espessura e a entrega que se vislumbram nestas páginas transformam-nas num feito milagroso.'Ann Patchett'Uma escritora incrivelmente talentosa, uma artífice num campeonato que é só seu.'Hillary Mantel'Que escritora tão impressionante.'Zadie Smith

A riveting new historical fiction novel, In All Good Faith continues the story of May Marshall, the captivating protagonist introduced in Taylor's acclaimed 2020 debut, Etiquette for Runaways.In the summer of 1932, Americans are coming to realize that the financial crash of 1929 was only the beginning of hard times. May Marshall has returned from Paris to settle at her family home in rural Keswick, Virginia. She struggles to keep her family farm and market afloat through the economic downturn. May finds herself juggling her marriage with a tempting opportunity to revamp the family business to adapt to changing times.In a cold-water West End Boston tenement the fractured Sykes family scrapes by on an itinerant mechanic's wages and home sewing. Having recently lost her mother, sixteen-year-old Dorrit Sykes questions the religious doctrine she was raised in. Dorrit is reclusive, held back by the anxiety attacks that have plagued her since childhood. Attempting to understand what limits her, she seeks inspiration in Nancy Drew mysteries and finds solace at the Boston Public Library, writing fairy stories for children. The library holds answers to both Dorrit's exploration of faith and her quest to understand and manage her anxiety.When Dorrit accompanies her father to Washington, DC, in the summer of 1932 to camp out and march with twenty thousand veterans intending to petition President Hoover for early payment of war bonuses, she begins an odyssey that will both traumatize and strengthen her. Along the way she redefines her faith, learning both self-sufficiency and how to accept help.Dorrit's and May's lives intersect, and their fates will intertwine in ways that neither could have imagined or expected. Set against a backdrop of true historical events, In All Good Faith tells a story of two women's unlikely success during the Great Depression.

En un desierto salpicado de poblados asolados por la guerra, dos desertores de bandos opuestos descubren una oscura verdad sobre su familia. Vicente Barrera, un vendedor de hilos que antaño iba de pueblo en pueblo conquistando mujeres y sembrando sus hijos en ellas, pasa sus últimos años amarrado en un cuarto convertido en un perro iracundo. María ha encontrado en Salvador un amor que, de tan profundo, parece disolverlos el uno en el otro y mezclar sus sueños como maquinados por la misma mente. Es en aquel territorio que el destino de los personajes se entrelaza, que sus heridas se heredan y se desangran. En ese paisaje limpio donde la furia y el deseo hallan su camino, se cuenta una historia sobre los hijos –la de sus cuerpos y afectos–, pero también sobre las mujeres que los rodean: madres, amantes, compañeras. Tras ser galardonada con el Premio Internacional de Poesía Sor Juana Inés de la Cruz, Clyo Mendoza escribe una novela de una belleza extraordinaria, donde el lenguaje emprende un viaje alucinante por el erotismo, las transiciones de la conciencia y la posibilidad de que diferentes seres puedan habitar un mismo cuerpo. A través de un recorrido por la locura, Furia ofrece un conmovedor cuestionamiento al amor, a la violencia y el sufrimiento que trae consigo.'Una novela alucinante, hipnótica y hermosa, como la contemplación del desierto'. Juan Pablo Villalobos'Furia tiene la fuerza poética y salvaje del desierto. En sus páginas hay ternura, miedo y una escritura contundente, rítmica y con imágenes difíciles de olvidar. Va sobre la violencia del deseo que nos convierte en perros que babean, aullan y muerden, pero también sobre el amor en medio de la hostilidad y el desamparo. Es por esto que es una novela inquietante y, a la vez, profundamente conmovedora'. Mónica Ojeda

En pleno auge del régimen socialista, entre 1972 y 1977, Marcela del Río estuvo como agregada cultural de la embajada de México en lo que fuera Checoslovaquia. Es a partir de esa experiencia que configura la trama de La cripta del espejo, donde se narra el desmoronamiento de una familia, de un sistema político y de un México lacerado por la masacre del 2 de octubre del 68. Mientras que el personaje masculino –embajador, padre de familia, estadista diligente– padece los embates de un sistema político rancio, de pleitesías y servilismo, son las voces periféricas y subalternas –la esposa, la empleada doméstica, el hijo rebelde– quienes cuestionan las estructuras hegemónicas y, desde su trinchera particular, intentan derribarlas. Lo personal es político. En palabras de Lola Horner,'La cripta del espejo no es solo la disección de una figura de poder y todos aquellos que la convierten en quien es, sino también la oportunidad de escuchar una época y ciertas voces que recrean años convulsos y apasionantes'.

A rehearsal dinner brings together two disparate families in this sparkling, witty novel“This vital novel offers delicious echoes of Virginia Woolf and E. M. Forster, and a touch of A Midsummer Night's Dream—but its magic is unique. The Garden Party is beautiful and full of life.”—Claire Messud, author of The Burning Girl and The Woman Upstairs The Cohens are wildly impractical intellectuals—academics, activists, and artists. The Barlows are Wall Street Journal–reading lawyers steeped in trusts and copyrights, golf and tennis. The two families are reserved with and wary of each other, but tonight, the evening before the wedding that is supposed to unite them in marriage, they will attempt to set aside their differences over dinner in the garden. As Celia Cohen, the eminent literary critic, sets the table, her husband, Pindar, would much rather be translating ancient recipes for his Babylonian cookbook than hosting this rehearsal dinner. Meanwhile, their son, Adam, the poet (and nervous groom), wonders if there is still time to simply elope. One of Adam's sisters, Naomi, a passionate but fragile social activist, refuses to leave her room, while Sara, scorpion biologist turned folklore writer, sits up on the roof mourning an imminent breakup. And Pindar's elderly mother, Leah, witnesses everything, weaving old memories into the present. The lawyers are early: patriarch Stephen Barlow and his bespangled wife, Philippa, who specializes in estates, along with Philippa's father, Nathan, hobbled by age and Lyme disease. Then come the Barlow sons William (war crimes), Cameron (intellectual property), and Barnes (the prosecutor), each with desperate wife and precocious offspring. How could their younger siblings—Eliza, the bride, an aspiring veterinarian, and her twin brother, Harry, recently expelled from divinity school—have issued from such a family? Up and down the dinner table, with its twenty-four (or is it twenty-five?) guests, unions are forming and dissolving while Pindar is trying to figure out whether time is really shaped like baklava, and off in the surrounding forest with its ancient pond different sorts of mischief will lead to a complicated series of fiascoes and miracles before the party is over. Set over the course of a single day and night, Grace Dane Mazur's brilliantly observed novel weaves an irresistible portrayal of miscommunication, secrets, and the power of love.“Lyrical and charming, this comedy of errors is a delightful summer read.”—People

Don Victor Sobrevilla, a lovable, eccentric engineer, always dreamed of founding a paper factory in the heart of the Peruvian rain forest, and at the opening of this miraculous novel his dream has come true—until he discovers the recipe for cellophane. In a life already filled with signs and portents, the family dog suddenly begins to cough strangely. A wild little boy turns azurite blue. All at once Don Victor is overwhelmed by memories of his erotic past; his prim wife, Doña Mariana, reveals the shocking truth about her origins; the three Sobrevilla children turn their love lives upside down; the family priest blurts out a long-held secret....A hilarious plague of truth has descended on the once well-behaved Sobrevillas, only the beginning of this brilliantly realized, generous-hearted novel. Marie Arana's style, originality, and trenchant wit will establish her as one of the most audacious talents in fiction today and Cellophane as one of the most evocative and spirited novels of the year.